UM É O SEU CURADOR

UM

É O SEU CURADOR

Lowell Fillmore

Lembre-se de que existem geralmente três métodos possíveis para tratar-se de qualquer questão. Dois desses métodos são extremos, enquanto que o terceiro é um método que se situa a meio caminho entre os dois primeiros.

“Qual será a minha atitude relativamente a médicos e remédios materiais, desde que eu confio em Deus para minha saúde?” Esta é uma questão que frequentemente deixa embaraçado o estudante da Verdade. Cada pessoa tem a escolher entre as três respostas.

Algumas pessoas adotaram um ponto de vista extremo: pensam que os médicos se opõem diretamente aos métodos divinos, e que eles, juntamente com todos os seus recursos, devem ser evitados. Outros se inclinam a adotar o extremo oposto, considerando os médicos como oniscientes e quase superumanos em sua capacidade de curar qualquer enfermidade. Tais pessoas correm aos médicos por causa da mínima dor e do menor mal.

Nenhum desses pontos de vista é sábio ou satisfatório. A atitude do estudante da Verdade relativamente à profissão médica deveria ser bastante diferente das duas acima mencionadas.

Um estudante da Verdade deveria compreender que a cura divina emprega um sistema bastante diferente daquele que é empregado por todas as escolas de medicina. Cada uma tem seus métodos especiais. A ciência médica emprega drogas, soros, luzes, instrumentos e utensílios, enquanto que a cura divina utiliza o pensamento correto e a fé em Deus. O cristão metafísico depende diretamente de Deus para a cura, enquanto que o médico depende de Deus indiretamente. Cada escola tem o seu próprio método. Não deveria haver animosidade entre as escolas, mas um paciente que se mostra receptivo relativamente à cura espiritual deveria fortalecer a sua fé na força curadora de Deus, mediante a sua dependência dEle.

Não deveria haver condenação na mente do estudante da Verdade em relação aos médicos ou seus métodos. Tampouco devemos criticar o estudante que chama um médico em seu auxílio, ainda que em seu próprio benefício, se em qualquer momento considera necessário recorrer a um médico.

Mas aquele que deseja a cura divina deve fixar firmemente a sua fé em Deus como a fonte única de saúde. Não deve vacilar. Não deve dividir sai atenção entre os dois métodos. Quando uma pessoa se capacita claramente de que a sua vida provém de Deus, ela dependerá de Deus e sentirá não ser necessário depender de qualquer outro meio de cura.

A fé é uma força tão poderosa para o homem que, quando ele aceita Deus como o agente curador, disso resultarão os assim chamados milagres. Jesus Cristo, o grande curador, prometeu que as nossas orações seriam respondidas na medida de nossa fé. Embora um estudante da Verdade deva ter um sentimento bondoso para com os médicos em todas as ocasiões, não deverá dividir a sua fé entre Deus e os médicos.

Agradecemos pelo fato de existirem tantos médicos, cirurgiões e enfermeiras, eficientes e capazes, pois o mundo precisa deles. Aqueles que ainda não são bastante fortes para confiar em Deus, devem recorrer a eles.

Estou certo de que todos os médicos admitem que eles não realizam a cura, mas que as forças invisíveis da natureza fazem o trabalho. O trabalho do médico é ajudar a eclosão de condições favoráveis, para que aquelas forças operem da melhor forma. Uma pessoa submetida a cuidados médicos pode receber auxílio da oração. Esta verdade é comprovada todos os dias. Frequentemente a mão de um cirurgião é guiada pela oração; mas se nós, que conhecemos a Verdade, continuarmos a depender dos meios materiais para nossa cura, como poderemos desenvolver a nossa fé e cultivar o poder curador que está dentro de nós mesmos? Para fortificar a nossa fé, devemos começar a confiar nela e a empregar o poder do Espírito que está em nós. As possibilidades de cura espiritual são maiores do que qualquer outro método, pois para Deus todas as coisas são perfeitamente possíveis.

Se a mãe não deixasse o seu filhinho andar, temendo ser demasiado difícil para o pequenino controlar os seus pés, no que dela dependesse a criança nunca aprenderia a andar. Se continuarmos a proteger nossa fé contra o seu uso efetivo, substituindo-a por remédios materiais, como havemos de torná-la forte para servir-nos?

Já que a vida de Deus é manifesta em todas as coisas vivas e os efeitos da sabedoria de Deus podem ser vistos em todas as mãos que dirigem as maravilhas da natureza, as estações e o curso das estrelas, não há razão para que não tenhamos uma fé implícita em Deus, que nos criou, para manter-nos em boas condições.

Um homem que tem fé pode suportar muito maiores sofrimentos que outro que não a tenha. Certa história de jornal conta que um grupo de homens estava perdido na floresta. Um deles não tinha fé, e morreu. Os outros tinham, resistiram e retornaram à civilização. A pessoa que tem fé acha fácil conservar o sangue-frio durante grandes catástrofes. A fé é um dos poderes graças aos quais o homem é capaz de cooperar com Deus.

