Uma Experiência Conturbada

Nota: O que a autora aqui diz, refere-se ao que supostamente pode ser visto nas “aparências”, decorrente de nossa “Mudança de Referencial” através das meditações, contemplações e aceitação absoluta da real Existência. O ego e sua mente carnal, deixando de ser endossados, apresentam um “mundo visível” temporariamente conturbado, que, como explica a autora, dá mostras da “desintegração da ilusão”. Precisamos recordar que “aparências”, harmônicas ou conturbadas, são todas ilusórias, para “permanecermos em Mim”, na Mente de Cristo, na Consciência iluminada! DEUS É TUDO!

Dárcio.

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A mudança mental de um ponto de vista material para um ponto de vista espiritual é normalmente gradativa e suave. Porém, quando esta espiritualização do pensamento produz uma pronunciada e repentina mudança na consciência, é às vezes chamada de experiência conturbada. Nesta transformação do pensamento, as formas mais tenazes do magnetismo animal, agarrando-se ao âmago da consciência, são expostas e destruídas. Elas são substituídas pelos fatos espirituais do ser. Esta súbita mudança é uma reviravolta mental na qual o eu mortal é forçado a se render ao imortal.

Temos que passar por esta experiência porque o magnetismo animal constrói em nossa consciência um falso sentido de vida — o sentido de que a vida está na matéria e sob leis materiais, conhecimento e estória mortais, traços de caráter negativos, falso sentido do bem, metas, ambições, ideais e esperanças irreais. Para o pensamento não iluminado estas visões parecem corretas. Em realidade, consistem de uma estrutura invertida de pensamento que principalmente excluem Deus. Estas ilusões constituem nossa vida mortal.

Quando estudamos esta Ciência em oração, as ideias espirituais se desdobram e começam a expor a irrealidade do ponto de vista material mortal. A Verdade traz à superfície da consciência as mais frustradoras ilusões do mal. O erro em nosso pensamento se torna claro para nós. À medida que este falso sentido de vida se conflita com as ideias espirituais que se desdobram, fica cada vez mais difícil e sem sentido com nosso pensamento mortal. Quando isto ocorre, alcançamos um ponto onde devemos abrir mão de alguns conceitos mortais aos quais estivemos amarrados. Isto é muito difícil, porque nosso eu mortal resiste à destruição e por isso parece que estamos sofrendo com um conflito interior. Estamos relutantes em abrir mão do velho porque tememos não ter com que substituí-lo. Quando estes falsos conceitos começam a ruir, vivenciamos um período de trevas e solidão. Vem a sugestão de que a Verdade não está acontecendo em nossa experiência, que não merecemos este sofrimento quando outros, sem muita devoção a Deus, não têm que passar por isto. Mas a mudança interior está acontecendo. Chegamos a um ponto onde não podemos voltar aos antigos conceitos e a nova visão ainda não se desdobrou.

Nesta hora, encontramos muitas declarações de conforto nos escritos da Sra. Eddy, para nos assegurar que tudo está bem. Em Retrospecção e Introspecção, ela nos diz: “Embora a repreensão divina seja eficaz para destruir as fortalezas do pecado, este pode incitar o coração humano a resistir à Verdade, antes que este coração se torne obedientemente receptivo à disciplina celestial. Se o Cientista Cristão reconhecer a combinação de severidade e ternura que permeiam a justiça e o Amor, não desprezará a repreensão oportuna, mas absorverá de maneira tal que essa advertência será nele uma fonte a jorrar em incessante elevação e progresso espirituais.” (p.80: 14-22) Em Miscellany, ela escreve: “Lembre-se que você não pode estar em nenhuma condição, por mais difícil que seja, onde o Amor não tenha estado antes de você e onde sua terna lição não o esteja aguardando.” (p.149: 31-2)

É necessário morrer o velho conceito para abrir espaço para o novo. Dois estados mentais não podem ocupar a mesma consciência ao mesmo tempo. E assim, quando o desencanto com as ilusões mortais acontece, devemos nos levantar e confiar plenamente em Deus para restabelecer a harmonia, pois Ele não nos abandonará. Nestas ocasiões devemos orar, pois somente a oração nos livrará das profundezas das trevas mentais.

