“NÃO AJUNTEIS TESOUROS NA TERRA”
Dárcio
Por mais que uma pessoa seja rica, jamais será capaz de residir em mil mansões ou de almoçar e jantar mil vezes por dia. A ganância do mundo nada tem a ver com as “riquezas de Deus”. Existe a ambição normal do ser humano, que é sentir que progride dia após dia, e existe a ambição doentia, que “quer sempre muito mais”, sem incluir nesse desejo qualquer intenção sincera de trazer benefícios ao próximo.
As “riquezas de Deus” fluem à medida do necessário: se houver sobra, não haverá mal algum em administrá-la tendo em meta o progresso dos nossos negócios; porém, como dissemos, a ideia de progredir deve principalmente abranger o objetivo de trazer melhorias a outras pessoas. Isto inclui o aumento de empregados, de salários e tantas outras melhorias que o progresso natural nos permita realizar.
Nesta fase de progresso, não deve existir o erro de “dar o passo maior do que as pernas”. Tudo deve fluir com naturalidade, sem pressões ou precipitações. Devemos nos abrir às “riquezas de Deus” juntamente com a Sua sabedoria. Se a prosperidade divina for mal administrada, sendo unicamente empregada com fins egoísticos, poderemos ver barrado o seu fluir natural no mundo visível. O canal permanecerá aberto enquanto conservarmos a ideia de que “a Vontade de Deus é a nossa vontade”, isto é, enquanto nos mantivermos conscientes de que “somos um com Deus”.
“A bênção do Senhor enriquece”, diz a Bíblia (Prov. 10:22). Esta frase deve ser lembrada a todo instante. Há pessoas que se prendem a Deus nos momentos de sufoco, veem suas necessidades atendidas, e logo em seguida se vangloriam de “suas” posses ou “sua” suposta “capacidade humana” para tê-las conseguido. Esquecidas da “Fonte”, acabam preparando o “sufoco seguinte”. Nada nos pertence! Se dermos um passeio de carro, olhando terrenos e propriedades, todos parecem possuir proprietários “deste mundo”. A terra está sempre aqui, mas e seus “donos”? Quem eram há mil anos? E há quinhentos anos? “Do Senhor é a terra e tudo o que ela contém”, diz a Bíblia. Não adianta a pessoa querer ser cega: ninguém, aqui, é dono de nada! Portanto, vivamos segundo as “leis espirituais”, deixando a diabólica intenção de viver em função de acumular bens deste mundo. “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mateus 6:19).
Ninguém passa por períodos de necessidade ou carência porque Deus esteja restringindo ou negando Suas bênçãos. Muitos, infelizmente, creem que “estão sendo provados”! Esta noção é contrária a tudo o que lemos na Bíblia, e que temos aqui transcrito e exposto. “Louvai ao Senhor porque Ele é bom!” (Salmo 135:3). Nosso ponto de partida, com relação a Deus, é encará-Lo como Amor e Bondade infinitos! O ser humano foi condicionado por ideias humanas sobre Deus. São exatamente estas crenças errôneas que precisam ser abandonadas! Quando entendemos que a Vontade de Deus é a de que “tenhamos vida com abundância”, deixamos de lado a ideia de que a Lei de Deus possa deixar de atuar para o nosso bem. A percepção de nossa unidade com Deus é a “chave” da prosperidade verdadeira! Através dela podemos dizer: “Todo o poder me é dado, no céu e na terra” (Mateus 28:18).
A prosperidade de Deus inclui tudo nesta vida: os bens materiais necessários, boa saúde, bons relacionamentos, alegria, paz e harmonia. Em outras palavras, a “prosperidade espiritual” abrange a “prosperidade material”; sim, pois a última é simples reflexo do reconhecimento mental que fazemos da primeira. “A bênção de Deus enriquece e não acrescenta dores” (Prov. 10:22). Há quem diga: “Sei de pessoas riquíssimas que jamais se interessaram por leis de Deus”. Eis por que frisamos esta citação: a riqueza material, afastada da Sabedoria e do Amor divinos, não tem estrutura para sustentar uma vida sem conflitos familiares, sem problemas de saúde ou sem flutuações! Não adianta! A vida é espiritual, e somente através de “leis espirituais” poderá ser “bem vivida” de forma integral e completa.
Em Filipenses 4:19, podemos ler: “Ele suprirá todas as necessidades”. Que mais poderíamos desejar?
Os princípios espirituais estão sempre ativos. Não é o “ser humano” que os porá em atividade. Assim, seja qual for a situação financeira deste momento, se a pessoa se dispuser a viver segundo o que estamos aqui expondo, logo se verá liberta de suas dificuldades financeiras. A liberdade é garantida por Deus! Por mais que alguém se julgue humanamente sábio ou genial, mais dia, menos dia, terá de se curvar diante do Onisciente. Para marcar este ponto, registramos a passagem bíblica abaixo (Salmo 127:1):
“SE DEUS NÃO EDIFICAR A CASA, EM VÃO TRABALHAM OS QUE A CONSTROEM.”