De acordo com a medida de nossa fé, o poder divino de cura se torna ativo em nós. Aquele que divide a sua fé entre os remédios materiais e Deus, duvidando da capacidade do poder curador de Deus, não pode esperar receber os bons resultados que uma fé unificada e despertada poderia trazer.

O medo e a dúvida são, ambos, inimigos da saúde. Devemos ser destemidos a ponto mesmo de não nos assustar com o diagnóstico (ou o tratamento) de algum médico ou cirurgião. Devemos cultivar uma fé tão permanente que, mesmo a idéia de ser internado em algum hospital não nos possa alarmar nem abalar nossa fé em Deus, que continua sendo o Curador supremo trabalhando dentro de nós, a fim de restaurar em nosso corpo a perfeição ou a integralidade. Assim, a nossa fé, mantida livre de dúvida, confusão ou pânico, trabalha com o poder de Deus, para produzir a cura perfeita, para nós ou para outros.

Não devemos recear o médico nem aceitar como definitivo um diagnóstico desencorajador. Devemos capacitar-nos de que existe Alguém que é maior que qualquer remédio material, de Quem dizemos: “Ele está mais próximo que a respiração, e mais perto de nós que as mãos e pés”, e para Quem tudo é possível. Alguém operou curas maravilhosas através de Jesus Cristo há dois mil anos. Jesus deu testemunho de que era o Pai nEle, Quem fazia a obra. Na Oração do Pai-Nosso, Jesus referiu-se a Ele como sendo “nosso Pai”. Desde que Ele é nosso Pai, está Ele em cada um de nós, pronto a curar-nos e a abençoar-nos quando O evocarmos.

Milhares são curados todos os anos pelo poder da oração. Milhares de testemunhos não solicitados afluem à Unity, todos os anos, louvando a Deus pelas curas recebidas através desse poder divino. Assim sendo, sabemos que é um fato o poder curador de Deus. Quando pedimos a cura, Deus está pronto a curar, mas devemos tornar nossas condições mentais tão receptivas que Ele nos possa alcançar. Lembrem-se de como a fé perfeita curou a mulher que apenas tocou na fímbria das vestes de Jesus.

A preocupação, a avidez, a cólera, a tristeza e demais perturbações emocionais impedem o poder divino de executar perfeitamente o seu trabalho em nós. Devemos aprender a ser pacíficos, serenos e obedientes ao Espírito em nós. Devemos ser pacientes, e livres de tensão. Devemos ter fé.

As curas desempenharam papel importante no ministério de Jesus. Seus discípulos também operaram curas. Sem dúvida, os membros da igreja primitiva confiavam em Deus para suas curas. À medida que os anos foram passando, a fé original foi sendo ignorada, até chegar-se a ponto de pensar-se que a cura se referia à alma e não ao corpo. A fim de desculpar a sua falta de fé, alguns cristãos disseram que Cristo apenas operava curas para provar que Ele era Filho de Deus. Mas, segundo Mateus, Jesus disse: “Curai os enfermos”, e em Lucas encontramos as seguintes palavras: “Mandou-os perante Sua face… para curar os enfermos”. Jesus Cristo e Seu ministério de curas permanecem os mesmos, ontem, hoje e sempre.

Operam-se em nossos dias curas extraordinárias. São frequentemente designadas por milagres. Mas não são milagres, no verdadeiro sentido da palavra, porque são realizadas de acordo com a lei: uma lei mais alta que as conhecidas leis da natureza.

O verdadeiro poder de cura pertence a Deus. Todos os outros métodos não passam de remendos, quando comparados ao Seu verdadeiro poder de cura. Quando um hábil cirurgião encana um osso, nada mais pode fazer. Tem de esperar que as forças vitais do corpo soltem os fragmentos do osso. Se essas forças vitais não funcionarem adequadamente, pouco há que ele possa fazer para restaurar a integralidade do osso.

Abençoem os médicos. Abençoem os hospitais. Abençoem os remédios e cooperem, pela oração, com aqueles cuja fé não é bastante forte para confiarem inteiramente em Deus. Mas nós instamos junto a todo estudante da Verdade que fortaleça sua fé, cultive o verdadeiro poder curador que está nele e assim possa ser salvo, de corpo e alma, pelo Cristo que habita nele: não apenas salvo depois da morte, mas salvo do erro e da doença, salvo em perfeita saúde e vida eterna, aqui e agora, na terra.

SUGESTÃO

PARA MEDITAÇÃO DIÁRIA

“Com Deus tudo é possível”. Deus em mim é onipotente para curar, para salvar e para abençoar. O poder curador do Espírito de Deus está nesse momento renovando e harmonizando todas as partes de meu corpo e eu estou sendo curado. Abençôo a vida e a substância deste corpo, porque pertence a Deus. Minha fé está firme em Deus, o curador onipresente. Meu corpo é o templo puro, sagrado, perfeito do Deus vivo.

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