O senso Comum
Adriano “Mr.LopesLima”
Um dia desses, estava conversando com uma pessoa muito próxima. Essa pessoa estava destilando sua tristeza e eu estava ouvindo sua estória.
Basicamente ela reclamava para ter um lugar para morar e conseguiu isso, mas este lugar logo se revelou incompleto, o que gerou mais reclamações do tipo:
- Não podia ser assim?
- Eu preciso disso e daquilo.
- Se pudesse ter mais um espaço seria feliz…
Comentários que imediatamente puseram minha cabeça a pensar no título dessa conversa. O senso comum! Incomodado com os comentários, comecei a pensar em quantas vezes me peguei dizendo ou pensando coisas semelhantes:
“Bom… todo mundo tem direito a isso ou aquilo…”, “O certo e aceitável seria isso ou aquilo…”, “Ela não está vendo que está errada e todo mundo esta certo?”, “Ninguém normal faria isso…” e etc.
A reflexão levou a revelação: Deus tem senso comum? Teria senso do normal, do correto? E com isso percebi que o senso comum é a nata do pensamento humano, pois prende e mantém preso o ser liberto em uma prisão mental coerente.
A coerência propriamente dita, turva as revelações; é contra tudo o que é diferente; faz as pessoas sofrerem para serem felizes.
O paradoxo sofrer para ser feliz é uma aceitação em muitas religiões. É “senso comum” sofrermos para merecermos, afinal, Jesus não sofreu?
Mas na metafísica absoluta a verdade é simples: “Deus é tudo!” Podemos gritar a vontade, mas desde que aceitemos que Deus é Onipresente, não poderia ser diferente. Não há como Deus estar num lugar e não estar em outro, incluindo nós mesmos. O que interfere nessa percepção é justamente esse “senso comum”. E ai… aparecem as pérolas:
– Ora, com tanto sofrimento nesse mundo, como pode Deus estar aqui?
– Todos sabem que não é bem assim… Eu acredito em Deus, mas ele quer que aprendamos… Cresçamos… Evoluamos…
– Somos simples e ignorantes… É pecado… Que Deus me perdoe…
Tudo isso pode até ser verdade, mas apenas para a natureza humana! Não somos humanos, somos espírito. A humanidade é cheia de defeitos e contradições, mas o espírito é perfeito, é Deus manifestado individualmente como nós.
A compreensão desta verdade liberta a mente humana, que apesar de ser limitada, pode transcender a “realidade humana” e perceber que a realidade divina já está presente; Não precisa ser conquistada e sim percebida.
A Perfeição Onipresente de Deus, é o único senso comum que devemos perceber em qualquer situação que se apresente diferente do humanamente aceito.