ANULAR O EGO NÃO É SEMPRE DIZER SIM

ANULAR O EGO

NÃO É SEMPRE DIZER “SIM”

Dárcio

Na Essência somos todos um; esta Verdade se oculta aos olhos do mundo, porque a mente humana em seus julgamentos pelas aparências, enxerga tudo e todos separadamente, e a Vida-Fonte, que é única, é aceita como vidas pessoais independentes.

Os ensinamentos espirituais revelam a Verdade da Unidade subjacente à pluralidade ilusória, enquanto nos motivam a “anular o ego” para transcendermos esta visão falsa da mente humana e contemplarmos nossa perfeição uma como Deus. Entretanto, muitos acham que “anular o ego” é dizer amém a tudo e a todos e a qualquer tempo! Este erro é absurdo e bastaria alguém ler nas Escrituras como Jesus agia, para discernir a falácia desta aceitação! O ego humano é nada! Não existe, a não ser como “aparência”. E quando aparentamos estar neste mundo,situações mil se sucedem que nos exigem tomadas de decisão. Se a pessoa entender que “anular o ego” é meramente se curvar aos caprichos, interesses e pressões de “outros”, submetendo-se e se “anulando” o tempo todo  achando ser este o ensinamento, estará completamente esquecida da UNIDADE e que, na aparência, a “sombra visível” em que surgimos como humanos também é uma! Isto quer dizer o seguinte: se anularmos o “ego” sem a atitude interna de avaliar com justiça o que deve ou não ser feito, para cegamente nos submeter à vontade “do outro”, mesmo achando-a errada, estaremos deixando de reconhecer esta “unidade” e, pior de tudo, estaremos  fazendo crescer o “ego do outro”, achando estar anulando o “próprio”.

Muitos passam a vida toda nesta resignação ilusória, em que se julgam “seguidores” do ensinamento; outros, por não conseguirem viver nesta constante submissão, tomam muitas vezes a atitude certa, mas depois se culpam internamente, por se julgarem “egoístas” por não terem cedido! Eu postei aqui e há pouco tempo, a estória “O Beduino e o Camelo”, onde a conclusão dada é a seguinte:

“Quem não se dá ao trabalho, firmeza e vigilância de guardar os limites desde o começo, acaba se arrependendo: o comodismo vai concedendo e o abuso vai avançando, até apossar-se der tudo, como legítimo direito”.

Neste estudo, por inspiração interna, ora dizemos “sim”, ora dizemos “não”; ora ouvimos “sim”, ora ouvimos “não”. Tudo faz parte! O “ego” deve ser anulado! Apareça ele em nós ou no suposto “outro”! E isto deve ser feito com determinação e vigor! Aquele que segue a Voz da Consciência saberá o que fazer, no que concordar ou discordar, para que  “justiça seja feita”.

Mesmo que de momento a atitude correta gere conflitos, por desagradar à suposta “outra parte”, esta firmeza deve ser mantida! O homem é Filho de Deus e não vaquinha de presépio!

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