Cristo Jesus e Suas Obras de Cura-1

Curas, curas, curas. Era esse o resultado da compreensão que Jesus tinha de Deus e do homem, a qual ele exercia a favor do povo que a ele vinha em busca de ajuda. Cegos receberam sua visão, coxos andaram, leprosos foram restabelecidos, surdos puderam ouvir, mortos foram ressuscitados. A Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: “A era cristã iniciou-se com sinais e maravilhas”. Jamais viveu maior sanador do que Jesus. Mas ele não permitia que suas realizações limitassem seus leais seguidores dos dias por vir, pois disse: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço”.

A vida que Jesus levava era progressista. A Bíblia diz a respeito dos seus primeiros anos: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”, e, por certo, podemos aplicar esse mesmo dito com relação aos seus dias posteriores. Jesus deu início redentor por ocasião das bodas de Caná, onde transformou água em vinho, e terminou três anos mais tarde com sua própria ressurreição e ascensão.

Os Evangelhos contam-nos apenas parte de suas obras de cura feitas no intervalo entre esses dois acontecimentos. Como João nos diz: “Há, porém, ainda muitas outras cousas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos”.

Certa ocasião Jesus curou dez leprosos. Nessa época constituíam eles os proscritos da sociedade. Jesus nunca teve receio de se tornar impuro pelo contato com eles – como bem pode se concluir de outra ocasião em que, tomado de compaixão, tocou num leproso, mostrando assim desdém por essa enfermidade. No entanto, Jesus respeitava a lei mosaica e era um cidadão cumpridor da lei. Ordenou aos dez leprosos, a quem havia curado: “Ide e mostrai aos sacerdotes”. Naqueles tempos os sacerdotes eram os protetores das leis sanitárias. Decidiam se uma pessoa era limpa ou impura. Isto mostra que Jesus honrava as leis de seus dias.

Em outra ocasião, Jesus e seus discípulos careciam de alimento para a multidão que o viera ouvir. Grato pelo que existia à mão – cinco pães e dois peixes – fez prevalecer sobre a situação a compreensão de que o Pai supre incessantemente do bem os Seus filhos e filhas. “Todos comeram”. Não só isto, mas houve também sobras.

Neste caso, percebemos que Jesus estava consciente da grande solicitude de Deus e de Sua bondade continuamente demonstrada para com Sua criação. Para o Mestre, a gratidão deve ter sido natural. Esse reconhecimento do bem já presente, embora ainda não percebido pelos sentidos humanos, era inspirado por sua confiança em Deus, o bem.

 

Continua..>

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