A
EVIDÊNCIA DA VERDADE
Marie S. Watts
Parte 2 – Final
Contemplação é Consciência em ação. Consciência em ação é a substância que é a Evidência, ou Verdade, contemplada por Ela.
Consideremos como esta Verdade Absoluta manifesta a Si mesma. Por exemplo: Dizemos com frequência: “Eu estou consciente da Verdade”, ou “Eu estou conhecendo a Verdade”. Estar consciente da Verdade pode muito bem significar para nós que a Verdade da qual estamos conscientes seja algo separado da Consciência que somos. Frequentemente parecemos conhecer a Verdade como se Ela fosse algo além da Mente que nós somos. Exatamente aqui, parece haver um senso de dualidade.
Suponha, por exemplo, que ao responder a um chamado de ajuda, você esteja contemplando a Verdade que é Vida eterna. Você está consciente da Vida porque está consciente como Vida estando consciente. Vida é Verdade. Você está consciente da Verdade que é Vida. Mas a única Vida que há, é Vida eterna. Assim, você está consciente como aquele aspecto de seu Eu que é Vida eterna. A sua consciência da Vida eterna não é sua percepção desta Verdade e da Vida eterna. Antes, é sua própria Consciência como Vida eterna, é a própria evidência–manifestação—da Vida que é eterna. A ilusão chamada “morte” sequer pode jamais ser evidenciada, quando você percebe com plena clareza estas Verdades).
Talvez você esteja contemplando aquele aspecto da Verdade que é Substância. Você está consciente da Substância por ser você a própria Consciência que é Substância. Em sua contemplação, você percebe aquele aspecto da Verdade que é Perfeição, pois toda Substância é Consciência perfeita. A própria Mente, Consciência, que você é, contemplando a Perfeição que é Substância – a substância que é Perfeição –, é a manifestação instantânea da Verdade que você está contemplando. Não existe nenhuma dualidade presente aqui.
A manifestação desta Verdade não pode ser algo que vem a seguir, ou posteriormente, com relação à sua Consciência deste aspecto da verdade. Antes, sua Consciência sendo esta Verdade, ativa em contemplação desta Verdade, é a manifestação presente da Substância que é perfeita—a Perfeição que é Substância.
Vejamos mais um exemplo deste aspecto de nossa contemplação. Suponhamos que você esteja consciente daquela Verdade que é a Visão. Novamente, você está consciente como a Verdade completa que é Visão perfeita. Sua Consciência como Visão perfeita, ou da Visão perfeita, não é separada da evidência que é Visão perfeita. Ela não é sua contemplação desta Verdade e a manifestação da Visão perfeita. Antes, você, consciente da Visão que é Visão perfeita, é a própria evidência da Verdade que é Visão perfeita. Resumindo, a Consciência que você é, consciente de ser a Verdade que você está “vendo”, é a Substância, e a Atividade – a Evidência em Si. Você agora pode ver porque é impossível o atraso da Evidência de qualquer Verdade que você contempla. E pode, também, perceber porque é inevitável que a evidência seja simultânea com a contemplação.