O EU QUE "VOLTA AO PAI"

O EU
QUE “VOLTA AO PAI”
Dárcio

Há tempos, postei aqui no site um artigo intitulado “A Ilustração da Espiral”, onde foi dito que “dois pontos” marcados numa espiral, se vistos isoladamente, aparentarão ser “pontos separados”, apesar de “serem a espiral”. Assim é este Universo! Deus é UM, mas nos vemos como “seres separados” pela ilusão de separatividade. Jesus disse: “Deixei o Pai e vim ao mundo; deixo o mundo e volto para o Pai”. Que estava nos dizendo? Que se concedeu o direito de “trocar o referencial da Luz” pelo “referencial da ilusão”, isto é, que abriu mão da “mente de Cristo” para atuar com a “mente carnal”, a fim de poder se comunicar com a raça iludida pela crença na dualidade. Com a mente em ilusão, aparentamos ser separados,  pessoas “avulsas”,  dotadas de vidas independentes, com objetivos pessoais, problemas ou dificuldades pessoais, e todos os demais frutos falaciosos decorrentes desta “ilusão de massa”.

A crença dualista em separatividade é em tal grau “pegajosa”, que também Jesus continuou sendo visto como “alguém separado”, um “filho de Deus especial”, como se Deus fosse nele um Verbo superior e separado do Verbo divino que todos nós somos! Sua vinda foi justamente para quebrar esta ilusão separatista; mas, pouca gente se deu conta disso! “Naquele dia conhecereis, eu estou no Pai, vós em mim e eu em vós”, disse ele (João 14: 20). Este “dia”, seja ele qual for para alguém, para a Verdade é sempre este “agora”. Não há Verdade para acontecer! A Verdade está consumada! Por esse motivo, o estudo da Verdade é a renúncia radical ao dualismo! O UM que é UM, e que é DEUS, é o Eu em cada um de nós! Voltando aos “pontos” da Espiral, seria contemplarmos a Espiral INTEIRA, de uma só vez, vendo-a como Presença infinita, para depois contemplarmos cada ser como cada “ponto” já presente nela! “Oro para que sejam UM”, perfeitos em UNIDADE”, disse Jesus.

Este “estudo” se reduz a cada um discernir espiritualmente esta Verdade já manifesta! Entender a Videira com o Pai sendo o agricultor com cada um de nós já sendo os ramos,  para usarmos a analogia deixada por Jesus. Se “deixamos o Pai e viemos ao mundo”, ou seja, se alguém “engoliu a crença no bem e no mal” (mente carnal), basta-lhe “deixar o mundo e voltar para o Pai”, como fez Jesus! Ele já “tem a mente de Cristo” (I Cor. 2-16). Com ela, deverá contemplar o Universo iluminado, a partir do referencial da Verdade eterna; em seguida, perceber que somos todos “LUZ EM UNIDADE”; e, finalizando, perceber  esta LUZ, que é Deus, estando manifesta COMO o seu CORPO! Nsta dedicação está o “trabalhar pela comida que não perece”, ou seja, o discernimento do “Pão da Vida” como sendo a totalidade do ser eterno que cada um JÁ É!

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