“E AO QUE QUISER PLEITEAR CONTIGO E TIRAR-TE O VESTIDO, LARGA-LHE TAMBÉM A CAPA; E SE QUALQUER TE OBRIGAR A CAMINHAR UMA MILHA, VAI COM ELE DUAS.”
MATEUS 5: 40-41
MATEUS 5: 40-41
O Cristianismo é essencialmente transcendental. Uma visão mais alta nos é ensinada e, ao mesmo tempo, requerida! O Reino é espiritual! Nele, somos todos um! Este entendimento está por trás de toda a fala de Jesus Cristo. Por isso, seu ensinamento enfatiza tanto que devemos “buscar o Reino em primeiro lugar”. Se quisermos aplicar seus ensinamentos diretamente na matéria, estaremos invertendo tudo! E poucos desejarão fazê-lo, por lhes parecer descabido ou até mesmo absurdo!
Como devemos discernir as recomendações espirituais? Do seguinte modo: utilizando radicalmente a nossa visão espiritual, que, no caso, deverá ser dedicadamente reconhecida como nossa “visão real”, chamada por Jesus de “olho simples”. Na prática, isto significa que, em períodos de sliêncio contemplativo, iremos constantemente reconhecer que, no lugar dos supostos “olhos humanos”, existe a Visão espiritual manifestada como “nossa Visão real”.
Sem o aflorar desta “Visão crística”, o mundo (visível) ao nosso redor estará se desdobrando, podemos dizer, numa mistura de luz e sombra, isto é, teremos o reflexo visível de uma Realidade invisível que, mesmo sendo Ela perfeita, acabará aparecendo como imagem filtrada e distorcida pelos julgamentos mentais humanos! Porém, com a mente “transparente”, a Realidade infinita passa a surgir cada vez mais límpida em seu reflexo visível, e é quando as recomendações acima deverão ser seguidas!
As pessoas e fatos da aparência serão a pura manifestação visível da Vontade de Deus! Não teremos mais a noção de dualidade! Tudo estará automaticamente se desdobrando como “unidade”, de forma que, “se alguém nos pleitear o vestido”, também “a capa ser-lhe-á largada”, ou seja, estaremos tão conscientes de que TUDO É UM, que a “transferência” não mais será reconhecida!
O mesmo se dará se “nos for obrigado a caminhar uma milha”: saberemos que não existem “duas mentes”, uma nos obrigando a fazer algo que não desejamos; antes, estaremos reconhecendo a Mente única, aparecendo como sendo a “minha”, e como sendo a mente “daquele” que, supostamente, nos estiver fazendo a exigência.
Se realmente nos dedicarmos a reconhecer estas Verdades transcendentais, constataremos uma mudança incrível, e para melhor, nos fatos ou acontecimentos naturais de nosso dia-a-dia.
Passemos à meditação de reconhecimento da presença do Reino de Deus em nós:
Aqui onde estou é o invisível Reino de Deus: este Reino, pela Graça do Pai, está em mim. Solto-me no simples reconhecimento consciente desta Verdade.
(permanecer durante alguns minutos neste suave reconhecimento, ciente de que não existe matéria, e que tudo é Deus, tudo é Perfeição, tudo é Espírito.)