À medida que lemos, oramos e esperamos em Deus, começamos a encontrar, em nós mesmos, uma capacidade espiritual que nem sabíamos que tínhamos. Uma torrente de ideias espirituais nos leva a novos vislumbres de luz a respeito de Deus e do homem. As ideias de Deus renovam a consciência quando o velho homem é expulso e o Eu real se revela. Mudamos da fé para a compreensão.

Através destas provações, o magnetismo animal é extraído da consciência. Sua influência nos atinge cada vez menos. Se tentar entrar no pensamento espiritualizado, sua presença ofensiva é tão contrastante com a atmosfera mental purificada, que pode ser imediatamente detectado e rejeitado. Quando o erro é rejeitado muitas vezes, cessará de argumentar e nos deixará. E assim provamos nosso domínio sobre ele.

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Corpo E Corporificação

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Muitas pessoas ficam intrigadas a respeito do corpo: como funciona, como controlá-lo ou, até mesmo, o que ele vem a ser. Conseguiremos algumas pistas sobre o que ele é, ou não é, se considerarmos dois aspectos da palavra corporificação. Poderíamos dizer que um dos aspectos da corporificação é “expressão concreta”. O outro é “materialização ou encarnação”. Talvez pareçam a mesma coisa, mas podem ser bem distintos.

Considerado metafisicamente, o corpo é a corporificação, a expressão concreta, ou o templo de Deus, no sentido que Paulo adota em sua carta aos Coríntios: “Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?”

A verdadeira identidade do homem, portanto, é a corporificação de qualidades espirituais e a expressão individual e concreta da Vida, Deus. O verdadeiro homem é puramente espiritual e sempre harmonioso, a imagem e semelhança de Deus. Esse fato espiritual denota nossa identidade real, para a qual cada um de nós pode despertar, se deixar de lado o ponto de vista finito sobre o ser. Na cura da doença e do pecado, percebemos vividamente a infinita presença e o infinito poder de Deus. Deus é Amor e sempre quer o bem para sua amada criação.

O que parece ser um corpo material é, efetivamente, a expressão de um conceito material e errôneo de identidade. O ponto de vista limitado sobre o ser, isto é, a mente mortal, acha que o corpo existe e age dentro de três dimensões e, portanto, é material. Esse é o segundo significado de corporificação, conforme dissemos antes: materialização ou encarnação.

Sob esse ponto de vista finito, o corpo nos parece material. A matéria, entretanto, não age por si e não tem consciência de ser. O corpo, mesmo que pareça ser material, só pode expressar aquilo que dele se pensa, coletiva e individualmente. Ao nível do indivíduo, o corpo é influenciado pelo pensamento coletivo à medida que a pessoa aceita, com maior ou menor consciência, esse pensamento coletivo como sendo seu próprio.

No caso em que o pensamento se volta para a matéria, o corpo fica sendo, não resta dúvida, apenas a corporificação do pensamento.

Todavia, à medida que compreendemos que em realidade há apenas uma Mente, o corpo passa a ser governado por esta Mente divina única. Os membros e os órgãos passam a ser servos em vez de senhores.

Essa Mente única é Deus. Em verdade, é a tua Mente. Os pensamentos que não provêm dessa Mente não são teus pensamentos, são apenas sugestões de uma suposta mente mortal que erroneamente pretende ser tua mente, e, dessa forma, sugere a existência de muitas mentes. Não obstante, Deus é, em realidade, a única Mente, e Sua presença é expressa na ação inteligente do homem espiritual feito à Sua imagem.

