“OLHOS AO CÉU”
Dárcio
( I )
“Tomando os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e os abençoou. Todos comeram e se fartaram e ainda sobejou”
(Mateus 14: 19,20).
A multiplicação de pães e peixes, feita por Jesus, ilustra a grandiosa “Lei Divina de Suprimento” em ação. Nosso papel é o de nos enquadrarmos nesta Lei de modo pleno, através de uma sintonia perfeita e comunhão interna com Deus, e nos abrirmos à sua ação de modo a sermos por ela beneficiados.
Jesus não se deixou levar pela limitação visível: “ergueu os olhos ao céu”, ou seja, voltou-se ao Reino de Deus, que em seu conhecimento estava dentro dele próprio, e o suprimento invisível se tornou visível diante de todos. Que mecanismo há nesse processo? Podemos chamá-lo de oração correta.
Orar corretamente é “adorar o Pai”, é “buscar o Reino em primeiro lugar”, é buscá-lo “dentro de nós”. Este é o sentido de “erguer os olhos ao céu”. Esta “adoração a Deus” nos é ensinada pelo próprio Jesus: “Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4: 21-24).
Oração nada tem a ver com o mundo visível ou material. Nada tem a ver com religiões, seitas ou entidades religiosas deste mundo. Os verdadeiros adoradores, segundo Jesus, “adorarão o Pai em espírito e em verdade”.
Diante dessa explicação de Jesus, disse-lhe a mulher: “Eu sei que o Messias vem; quando ele vier, nos anunciará tudo”. E Jesus disse-lhe: “EU O SOU, EU QUE FALO CONTIGO” (João 4: 25-26). O Espírito de Deus é onipresente! Jesus ensina que o Cristo é, portanto, o Espírito de Deus já presente “dentro” de todos nós. Esta velha crença, “quando ele vier”, é refutada na hora por Jesus: “EU O SOU, EU QUE FALO CONTIGO”, isto é, O CRISTO JÁ É VOCÊ! Por isso a Bíblia registra que “Cristo é tudo em todos” (Colossenses 3-11), e que “Em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser” (Atos 17:28).
A “Lei Divina de Suprimento” é sempre atuante, e damos provas dela quando “erguemos os olhos ao céu”. Em outros termos, quando deixamos de dar crédito à aparência visível, abençoando aquilo que de pronto tivermos à nossa frente, com a atitude interna de reconhecer a abundância infinita já presente no Reino invisível do Espírito de Deus, todas as coisas necessárias visivelmente nos “virão por acréscimo”. Este é o mecanismo de atuação da “Lei de Suprimento”; este é, portanto, o mecanismo da “oração correta”.
Continua…