Curando Feridas-2

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A natureza tem um modo de proceder, diante de intrusões danosas, que nos oferece exemplo interessante: quando acontece a certos moluscos, tais como as ostras, ser-lhes introduzida uma partícula que as machuca, um grão de areia, por exemplo, tal partícula é recoberta por camadas de uma substância protetora. Finalmente, o objeto agressor torna-se uma linda pérola!

Entretanto, a substância espiritual que surge através da oração, em vez de apenas ir cobrindo nossas feridas com o lento passar do tempo, substitui imediata e completamente os paus e as pedras de um distúrbio acidental ou de um dano deliberado, com bênçãos de valor espiritual. Nossa verdadeira substância, que reflete a constante presença de Deus, é fecunda em amor e compreensão.

O homem jamais foi tocado por acidente ou injúria. O homem, a expressão de Deus, habita em Sua presença, onde nada de danoso jamais se introduz. Expulsando as sugestões de dano com rios de perdão, a substância curativa da oração faz muito mais do que torná-las incapazes de nos prejudicar. Quando refutadas com amor e compreensão, até mesmo experiências que justificariam uma atitude de ressentimento e vingança podem se transformar em lições espirituais que se tornarão tesouros duradouros. Graças a essas lições, tão somente, adquirimos a maior de todas as pérolas, a pérola da qual Jesus nos falou.

Jesus comparou o reino dos céus a um mercador que estava à procura de pérolas preciosas, o qual, “tendo achado uma pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía, e a comprou”.

Quase mil e novecentos anos após essa parábola ter sido proferida, a pérola de valor inestimável foi descoberta para toda a humanidade. Foi como se, no decurso dos séculos. O Cristo, a ideia sanadora e salvadora que Jesus plenamente exemplificou, purificasse todo o clamor do pecado e da dor, por meio da substância divina do amor e da compreensão, expondo completa e finalmente o nada absoluto do erro, através da revelação da totalidade do bem.

 

Continua..>

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