Com base nesse reconhecimento, de que o homem reflete a Mente divina, o Cientista Cristão se esforça para voltar o pensamento em direção a Deus e Sua semelhança e afastá-lo do corpo físico. Em vez de vermos o mortal como realidade, podemos orar para ver o homem imortal, a Ideia-Cristo. Dessa forma, vemos o homem como sendo a expressão direta da Mente infinita. Qualquer ponto de vista finito é rejeitado e o infinito é aceito.

O ponto de vista finito constitui a assim chamada mente mortal. Quando rejeitado, a realidade infinita da harmonia perene passa a governar a situação e o corpo a expressar aquilo que predomina no pensamento. A verdade espiritual sobrepuja todo o resto. Como toda visão finita e desarmônica é sempre uma ilusão, ela logicamente cede à correção. Um pensamento da Verdade é mais potente que legiões de erros e ilusões. Por isso, alcançar um senso espiritual de corpo significa romper com a dimensão materialista em que estamos acostumados a pensar. Cedemos a um senso completamente novo de realidade e de Vida.

Cristo Jesus curava os doentes unicamente por meios espirituais. Ele provou que a fé, isto é, o pensamento, determina a saúde da pessoa. Várias vezes ele declarou: “Tua fé te salvou”. A fé, naturalmente, inclui arrependimento, afastamento do pecado; mudança completa de vida e de pensamento, do material para o espiritual. A cura pode ser obtida por meio da completa confiança em Deus. A presença e o poder de Deus estão disponíveis em qualquer lugar. Ele está presente e é onipotente.

Nada podia impedir o trabalho de cura de Jesus, mesmo nos casos mais difíceis. A única condição prévia era a disposição, por parte dos que procuravam ajuda, de ceder ao Cristo, a Verdade; em outras palavras, ter fé. No Evangelho de Mateus, lemos: “Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando: “Tem compaixão de nós, Filho de Davi! Tendo ele entrado em casa, aproximaram-se os cegos, e Jesus lhes perguntou: Credes que eu posso fazer isso? Responderam-lhe: Sim, Senhor. Então lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos.”

Tais curas mostram que o Cristo corrige a mente mortal e cura o corpo.

A Ciência Cristã possibilita a comprovação de que a Mente divina governa o corpo humano. Isso não que dizer que o Espírito, isto é, a Mente divina, reconheça a matéria. Significa, isto sim, que a harmonia é demonstrável mesmo onde, para a consciência terrena, ainda parece existir um corpo material. Jô disse: “Em minha carne verei a Deus.”

A Sra. Eddy revelou que a matéria é “uma imagem na mente mortal”. A fim de permitir que a Mente divina governe o corpo, é preciso abandonar a crença na matéria e no mal. Se tolerarmos pensamentos mortais sobre vida na matéria e pela matéria e se nos sujeitarmos à evidência mortal, estaremos indo contra nosso desejo de vermos manifestar-se, em nossa vida, o poder da Mente divina para curar.

Um erro comum da mente mortal é ver o corpo como sendo material. A doença é um erro específico acerca do corpo. A transição de uma percepção material finita para a compreensão espiritual tem consequência e propósito tão profundos, que só pode ser efetuada passo a passo. No tratamento pela Ciência Cristã, portanto, devemos negar o erro específico acerca do corpo e tornarmo-nos conscientes da harmonia e saúde já existentes no caso individual.

Num de seus livros, a Sra. Eddy respondeu à seguinte pergunta: “Se toda matéria é irreal, porque negamos a existência da doença no corpo material e não negamos o corpo propriamente dito?” Ela afirmou: “Negamos em primeiro lugar a existência da doença, porque podemos compreender essa negação mais facilmente do que a negação de tudo quanto os sentidos materiais afirmam. Está escrito em Ciência e Saúde: Uma crença melhorada é apenas um passo para fora do erro, mas ajuda a dar o passo seguinte e a compreender a situação na Ciência Cristã.”

