A DEDICAÇÃO RADICAL À VERDADE ABSOLUTA

A DEDICAÇÃO
RADICAL À VERDADE
ABSOLUTA
Dárcio

Todas as imagens registradas pela suposta mente humana são ilusórias! A Realidade é o Reino imutável da Luz e Perfeição divinas, em que “todos vivemos, nos movimentamos e temos o nosso ser”. Seja qual for a identificação que alguém faça com personagens desta ILUSÃO, chamada “mundo material”, será uma identificação falsa. O que é natural e óbvio para a mente em ilusão, é inexistente para a Mente divina; o que é “loucura”, para esta mente falsa, é o natural no patamar da Realidade Espiritual. Eis por que a dedicação , quanto a nos identificarmos com as “loucuras de Deus” e não mais com a “lógica deste mundo”, precisa ser radical.

A Bíblia fala em “estar no mundo sem pertencer-lhe”, isto é, estar no sonho acordado. Quando usamos mentalizações, afirmando a perfeição e negando a imperfeição, damos passos iniciais internos rumo a esse “despertar”. São passos úteis, que podem e devem ser usados com maior ou menor intensidade, dependendo de quanto nos sentimos envolvidos com o “sonho de cada dia”. Já comentei em outros textos, que há autores que abominam estes passos, por  julgarem-nos ações mentais humanas, sem serem “genuinamente espirituais”. De fato, não são mesmo! Mas são úteis! Se fôssemos encarar dessa forma, também não poderíamos usar as “pernas materiais” para irmos a algum local meditar! Mas, nós as usamos, são úteis! Haverá um ponto, na “interiorização contemplativa”, em que aflorará a percepção da Verdade: “Não temos pernas materiais e não temos mente humana! Deus é o nosso Eu!”

O importante é a meta, e não os meios. Quem estuda a Verdade tem por meta a Verdade: conhecer Deus sendo TUDO como TUDO! A “Prática do Silêncio” visa a este discernimento puramente espiritual Eu enquadro o “mentalismo”  nas palavras de Jesus: “O que não é contra nós, é por nós”. Se ele nos ajuda, nos passos iniciais de interiorização, não há porque desprezá-lo! Se, em alguma ocasião, nos sentirmos elevados a ponto de podermos “contemplar a Verdade” sem necessitar dele, aí sim, ele poderá ser deixado de lado! Um praticista espiritual, que lida mais com as contemplações do que com o mundo das aparências, pode achar desnecessário o uso da mente humana para dar início às suas contemplações; já quem exerce profissões comuns, não diretamente ligadas à espiritualidade, pode sentir  necessidade inicial dessas mentalizações. O que deve ser entendido é que não deverá parar nelas! A meta é termos o Reino de Deus  contemplado, reconhecido e vivenciado, e não  uma superficial paz interior de natureza meramente humana. No site eu coloco artigos que dispensam o “mentalismo” e também outros que fazem uso dele. Isto porque, dependendo do estado de espírito de cada momento, um ou outro deles nos poderá ser mais útil! Devemos estudar e conhecer os dois modos, exatamente por isso! Para quê mentalizar, se nos achamos em condições de “entrar em silêncio” diretamente? Por outro lado, por que não mentalizar, se nos sentimos envolvidos demais com as aparências, para entrarmos direto em contemplação? A política é esta: conhecer tudo e fazer uso do que nos for necessário em cada situação!

Estar “acordado mesmo vendo o sonho”, este é o nosso objetivo, enquanto aparentemente vivemos em “dois mundos”. Durante as “contemplações”, devemos ser radicais ao extremo, no que diz respeito à admissão de que somos totalmente espirituais e desvinculados de matéria ou de mundo material. E depois, ao participarmos das atividades cotidianas, esta lembrança de que “Deus é nosso Eu” e que, mesmo frente ao “sonho de vida terrena”, estamos DESPERTOS, é o que deveremos procurar manter.

As imagens temporais são todas hipnóticas! Quando Jesus disse para “não chamarmos de pai a ninguém sobre a face da terra”, estava revelando que nunca, em tempo algum, tivemos qualquer vínculo real com esta ILUSÃO! Nem poderia ser de outra forma! Como poderia Deus, que é o Eu que somos, estar num “mundo ilusório” de passado, presente e futuro? Não poderia! “O Meu REINO não é deste mundo”, disse Jesus, para também nos incluir na UNIDADE-ESSÊNCIA:“Vós, DESTE MUNDO, não sois”.


Conversando com um espírita, ele me disse: “As experiências de regressão provam inequivocamente a reencarnação!” Como explicar a ele que a “crença em nossa passagem pela terra” é falsa? Como explicar a ele que DEUS, SENDO TUDO, É TUDO AGORA? Muito difícil, se não impossível! O referencial de existência dele é a ILUSÃO! E, se isso lhe for falado, ele ouvirá  dando risada! O perigo dos referenciais falsos é esse: a pessoa se fundamenta na “mente humana” e não na Consciência iluminada! E ali ficará, até “acordar”. “Ninguém vem a mim se o Pai não o trouxer”, disse Jesus. Quando a Verdade chega a alguém, mesmo em nível de simples informação, é porque o Pai está se revelando dentro dele; e, de revelação em revelação, ele se verá “despertando” e se abrindo a  aceitações mais altas. A mente humana é NADA! Já me perguntaram: “Como fazer para que um parente meu entenda e aceite esta Verdade tão óbvia?” Sabemos a melhor resposta: “Segue me tu”. Ao assim responder a Pedro, Jesus estava dizendo a ele: Mantenha-se acordado no sonho! Mantenha-se sem  trave no SEU olho! Se a Verdade lhe é óbvia, como pode estar vendo “parente em ilusão”? Sim, a pessoa estaria de tal forma “vendo o outro em ilusão”, que lhe passaria despercebido que “ela própria” estava sonhando e crendo no sonho!

A Verdade é simples: DEUS É TUDO! Mas, requer dedicação radical! Sempre digo que a crença coletiva é ILUSÃO, mas muitíssimo “pegajosa”. É preciso “orar e vigiar”; é preciso nos habituarmos a permanecer acordados, mesmo vendo de olhos abertos este “sonho” chamado “vida humana”.

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