Se ocorrer o lampejo espiritual, revelador da natureza ilusória deste mundo aparente, de imediato será desfeito o engano cometido por diversos movimentos filosóficos, religiosos ou mesmo metafísicos, que insistem em considerar “este mundo” como local de aprendizado espiritual, uma espécie de “escola” da alma ou da vida.
Enquanto alguém se posicionar nesta “ilusão de mundo”, considerando-se “aprendiz na escola da vida”, inevitavelmente continuará endossando a existência deste mundo falso como sendo a tal escola. Vezes e mais vezes, encontramos em textos sobre a Verdade que “o mundo das aparências” é pura ILUSÃO, simples NADA, algo semelhante a uma MIRAGEM. Sendo assim, tanto a suposta “escola da vida” como seus possíveis “alunos” são ILUSÃO, NADA, MIRAGEM. Conclusão: NÃO ESTAMOS, NUNCA ESTIVEMOS NEM ESTAREMOS NUMA “ESCOLA DA VIDA” TERRENA. Tal percepção, aliada ao princípio da existência única do AGORA, permite-nos captar com nitidez a frase Bíblica “Em Deus vivemos, nos movimentamos e temos o nosso ser”. (Atos 17:28).
Se quisermos apreender os princípios espirituais, será de importância máxima que nos mantenhamos em estado alerta quanto à natureza ilusória deste mundo aparente. Caso contrário, ficaremos abertos às suas crenças errôneas e falsas teorias. Para ilustrar, façamos uma analogia com a “casa de espelhos”, muito vista em parques de diversões. Ao entrarmos numa delas, passamos a ver nosso corpo distorcido de inúmeras maneiras. Como temos noção de que as distorções apenas são imagens ilusórias, em momento algum nos passaria pela cabeça a idéia de “querer melhorar” aquelas imagens refletidas. Seria uma intenção ridícula. Em vez disso, apenas nos divertiríamos, vendo aquelas aparências deformadas, sem que jamais elas fossem levadas a sério. O mesmo se dá com “este mundo”. Todo ele não passa de uma imagem ilusória: NÃO PODE SER LEVADO A SÉRIO. Devemos apreender diretamente o Mundo Real e Perfeito do Espírito, que vinha sendo mal traduzido como “mundo material” pelo “espelho” chamado mente humana coletiva. Teria sentido alguém se esquecer da realidade do próprio corpo, para se deixar iludir pelas imperfeições e distorções apresentadas pelos espelhos da casa de diversões? Não! Entretanto, não é exatamente o que muitos que estudam a Verdade aparentemente estão fazendo?
Não se pode dizer que “este mundo” é ILUSÃO para, em seguida, considerá-lo como “escola da vida”. Além de contraditórias, estas idéias levam à confusão e ao dualismo. Exige-se um enfoque radical e absoluto quanto a este ponto. ESTE MUNDO APARENTE É ILUSÓRIO! INEXISTENTE! EXISTE SOMENTE DEUS, APARECENDO COMO ESTE UNIVERSO REAL, INVISÍVEL PARA A CHAMADA MENTE HUMANA.
Assim sendo, jamais consideramos a existência de algum ser humano em “escola da vida”, procurando evoluir, despertando energias psíquicas, desenvolvendo mediunidade, gerando carmas positivos ou resgatando negativos. Este “ser ilusório”, sempre buscando, buscando, buscando, não é nosso Eu Real! Toda esta busca interminável provém da errônea aceitação de que “este mundo”, além de existir, é uma “escola” de progresso ou evolução espiritual. Entretanto, Deus é Tudo! E, “este mundo” é ILUSÃO!
Não devemos perder tempo com este mundo aparente e suas crenças ilusórias. Que tempo não devemos perder? Este AGORA! O único “tempo” que existe! Jamais devemos colocar nosso referencial de existir em algo semelhante ao visto em “espelhos” de casa de diversões. Assim, entenderemos a nulidade da “teoria da reencarnação”. Mesmo que à saída da Casa dos espelhos, o espelho final fosse perfeito e refletisse com fidelidade o nosso corpo, jamais nosso CORPO VERDADEIRO teria sofrido aquela seqüência de variações mostrada pela série de espelhos para “chegar à forma perfeita”. O sentido desta analogia é muito amplo e importante: NOSSO CORPO VERDADEIRO É ESPIRITUAL E PERFEITO; JAMAIS NASCE E JAMAIS MORRE. DEUS, CORPORIFICADO, CONSTITUI O NOSSO CORPO CONSTANTE E ETERNO. Colocar em Deus o nosso referencial de ser, corresponde a colocar no visitante da “casa de espelhos” o referencial de sua “existência única e verdadeira, considerando-a livre e autônoma em relação ao “mundo dos espelhos do parque”.
Gostaríamos que os leitores desta ilustração explorassem ao máximo o profundo significado espiritual que ela busca retratar. Que todas as condições possíveis sejam analisadas, ou seja, as analogias entre as coisas reais e as ilusórias, a identificação dos princípios espirituais ali presentes, etc. Se esta ilustração for bem analisada, com facilidade será percebido o motivo pelo qual o nosso enfoque da Verdade é sempre a partir do Absoluto, isto é, a partir da EXISTÊNCIA ÚNICA DE DEUS COMO REALIDADE, EXISTÊNCIA, PERFEIÇÃO, SUBSTÂNCIA, MENTE E FORMA DE TUDO E DE TODOS.