"EU SOU UM CENTRO DE FORÇA, ENERGIA E PODER"

“EU SOU UM CENTRO DE FORÇA, ENERGIA E PODER”

Dárcio

Não existem duas mentes atuando como o nosso ser, uma vez que Deus é a Mente única onipresente. Em vista disso, autores místicos como Joel Goldsmith, por exemplo, muitas vezes deixam transparecer em seus textos que no estudo da Verdade o que eles chamam de “mentalismo” deve ser visto como “coisa do passado”, uma vez que a chamada “mente humana”, no contexto absoluto de inexistir, não deve ser nem considerada nem trabalhada. Não é este o meu ponto de vista. Justamente porque a Mente divina é única, devemos entender que “Mente divina mais mente humana” são a mesma, a partir do instante em que estas “duas”, que são “uma”, estejam falando a mesma língua.

Durante as “contemplações”, iremos reconhecer a Mente divina onipresente, onipotente e onisciente como a Mente única que temos e que somos. Este é o caminho da mística. Porém, não iremos ficar meditando sem parar! E, ao pararmos para viver o dia-a-dia, aparentemente estaremos fazendo concessões seguidas e constantes para a crença coletiva de que “existe mente humana”. O que nos ocorrerá, se esta “mente-crença” deixar de ser trabalhada por nós, e se formos seguir o que estes místicos dizem? Ela irá atuar sem ter sido posta em sintonia com a própria Verdade que contemplamos!

Eu li um artigo de Joel Goldsmith em que ele critica a mistura do mentalismo com a mística, dizendo que aqueles que assim fizeram “não chegaram a lugar nenhum”. Ocorre que “não há lugar nenhum para chegarmos”! O ser que somos já é DEUS! Quando li a biografia dele, pude notar que viveu uma vida de problemas sucessivos na aparência. Por quê? Não trabalhou a mente humana no sentido de deixá-la “uma” com a Mente real e única! O subconsciente não foi trabalhado! E o mundo visível é uma expressão da mente humana!

O erro não está em trabalharmos com o mentalismo! O erro está em ficarmos “somente no mentalismo”, sem transcendermos a mente humana em períodos contemplativos para discernirmos justamente que “inexiste mente humana”. Estas questões são sutis, porém, são importantíssimas! O caminho místico não pode fazer com que excluamos o que conhecemos como modus operandi da suposta mente humana! Por quê? Porque não iremos meditar e viver conscientemente no Paraíso o restante do dia! Verdadeiramente, estamos sempre nele! Mas, enquanto a crença coletiva não for dissolvida, as concessões que teremos que fazer exigirão o conhecimento das leis mentais, como ensinam a Seicho-no-ie e a Unidade, por exemplo.

Quem ficar apenas nesta visão que Goldsmith passa, reconhecendo, por exemplo: “Eu não tenho saúde nem doença”, que é uma Verdade absoluta, deixará, ao voltar ao uso da mente humana, esta própria mente falsa sem rumo, ou seja, sem ter sido trabalhada para se manter na direção da “saúde”, da “prosperidade”, da “harmonia”, etc. Ninguém poderá viver na crença coletiva sem fazer concessões! Quem iria assinar um cheque pondo “Eu Sou” como assinatura? Impossível! E, assim que um nome da aparência ali for colocado, estaremos afinados com a crença toda! E, é aí que esta “mente que não é mente” se mostrará “uma” com a Verdade, quando a tivermos trabalhado para deixá-la na mesma direção.

Uma frase de “mentalismo” que eu muito utilizei, até deixar meu subconsciente saturado com ela, foi a seguinte: “EU SOU UM CENTRO DE FORÇA, ENERGIA E PODER”. Sim, é óbvio, que esta frase tem sentido por causa da Verdade transcendental a ela e não meramente pela força afirmativa mental e humana! Mas, o que estou expondo aqui, é que a mente humana PRECISA usar seus recursos para confirmar sempre as Verdade absolutas, para nunca ficar sem rumo e também para nunca afirmar o contrário do que almejamos.

Este texto é um alerta aos estudantes de O Caminho Infinito. E também aos leitores de outros autores que, como ele, deixam transparecer que é inútil, ou mesmo errado, aplicarmos o conhecimento da ciência mental humana, o que, no meu entender, é um absurdo do tamanho do infinito!

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