Quando reconhecemos a natureza espiritual de todas as coisas e corrigimos os erros acerca do corpo, ganhamos maior domínio sobre ele. Demonstramos condições normais de saúde. À medida que progredimos, a matéria e o mal se tornam menos reais em nosso pensamento e em nossa vida. Começamos a compreender o Espírito perfeito e a criação espiritual e perfeita, como sendo a única realidade. A presença de Deus é percebida em nosso dia a dia.

Esse pensamento progressivo alcançará finalmente uma visão puramente espiritual da criação. Por sua ascensão, Cristo Jesus, nosso Mestre, mostrou o último passo nesse caminho de progresso espiritual. Na carta que o apóstolo Paulo escreveu aos Filipenses, lemos: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo de sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as cousas.”

A verdadeira identidade do homem é a corporificação de qualidades espirituais provenientes da fonte infinita, Deus, refletida individualmente. “Expressão concreta” pode ser considerada, portanto, a significação espiritual prática da palavra corporificação.

 

(De O Arauto da Ciência Cristã—Setembro 1991)

Pedras Fundamentais

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Descobri que as seguintes ideias acerca da Divindade, hostilizadas por teorias, doutrinas e hipóteses finitas, são regras demonstráveis na Ciência Cristã, e que precisamos ater-nos a elas.

TUDO O QUE DIVIRJA DA MENTE DIVINA ÚNICA, OU DEUS – OU DIVIDA A MENTE EM MENTES, O ESPÍRITO EM ESPÍRITOS, A ALMA EM ALMAS, E O SER EM SERES – É UM ENUNCIADO ERRÔNEO SOBRE O INFALÍVEL PRINCÍPIO DIVINO DA CIÊNCIA, ENUNCIADO QUE INTERROMPE O SIGNIFICADO DA ONIPOTÊNCIA, DA ONISCIÊNCIA, E DA ONIPRESENÇA DO ESPÍRITO, E É DE ORIGEM HUMANA E NÃO DIVINA.

Trava-se uma batalha entre as evidências do Espírito e as evidências dos cinco sentidos; e essa luta tem de prosseguir, até que a paz seja declarada pelo triunfo final do Espírito, em imutável harmonia. A Ciência divina, baseada na onipotência e onipresença de Deus, ou o bem divino, desmente a existência do pecado, da doença e da morte.

Toda consciência é Mente, e a Mente é Deus. Portanto, existe uma Mente só; e essa única é o bem infinito, que nos proporciona toda a Mente por reflexo, e não pela subdivisão de Deus. Fora disso, tudo que pretende ser mente, consciência, não é verdadeiro. O sol emite luz, mas não sóis; assim Deus se reflete a Si mesmo – a Mente – mas não subdivide a Mente, ou o bem, em mentes, boas e más. A Ciência divina exige tremendas lutas contra as crenças mortais, quando singramos o insondável mar das possibilidades, rumo ao porto eterno.

Nem a filosofia antiga nem a moderna oferecem base científica para a Ciência da cura-pela-Mente. Platão acreditava ter uma alma que precisava ser tratada para curar o corpo. Isso seria como corrigir o princípio da música a fim de destruir a dissonância. O Princípio está certo; a prática é que está errada. A Alma está certa; a carne é que é má. Alma é sinônimo de Espírito, Deus; logo, existe só uma Alma, e essa é infinita. Se aquele filósofo pagão tivesse sabido que o sentido físico , não a Alma, é a causa de todos os males do corpo, sua filosofia teria cedido à Ciência.

O homem brilha com luz emprestada. Reflete Deus, sendo Deus a Mente do homem, e esse reflexo é substância – a substância do bem. No erro a matéria é substância; na Verdade, o Espírito é substância.

O mal, ou erro, não é Mente; mas a Mente infinita é suficiente para produzir todas as manifestações da inteligência. A noção de que há mais de uma Mente, ou Vida, não é científica, nem satisfaz. Tudo tem de ser de Deus, e não nosso, separado dEle.

