Dárcio
Capítulo VII
A VIVÊNCIA
Vivenciar o Absoluto não é vivenciar uma vida humana sem problemas! Muitos associam este estudo com o chamado “pensamento positivo”. Pensar positivamente, neste conceito material de mundo, logicamente é melhor do que se deixar envolver pelo lado negativo da coletividade. Porém, vivenciar o Absoluto, exatamente como está dito, significa VIVENCIAR O ABSOLUTO!
Falamos, nos capítulos anteriores, que já estamos AGORA num Universo espiritual. Ressaltamos, também, a necessidade de reconhecermos este Fato pela contemplação de sua veracidade plena e absoluta. Para tanto, a mente aberta (receptiva, quieta e em silêncio), constitui a base para estas contemplações serem feitas sem nenhum tipo de esforço.
Que esforço uma Verdade poderia fazer para se tornar verdadeira? Nenhum, é claro. Assim, o “pensar positivamente”, que seria um esforço mental humano, deve abrir espaço para que a Verdade, aquilo que JÁ É, Se revele, na ausência plena de esforços. Somente assim, entenderemos o sentido do ensinamento “Não resistais ao maligno”.
Por que alguém tentaria “pensar positivo”? Por acreditar em mente humana com poder criador; por acreditar serem reais e passíveis de mudanças as imagens vistas por ela: mudanças para pior ou, no caso de se pensar positivamente, para melhor. Há pessoas que se dizem desinteressadas pelo estudo do Absoluto; alegam estar muito bem contando com as próprias mentalizações. Benefícios humanos, assim obtidos, são citados como provas desse sucesso. Que mal há nisso? Tudo depende do sentido que damos à palavra “sucesso”. E, depende também do nosso objetivo, quando abraçamos algum ensinamento. Quem mentaliza, ou utiliza positivamente a mente humana, será capaz de constatar alguma melhoria visível como fruto deste trabalho; porém, estará vivenciando um mundo ilusório de quadros mentais. E, além disso, poderá estar bloqueando a visão para a Verdade suprema de que “em Deus vivemos, nos movemos e existimos”.
A Metafísica Absoluta enfatiza: HÁ UMA VERDADE AQUI! E esta Verdade Se expressa SOZINHA, por dispor da ONIPOTÊNCIA onipresente para fazê-lo. Portanto, neste estudo, o sucesso é quando abandonamos a ilusória mente humana, “criadora” de pesadelos ou sonhos agradáveis; quando aderimos totalmente ao princípio de “não resistir ao maligno”; quando deixamos de querer diretamente benefícios humanos decorrentes do estudo! Nesse estado contemplativo, de silêncio e quietude, em que a livre ação de Deus em Se expressar é universal e impessoalmente reconhecida, ficamos abertos à Graça divina e percebemos a UNIDADE ORIGINÁRIA. Sempre vivemos na Graça! Sempre vivemos em Deus! A Verdade impessoal, que JÁ SOMOS, é que nos mantém! É esta Verdade Absoluta que desconhece qualquer outra presença, poder ou existência!
Neste estudo, não ficamos dependentes de mera ação mental positiva; antes, numa atitude passiva, incapaz de duvidar da capacidade infinita que a Verdade dispõe para Se expressar, vemo-nos na qualidade de SER A VERDADE exatamente no ponto em que estamos.
Sem nenhuma “resistência” às aparências, sem nenhum tipo de “esforço mental”, ficamos de modo contemplativo percebendo a Presença do Espírito Infinito sendo tudo e todos, num UNIVERSO SEM MATÉRIA, que é o REINO ABSOLUTO DA REALIDADE. Nesta percepção, claramente há o discernimento idêntico ao de Cristo: “Eu sou a Verdade”. Este é o sentido de “vivenciar o Absoluto”.