PERCEPÇÃO ERRÔNEA
Dárcio
Parte 2 (Final)
A chamada “mente humana” não participa em nada, em termos de nossa percepção absoluta, porquanto ela não existe verdadeiramente. Isto é particularmente importante para que nossas meditações contemplativas se deem adequadamente. Esta analogia deixa bem claro a ausência total de esforços mentais durante as “contemplações” e o porquê desta ausência. A percepção correta da realidade é o tema central deste estudo, e a inexistência da suposta “mente humana” é a base da percepção iluminada. Em outras palavras, perceber a Realidade não significa perceber alguma coisa com a mente humana, mas sim perceber sua inexistência ou ausência, enquanto a Mente divina, única, é aceita, assumida e reconhecida como onipresente.
A errônea crença coletiva de que a mente humana existe, faz parte da própria “mente inexistente”. Frases como esta última, claras para a nossa Consciência espiritual, parecem complicadas para a “mente inexistente”. Ocorre o seguinte: enquanto a expressão “mente inexistente” não for discernida espiritualmente, o mundo se nos apresentará segundo uma sequência de conceitos na forma de imagens ilimitadas ou imperfeitas; tal “mente inexistente” nos dará hipnoticamente a falsa impressão de “ser a nossa” mente real”, e a Verdade nos parecerá difícil e mesmo fora de nosso alcance. Mas isto é a ilusão, pois, a nossa Consciência Iluminada já é a própria Verdade. Isto implica que já estamos conscientes da realidade e que já estamos percebendo as coisas espiritualmente. A Consciência de que o Universo existe é a nossa Consciência. Se o Universo existe, o Universo é a Verdade. Inegavelmente estamos todos inclusos neste Universo ou nesta Verdade. Tudo já é UM, somos este UM, e podemos, então, dizer que “Eu Sou a Verdade”.
Decorrente do que foi dito, estudar a Verdade significa estudar o “Eu que Eu Sou”. E esse “estudo” não é feito pela “mente humana inexistente”, Como este “Eu Sou” em cada um é a Verdade, não existe “outro” ser para estudar a Verdade. Assim, a partir de agora, “estudar e conhecer a Verdade” será, aqui, entendido como Autorrevelação. Não estamos somente fazendo uma troca de palavras. Através dessa mudança de terminologia, nossa Consciência espiritual será reconhecida naturalmente como sendo a totalidade do nosso Ser, e a ausência da suposta mente humana será discernida como FATO. Melhor dizendo, estaremos conscientes apenas da Realidade onipresente. Como iríamos notar a ausência de algo inexistente, estando cônscios da Plenitude da onipresença da Realidade Espiritual? Em outras palavras, poderíamos estar notando a “ausência da sombra” concomitantemente com a percepção plena de que TUDO É LUZ? Qual seria a sua resposta?
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