Os sistemas humanos de filosofia e religião desviam-se da Ciência Cristã. Tomar erradamente o Princípio divino como se fosse personalidade corpórea, enxertar na Causa Primária e única efeitos tão opostos como o bem e o mal, a saúde e a doença, a vida e a morte; fazer da mortalidade o estado e a regra da deidade – tais métodos não podem jamais conduzir à perfeição e demonstração da Ciência metafísica, ou Ciência Cristã.

Afirmar que existe o Princípio divino, a onipotência (omnis potens), e depois desviar-se dessa afirmação, adotando a regra da matéria finita para com ela resolver o problema da infinidade ou Espírito – tudo isso é como tratar de obter compensação pela ausência da onipotência, utilizando um sucedâneo físico, falso e finito.

Para nosso Mestre, a vida não era simplesmente uma noção de existência, mas incluía o conhecimento de poder que subjugava a matéria e trazia à luz a imortalidade, tanto assim que as multidões ficavam “maravilhadas da sua doutrina, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas”. A Vida, como a definiu Jesus, não tinha começo;não era o resultado de organização, nem fora infundida na matéria; era Espírito.

 

Deus E O Homem


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Deus é absolutamente tudo neste momento e Deus é o Bem; daí o fato absolutamente inegável e imutável, que não há nada no universo que não seja o Bem e Seu efeito perfeito. Este Deus é Mente, eternamente consciente de seu próprio Ser, e nunca foi e jamais será consciente de qualquer outra coisa. A Mente é eternamente única e é toda inclusiva. No momento, Ela está incluindo tudo aquilo que, por qualquer possibilidade, possa ser necessário à Mente perfeita.

A Mente governa-se por Si própria. Ela está agora e eternamente consciente de Seu próprio impulso Divino, o Amor. Ela é inspirada, energizada, movida e está sempre em ação, segundo este único impulso, o Amor.

Por esta razão, a Mente – a única Inteligência – é calma, confiante, tranquila e eternamente segura, porque Ela vivencia a potência de Sua própria Natureza, o Amor.

Portanto, não existe possibilidade nem ocasião para temor no domínio infinito da Mente. Não existe nada no Amor que gere medo, nada na Mente que o reconheça, nada no Bem que o mantenha, como não há espaço para tal coisa em todo o universo do Amor!
Mente – perfeita Autoconsciência – sabendo-se Única, e para sempre governando a Si mesma, forma a base de Sua perfeita Natureza, o Amor, e é Vida imortal. Isto quer dizer que – como tudo que a Mente mantém na Consciência é evidência – expressão de si mesma, e sendo Substância da própria, a Mente já compreende claramente estar vivenciando a imortalidade.

Todas as ideias no universo, neste instante, são afirmações desta Mente única; assim, elas são mantidas, vitalizadas, governadas e dirigidas por si mesmas, o Bem eterno.

Estas ideias constituem a Palavra de Deus, as quais – segundo a Sua Promessa – se cumprirão onde quer que sejam enviadas.
Esta Mente, preenchendo todo o espaço, não deixa lugar para qualquer outra mente, contendo tudo que pode, por qualquer motivo, ser necessário à vida, ação ou poder e não deixa nada compor qualquer outra mente; e, estando ciente de agir como Causa Infinita, não deixa causa ou elemento de causalidade para qualquer outra mente.
Esta Mente Única, incluindo tudo e sendo Tudo, nunca poderá conhecer, encontrar ou ter oposição. Não há nada para opor, pelo que opor, com o quê opor, nenhum método de procedimento, nenhum meio e nenhuma causa, ação ou poder para tal coisa, pois Deus é Tudo e não pode opor-se a Si mesmo.

Sendo Tudo, Deus é perfeitamente consciente de Sua própria Autoridade Divina, conhece simplesmente a perfeição de Seu próprio Governo, compreende o Seu próprio controle ilimitado, tem evidência – prova – de sua própria Supremacia, sem oposição.

