A CIÊNCIA CRISTÃ…Parte 3

A CIÊNCIA CRISTÃ:

Sua Revelação Divina e Aplicação Humana

 

JULES CERN

Parte 03

Simplicidade de aplicação

Não há coisa alguma misteriosa ou complicada na prática da Ciência Cristã; até uma criança pode demonstrá-la. De fato, quanto mais inocentes somos em nossa aplicação da Ciência Cristã, tanto mais nos aproximamos do Cristo ideal em nossas demonstrações. Vejamos como uma criança provou o poder de cura da Ciência Cristã.

Uma menina de cerca de dez anos tinha na face uma mancha horrível,que parecia tornar-se cada dia pior. Seus pais, que eram Cientistas Cristãos, procuravam ajudá-la, mas seus esforços pareciam não dar resultado. A criança vinha contando com os pais para curá-la, mas havia sido indiferente quanto à necessidade de,ela mesma, pôr-se a revigorar seu próprio pensamento com a verdade relativa ao ser. Certa manhã, quando tomava a primeira refeição do dia, começou a lamuriar o estado de seu rosto. Mas o pai, que até aquele momento havia compartilhado de seus pesares, foi subitamente impelido a incitar a menina a que voltasse o pensamento a Deus, e não ao problema. E disse a ela: “Vá para o seu quarto e estude a Bíblia e livros da Ciência Cristã. E não saia de lá enquanto não souber que você é a ideia de Deus, espiritual e perfeita.”Docilmente, a criança foi para o quarto. Sabia que, longe de ser por falta de amor, a insistência do pai era para que ela abrisse seu espírito àquilo que lhe prestaria o maior de todos os auxílios. A piedade e o amor humanos tinham-na confortado, mas não haviam conseguido despertá-la de sua falsa crença sobre identidade. O amor humano só havia ampliado a falsa crença de que a identidade era corpórea. Entretanto, só o Amor divino poderia libertar desse conceito errôneo o seu pensamento.

Cerca de uma hora depois, a menina saiu do quarto, radiante e feliz. O defeito de sua face não se modificara, mas seu pensamento já não era assediado ou enganado pela falsa crença. Mais tarde, naquele dia, a mancha começou a desvanecer-se e, dentro de muito pouco tempo, seu rosto ficou claro e livre de qualquer vestígio da referida moléstia. Interrogada pelos pais sobre qual a revelação específica que lhe tinha iluminado o espírito, ela indicou este trecho da Bíblia: “Se lançares para longe a iniqüidade da tua mão, e não permitires habitar na tua tenda a injustiça, então levantarás o teu rosto sem mácula…” (Jó 11:14, 15). A menina tinha vislumbrado a mensagem fundamental contida nessa passagem bíblica, a saber: a advertência de que devemos esvaziar nosso pensamento de todas as crenças em coisas que diferem da natureza de Deus, a Vida perfeita. Foi magnífica a maneira com que a menina demonstrou a verdade destas palavras da Sra. Eddy, contidas em Ciência e Saúde (p. 463): “Uma ideia espiritual não contém um só elemento de erro, e essa verdade remove convenientemente tudo quanto é nocivo.”

Talvez seja bom atentar-se em duas outras coisas importantes que aconteceram. Em primeiro lugar, a menina foi obediente quando aconselhada a voltar-se unicamente para Deus em sua necessidade. Em segundo lugar, ela sentiu-se feliz antes que se operasse a cura, e não por causa da cura. Ela havia deslocado seu pensamento da posição neutra de indiferença—de quem crê na existência de dois poderes, um finito e outro infinito—para a atitude de aceitação imediata de um só poder, o único poder, o onipotente, a Vida perfeita. Quando nosso pensamento não tem máculas, então aquilo que se julga ser um corpo físico também não apresenta máculas.

Toda e qualquer espécie de mortalidade é crença errônea

A aparência física do homem é sempre o reflexo da mentalidade que crê no físico. Daí por que, para se demonstrar harmonia, é tão necessário eliminar toda discórdia mental, todo pensamento de ódio, inveja, luxúria, malícia, desonestidade, ressentimento, vingança, egoísmo, malevolência, bisbilhotice e assim por diante. No entanto, alguém poderia exclamar: “Mas eu só tenho bons pensamentos. Sou amoroso e altruísta e tão bondoso quanto me é possível, e ainda assim tenho sofrimentos físicos.”A razão disso é evidente. O fato de alguém ter um conceito gentil sobre a matéria ou corporalidade não lhe confere domínio sobre a crença na existência da matéria ou corporalidade. A Ciência Cristã nos permite ser amáveis, bons e generosos graças ao conhecimento que nos proporciona da infinidade do Amor, a despeito da matéria ou corporalidade, e não por causa desta.

Não se podem eliminar radicalmente pensamentos desarmoniosos acerca dos mortais ou de pessoas enquanto não se elimina a crença de que existam mortais ou pessoas. Lemos, em Jô (13:10), segundo a versão bíblica inglesa: “Acerbadamente vos repreenderá, se em oculto considerardes pessoas.”Todas as distorções mentais se baseiam na falsa crença que identifica o homem como mortal, bom ou mau. Se não julgasse a si mesmo, ou a outrem, um mortal bom, o homem não julgaria a si próprio ou a outro, um mortal mau. Se não julgasse a si mesmo, ou a outrem, um mortal amável, não julgaria a si próprio, ou a outro, um mortal desagradável. Podemos amar verdadeiramente nosso próximo como a nós mesmos, quando o vemos como realmente somos, isto é, como ideia imortal de Deus, não-física, inteiramente espiritual, em vez de vê-lo como um mortal. Se nos recusarmos a ficar impressionados com as aparências materiais ou físicas, estas jamais nos causarão desalento.

A Ciência Cristã não se apóia na crença de que o homem é um mortal, um “mísero pecador”, que vive num universo material e precisa abrir seu caminho de saída para o céu, Essa Ciência é a revelação divina de que o homem é imortal, impecável e vive no universo do Espírito, já no reino do céu, na consciência de que Deus é Tudo.

Continua

 

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