A GLÓRIA INESTIMÁVEL DA LUZ DIVINA
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Lillian Dewaters
O REINO DO CORAÇÃO
O REINO DO CORAÇÃO
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Há apenas um meio de possuirmos todas as coisas: consiste em penetrarmos no Reino do Coração, pois nele todas as coisas já nos pertencem.
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Os chamados “intelecto”, “mente” ou “carne” representam aquilo que não tem qualquer proveito. A palavra “coração”, no sentido usado em todas as Escrituras, refere-se ao Real e Verdadeiro – Consciência e Vida divinas. Trabalho e esforço mental, aqui, não têm lugar. Associados ao coração estão o amor, a simplicidade e a receptividade espirituais.
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“Eu te perguntarei, e tu me farás saber”.(Jó 38:3). Todos deveriam fazer uma pausa e verificar se estão se identificando com a mente humana e pensamento humano ou com a Mente Divina e Suas percepções.
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Pelo pensamento, ninguém pode conhecer a Mente Divina, ouvir a “pequenina voz suave” ou receber a Revelação divina. Somente o coração pode ver, saber e aceitar que existe apenas uma Mente.
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Não há relação alguma entre a chamada “sua mente humana” e a Mente Divina. O cultivo ou espiritualização do pensar de alguém jamais transmutará a mente pessoal para a imaculada e eterna Mente Divina. Qualquer prática voltada a purificar sua mente, eliminando pensamentos errôneos e substituindo-os por corretos, conduzi-lo-ia à escravidão e a obrigação. Sua real necessidade é conhecer que ele, de si mesmo, não possui mente alguma. “Quem perder a sua vida (o senso de mente pessoal) acha-la-á (encontrará Mente real sendo a única e a sua Mente)”(Mateus 10:39).
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A Mente verdadeira é sempre o Reino do coração. Cada pensamento dessa Mente existe como Onipresença, disponível instantaneamente. Aquilo que é completo e perfeito é a Verdade, estabelecida como uma Realidade eterna. Necessária não é a espiritualização da mente pessoal e seus pensamentos; pelo contrário, essa prática precisa ser descartada e abolida. O fracasso e a frustração provêm de se dar atenção a uma “mente” que não tem existência em Deus ou na Realidade e, portanto, que não tem existência alguma.
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Voltando-nos por completo à Mente Divina por nossa Luz e Entendimento, descobrimos que Ela cuida de tudo. Assim, ficamos sem nenhuma vontade própria, mas com a Mente e a Vontade de Deus. Santo Agostinho, deixando completamente o senso humano de lado e encarando a Presença interior, clamou: “Eu de Ti nada peço, nem mesmo o Teu amor… Desejo unicamente a Iluminação divina”.Com o coração, sempre há facilidade para que sintamos o Um, amemos o Um, adoremos e nos deleitemos no Um — há facilidade para que tenhamos fé, confiança e certeza de que Deus, o Um, é Tudo.
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Você não possui nenhuma mente pessoal própria para instruir ou ser instruído. “Não pode a árvore boa (A Mente Divina) dar maus frutos (pensamento errôneos), nem a árvore má (crença em mente pessoal) dar frutos bons (pensamentos puros)”. (Mateus 7:18) Dirija-se ao seu coração, e aí partilhe da Glória inestimável da Luz Divina. O coração deve ver e experienciar a Luz do Ser espiritual. “O Senhor não vê como vê o homem. O homem vê a aparência exterior (mente), porém o Senhor vê o coração”.(I Samuel 16:7).
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“Ninguém pode servir a dois senhores”.(Mateus 6:24) Acreditar em duas mentes acaba sendo falta de percepção de que existe somente UMA. Chegar a crer em mais uma terceira, a mente mortal universal, significa crer numa entidade e num poder desconhecidos da Mente Divina.
