"EU VIM, NÃO PARA JULGAR…"

“EU VIM, NÃO PARA JULGAR O MUNDO,

MAS PARA SALVAR O MUNDO”.

João, 12: 47.

Dárcio

Diante da frase de Cristo: “O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho o julgamento”, muitas doutrinas religiosas passaram a propagar que seremos todos “julgados por Jesus”, no suposto “dia do juízo final”. Eis por que iniciamos o capítulo com a frase em que o próprio Cristo refuta tais colocações ortodoxas!

“Se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo, porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo.”Repetidamente, em nosso estudo, temos enfatizado a premissa básica: DEUS É TUDO! A mente iluminada não vê o mundo como a mente carnal ou iludida o vê! Se Jesus dissesse ter vindo para “julgar alguém”, teria de estar usando a mente humana, e não a divina! A existência humana é um sonho! Uma imagem hipnótica que temporariamente engana a maioria, fazendo-a crer que existe, de fato, um mundo material. DEUS, ESPÍRITO, É TUDO! Sempre foi e sempre continuará sendo TUDO! Por que? Por ser DEUS! Onipresente, Onipotente, Onisciente!

Cristo, ciente de que “o reino não é deste mundo”, transmitiu-nos esta Verdade libertadora. Alguns a aceitam e outros não. Entretanto, se DEUS É TUDO, esta análise de aceitação não pode ser real! Para a mente humana é real! E para a mente divina, que é Onisciente? Este é o ponto: a mente que vê seres aceitando ou rejeitando a Verdade é ilusória! Quando cada um se identifica com a Verdade de que “temos a mente de Cristo”, percebe a névoa ilusória dissipar-se à sua frente! Estará “se julgando com a Palavra!” Estará dando fim à falsa crença de que há dois universos: o espiritual e o material.

“Quem me rejeitar a mim e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” (João 12, 48). Como dissemos, a Revelação, DEUS É TUDO, é a Palavra que nos julga! Cada um, por se dedicar à compreensão da totalidade de Deus, à percepção de que somos “um com Deus”, terá seu “último dia”, ou seja, o sumiço do ego humano! Em Gálatas, 2: 20, encontramos Paulo neste “julgamento”, em seu “último dia”: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.”

Os conceitos humanos de “juízo final” e “condenação eterna” são meras fantasias lamentáveis da ilusória mente humana! Desde o Antigo Testamento já tínhamos a revelação de que todos seriam salvos: “Porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior, diz o Senhor”. (Jeremias, 31, 34). Quanto antes percebermos a totalidade de Deus, e, conseqüentemente, nossa natureza divina, “mais cedo” estaremos “crucificados com Cristo”: menos natureza humana ilusória demonstraremos, e mais Luz divina irradiaremos! Somente um véu hipnótico, chamado “humanidade”, parece ofuscar o fulgor pleno de nossa “Cristicidade”.

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