Ele é consciente que, fazendo o que quer que faça, a sua Vontade é o Bem. A Mente, portanto, é todo governo, legislação e operação da lei que existe e está lei é indiscutível, infinita em alcance e poder.
O homem está envolto na perfeita Consciência de Deus. Ele não pode fugir, por um instante sequer, da proteção, do carinho, da pureza do Amor que tudo inspira, tudo sustém, tudo vê e tudo controla.

Ele não tem preocupação, não tem responsabilidade, nada para preparar, planejar, realizar, conseguir, desejar, pois ele simplesmente tem todo o Bem possível.

Não existe futuro no Agora da Mente Infinita. Assim, não há como compreender a Verdade ou conhecer Deus no futuro, ou alcançar a perfeição, como não há nenhuma demonstração a fazer, pois a única demonstração que existe, existiu ou simplesmente existirá, é de Deus, e que é feita agora! E o Homem é o conhecimento daquele Fato.

Ele, o Homem, tem, ou é, Conhecimento Espiritual, plena convicção do Bem, sabendo que o Bem é único em governo, único em poder, único em atividade, única presença eterna, única Consciência, único estado do Ser, verdadeiro e tangível.

O que ele é eternamente é a Consciência do Bem, o discernimento espiritual da Verdade, o saber da Única Mente. Ele é o estado da consciência pura, natural e clara, agindo, movendo e tendo o seu perfeito ser no imutável Amor de Deus.

Ele não pode cair de seu alto nível. O seu domínio não pode ser levado embora. Ele não pode perder o seu conhecimento dado por Deus. Ele não pode ser desencaminhado, enganado, iludido, de forma alguma, já que tudo que ele sabe é o saber da Mente/Deus. O homem é a compreensão de Deus.

Deus fez bem todas as coisas e o Homem não é parceiro neste trabalho: é o resultado!
A Mente é a Lei da Perfeição, plenitude, atividade, vitalidade, vigor, harmonia para as Suas Ideias – o Corpo e tudo que está incluído no Corpo.

A Mente é a Lei da eliminação das crenças de anormalidade, discórdia, etc.
Este tratamento é a aplicação da Lei.
Com todas as bênçãos.

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O Bem É Sempre Impessoal

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Nosso ensinamento tira o mistério da religião e o coloca na Ciência. Mas nós não perdemos qualquer reverência real, porque a reverência não depende da imaginação. Lágrimas nos olhos não significam gratidão. Lágrimas mostram que o nosso pensamento não é como Deus. O entendimento de que Deus é bom é tangível, definido, real e, portanto, prático. Não há misticismo nisso. Precisamos remover todo o sentido de personalidade da palavra Deus. O Bem é sempre impessoal. Isso é verdade em todos os sinônimos que a Sra. Eddy nos dá. A natureza de Deus é sempre a de revelar-se a Si mesmo. No momento em que você diz que Deus é Mente, você declara e produz iluminação, que se transforma em esplendor. Deus nunca começa, nunca termina, nunca falha. Quando pensamos essas coisas, estamos nos educando. Nós pensamos nessas proposições para que nos sejam úteis em nossa vida diária.

