POR QUE DEUS PERMITE ISTO?
Dárcio
Parte 2 – Final
Muitas religiões tradicionais pregam a necessidade do que elas chamam de “exame de consciência”. O enfoque absoluto dispensa por completo esse tipo de prática, já que reconhece unicamente a existência da Consciência iluminada sendo a nossa. A suposta mente que para, reflete e se avalia, não é mente verdadeira; portanto, durante as contemplações, não devemos nos ocupar com ela. Quem tiver tempo para fazer “exame de consciência”, que seria analisar o que é “nada”, terá maior proveito se o empregar para reconhecer a existência única da Mente divina como sendo a “sua” Mente. A Mente divina, perfeita e imaculada, sempre foi, é e será a Mente única em atividade como a Mente de todos.
Suponhamos que alguém faça “exame de consciência” e constate o seguinte: “Eu tenho sido invejoso demais! Vou procurar me corrigir desse defeito”, Esta descoberta seria vista como algo muito positivo pelo mundo; e, se de fato esta pessoa conseguir eliminar a sua inveja pelo esforço humano, ela a terá substituído pelo “orgulho” de tê-la superado. Apenas citamos a natureza ardilosa do emaranhado que compõe o mecanismo da mente ilusória. Nunca a pessoa se vê perfeita envolvendo-se com esta mente falsa, pois, a cada “exame de consciência”, ela se acusa de alguma coisa. Alguém poderia ser feliz nesse infindável caminho de eliminar defeitos ou de se aprimorar? É lógico que não. Além disso, é bom que se perceba o seguinte: nesse processo todo, a única envolvida e levada em consideração é a “mente humana”. Não há uma ação espiritual reconhecida; não há o discernimento da Oniação divina ou da Graça divina. GRAÇA DIVINA! Esta, sim, é a base do enfoque absoluto! Graça divina e Amor divino são sinônimos. Se deixarmos de dar crédito à inexistente mente humana e suas avaliações ilusórias a nosso respeito, ouviremos internamente a Voz de nossa verdadeira e única Consciência: “Tu és o meu filho amado, em Ti me comprazo” (Mc. 1: 11).
Não podemos perceber a Realidade Espiritual com um instrumento inexistente, e que, portanto, não é nosso. Tal instrumento irreal é a chamada “mente humana”. Enquanto a julgarmos existente, ela parecerá realmente estar existindo e sendo a nossa mente verdadeira, Entretanto, tão logo a encaremos como inexistente, pelo reconhecimento único da Mente divina como sendo a ÚNICA Mente legítima que temos, por AUTORREVELAÇÃO teremos a constatação dessa Verdade.
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