“DEIXAR FLUIR”
Dárcio
Parte 1
Como existe somente Deus, o Universo funciona como um Todo harmônico, fluindo livremente sem limitações, oposições ou resistências de qualquer espécie. Observe que, por vivermos integrados a esse “Todo Harmônico”, nossa vida flui harmoniosamente sob todos os aspectos, aqui e agora. Aos olhos do mundo, as alterações ou mudanças aparentam ocorrer incessantemente, ao acaso. Entretanto, a percepção da Realidade revela que a Infinitude divina, aparecendo como a harmonia que sempre É, flui aqui e agora na qualidade de nossa experiência individual. Nossa Consciência individual é a Consciência divina única, que reconhece apenas esta HARMONIA SEMPRE PRESENTE, constante ou permanente. Existe somente Deus; logo, nada há para se contrapor ao fluir natural divino como o “aqui e agora” de nossa experiência individual. Além disso, esse fluir divino de nossa experiência é exclusivamente espiritual. Este radical reconhecimento faz com que as aparentes mudanças do chamado mundo visível revelem o seu “vazio”, ou sua natureza como inexistentes.
Uma das mais conhecidas ilustrações empregadas na literatura espiritual, e também das mais antigas, trata das aparentes mudanças que a lua parece sofrer, apesar de estar fluindo livremente no Todo universal, incólume em relação às aparentes “fases” que o mundo lhe vem atribuindo. Nosso Ser verdadeiro e único é Deus, incólume diante de todas as aparências que o mundo tenta associar com ele, por julgá-lo passível de nascimento, mudanças e morte. A lua aparenta surgir no céu, crescer, ficar “cheia”, diminuir e desaparecer a cada chamado “ciclo-lunar”. Algo similar ocorre com o nosso Ser, que desconhece qualquer ciclo de vida similar. Assim como a lua é sempre a mesma, também o nosso Ser não muda, sendo sempre o mesmo “Eu espiritual”, incólume e perfeito.
Todo enfoque que parte das aparências acaba por lhes atribuir algum senso ilusório de existência. Por exemplo: acreditar que estamos evoluindo, equivale a acreditar que a lua aumenta de tamanho a cada semana. A lua é sempre uma só: nosso Ser, de modo análogo, é sempre UM SÓ; e, este UM É DEUS! Contemple estas Verdades em quietude e silêncio.
Continua…>