O TEMPLO QUE ETERNAMENTE SOMOS

O TEMPLO
QUE ETERNAMENTE SOMOS
Dárcio

Apesar de muitos dizerem que a Bíblia é a palavra de Deus, é preciso notar que as Verdades ali se encontram adaptadas ou adequadas a povos e épocas. Por isso, há passagens em que a Verdade absoluta é claramente revelada, enquanto em outras, o dualismo se faz presente. É preciso separar o “leite para beber” do “manjar sólido para comer”; assim Paulo disse ter feito, adequando as revelações ao  nível dos ouvintes.

No estudo da Verdade Absoluta, esta diversidade de entendimento espiritual visto na “aparência” não pode ser aceito nem reconhecido! O Deus único Se expressa aqui e agora como todos os seres ao mesmo tempo! Se sairmos desta visão iluminada, estaremos dando brechas à ilusão, e o estudo deixará de ser absoluto! Por mais convincentes ou lógicas que as aparências demonstrem ser, todas elas são falsas! Por trás das “miragens” resplandece o Templo-Luz que eternamente somos: o Corpo perfeito, inteligente, perene e imortal. “Não sabeis que sois templos do Altíssimo e que o Espírito de Deus habita em vós? O Templo de Deus é santo e esse templo sois vós” (I Cor. 3-16.17).

Contemplar este Templo que somos, sem deixarmos espaço para a crença falsa em “corpos nascidos” atuar em nós, elimina a prática errônea dos princípios espirituais. Concentrando a atenção no Corpo luminoso e perenemente perfeito, não mais intentaremos corrigir, curar ou melhorar supostos “corpos nascidos”, que são todos unicamente efeitos ilusórios reconhecidos pela também ilusória mente humana. Sejam quais forem os chamados “sintomas físicos” indesejáveis, nenhum deles está em nós ou em nosso Corpo! Por que aparentam estar? Por permitirmos que estas “sugestões” criem raízes pelo nosso próprio endosso ou  aceitação! Alguém recebe uma sugestão de “estar passando mal”: se, de imediato,  disser para si mesmo: “Eu estou me sentindo mal”,  que terá acabado de fazer? Terá dado poder à sugestão falsa! Caso sua atitude fosse outra, isto é,  se ficasse posicionado radicalmente na Verdade, no reconhecimento absoluto de que, como Deus é seu Corpo, unicamente a onisciência atua em todo ele para mantê-Lo como perfeição permanente, a ILUSÃO se desfaria! Não eram “sintomas”, e sim “sugestões mentais ilusórias”. O mundo poderá até dar a isso o nome de “cura”; porém, não houve cura alguma! Houve unicamente a permanência consciente na Verdade que ele é, e que eternamente ele é!

Este treinamento consciente é a Prática da Presença de Deus ou vivência no Absoluto: “estarmos no mundo sem pertencer-lhe”. Nesse sentido, disse Jesus: “Trabalhai pela comida que não perece”.



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