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“Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações”.(II Coríntios 4:6) “Para que Cristo habite nos vossos corações”.(Efésios 3:17) “Consultai no travesseiro o vosso coração”.(Salmos 4:4) “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida. (Provérbios 4:23) “Dar-lhe-ei coração para que me conheçam, que eu sou o Senhor – porque se voltarão para mim de todo o seu coração”. (Jeremias 24:7) “Não turbe o vosso coração”. (João 14:1)
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O Perfeito, O Divino, O Espiritual, todos estão ligados ao coração, como também a Visão, a Exaltação, a Iluminação, a Revelação e a Consciência Cósmica. “O lugar secreto do Altíssimo” – este, também, é o Reino do coração. Obviamente, a palavra coração, aqui, não tem qualquer significado físico, mas puramente espiritual. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”.(Mateus 5:8) Aqui, a Glória Cósmica incandesce.
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O MAIOR MANDAMENTO
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“Não terás nenhuma mente ou consciência além de Mim”. “Que toda a terra se cale diante d’Ele”.(Habacuque 2:20) A crença religiosa, aceita hoje, é de que pela evolução – regeneração, evangelização, transformação — a mente ou consciência humana será transmutada em Divina. Nada poderia estar mais longe da Verdade. Não há nenhuma existência, senão a Totalidade do Único. Assim, eis o caminho: EU SOU O ÚNICO.
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O ensinamento penetrante e pernicioso, de que alguém deva colocar pensamentos corretos em sua mente humana, não será mais tolerado por quem estiver desperto para o alerta espiritual de que “tu não terás nenhuma mente ou consciência além de mim”. Logicamente, este “MIM” se refere à Mente Divina e à Consciência que é Deus. E esta dispensa toda melhoria ou mudança, mas é Perfeita e Completa sempre.
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Acredita-se que, pelo aperfeiçoar da mente pessoal, que finalmente chega-se à posse da Mente Divina. Remendar vestidos velhos (mente) ou encher odres Velhos (consciência) com vinho novo (pensamento correto) não é o caminho. (Mateus 9:16–17) Somente pelo abandono destas crenças e aceitação de que a Mente Divina é a única Mente de alguém, poderá ele saber o que é a Verdade e, também, experienciá-la.
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A crença de que somos a Mente Divina por reflexo é inverídica. Apenas de um modo a Mente Divina é a nossa: por Virtude da Identidade. Somente um Ser, um “Eu”, existe; e não pode existir outro ser, ou eu, para poder refleti-lo.
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“Confia no Senhor (a única Mente) de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio (pessoal) entendimento”.(Provérbios 3:5)
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“Firme está o meu coração ó Deus, o meu coração está firme, cantarei e entoarei louvores”.(Salmo 57:7) Quando alguém considera o coração como o caminho à Luz e à Revelação espiritual — abandonando radicalmente as crenças e ensinamentos que nos identificam com um tipo pessoal ou humano de mente – logo passa a experienciar uma paz e um repouso que constituem plena satisfação. Começa a notar a ausência do desejo de sempre continuar buscando mais e de ficar se empenhando em lutar mais, deixando de lado inclusive o objetivo de querer aplicar ou demonstrar a Verdade.
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Ele passa a observar que os pensamentos conturbados são, agora, coisas do passado, por já existir adorável paz e sossego dentro do coração. Isto se dá sem trabalho ou esforço. Como se sobre ele subitamente se derramassem um enorme prazer ou uma graça maravilhosa.
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No coração há uma jubilosa atividade, semelhante ao zunido rítmico das abelhas, ao trinar dos pássaros ou ao som de crianças sorridentes. Um repentino ímpeto de alegria e de contentamento poderá ser sentido, pelo conhecimento de que o Todo é uma unidade, de que o próprio Todo, em Si, é a parte indivisível.
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Como homem, ninguém é capaz de ser uma lei de perfeição e imunidade para si mesmo, pois sua lei estaria necessariamente de acordo com a sua crença de possuir mente humana e pensamento imperfeito. Somente como a própria Mente Única, alguém poderá seguir em liberdade e imunidade. O Ser, a Percepção e a Manifestação são um — o próprio Um.
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