Vou apresentar um texto que escrevi, de modo que não reste dúvida sobre o que eu disse: Ninguém pode, de forma alguma, ter a ideia correta da Ciência sem vivenciar alguma coisa do significado do Eu Sou encontrado na Bíblia, e que a Sra. Eddy explica. Num certo sentido, esse Eu, Sou é aquela reflexão que dá a confiança com a qual uma pessoa anda sobre a terra como se ela a possuisse. E ela a possui. É isso que deve chegar a todos de forma crescente. Mas, às vezes vê-se este Eu Sou sendo usado de tal maneira que fica óbvio que não existe entendimento alí. Não é uma pessoa. Não é uma pessoa dizendo “Eu Sou”. É nada menos que Deus. E, se não for assim, não é nada. Até que ponto, muitos perguntam, pode-se dizer “Eu Sou”? Até que ponto pode alguém permitir que seu pensamento se aposse da grandeza e poder de divindade, e anuncie a imutabilidade e aplicabilidade do homem divino em curar os doentes? A única resposta possível, à luz da revelação da Sra. Eddy é: até o ponto que alguém for capaz. Mas não pode haver erro no significado do Eu Sou. Só o Espírito pode realmente dizer Eu Sou. Um sentido material e finito, tentando alcançar algo além de si mesmo, não pode dizer adequadamente “Eu Sou o que Sou”. Mas, se a Ciência pura está entronizada, e o pensamento se eleva completamente acima da matéria… se um caso é tido como uma oportunidade e não como uma tarefa… se é visto que a infinitude é perfeita e não há nada para ser curado ou salvo… se todos os desejos, mesmo aqueles que chamamos legítimos, desapareceram na realização do “Único Adorável”… então o pensamento pode dizer “Eu Sou o que Sou”.

* Bicknell Young foi um mundialmente renomado Professor e Conferencista nos primórdios da Ciência Cristã.

Que É O Tratamento Pela Ciência Cristã?

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Você sabe que os Cientistas Cristãos se apoiam na oração para curar. Mas você também já ouviu falar em tratamento pela Ciência Cristã. E você quer saber qual é a diferença entre tratamento e oração.

 Com efeito, esse tipo de tratamento é uma forma de oração baseada no fato de que Deus é o bem supremo e que Ele não cria doença nem erro. E estes não são sustentados por Sua lei. Um Cientista Cristão que esteja a “tratar” uma doença, por exemplo, esforça-se para reconhecer, com a maior amplidão de que for capaz, a totalidade e bondade de Deus. A oração assume diferentes formas, desde a petição (pedindo simplesmente auxílio a Deus, por exemplo) até repetição de uma oração aprendida na infância. Mas o tratamento pela Ciência Cristã é a persistente aplicação das verdades espirituais a determinada situação, a fim de alcançar a cura.

 De acordo com a Ciência Cristã, a doença, tal como qualquer outro tipo de discórdia humana é, afinal, o resultado da ignorância, do medo ou do pecado da mente humana. A medicina mais eficaz não é, por isso, a receita de um medicamento ou qualquer outra forma refinada de matéria, mas sim a Mente divina e sua influência curativa. Tal como os Cientistas Cristãos a encaram, essa compreensão de Deus como sendo infinito, sempre presente e absolutamente bondoso, é o meio que Cristo Jesus utilizava para curar. E assim como Paulo recomendou a todos os cristãos, o Cientista Cristão esforça-se por ter aquela Mente “que houve também em Cristo Jesus”.

A teologia da Ciência Cristã realça a necessidade de profundo amor e genuíno viver cristão, a fim de tratar e curar por esse método científico cristão. Por isso, há que aprofundá-lo, não apenas notar que é uma forma diferente e, porventura, menos dispendiosa, de alternativa médica da “Nova Era”. A pessoa que se dispuser a tratar com eficiência de acordo com a Ciência do Cristianismo, tem de enfrentar a entranhada resistência à totalidade de Deus, a Mente divina, que parece fazer parte da crença de ser o homem um mortal separado de Deus. Essa vitória não é alcançada sem esforço decidido, nem é ganha numa só batalha.

 O que dá ao tratamento sua capacidade de curar, é o despertar para a compreensão de que Deus, Espírito ou Mente, é na realidade o bem todo-poderoso e o oposto a Deus não tem substância. O fato espiritual e científico é que Deus nunca criou coisa alguma que não fosse boa e que Ele mantém Sem amado filho, à Sua imagem, em integridade e perfeita saúde.

 O tratamento da doença, ou de qualquer outra discórdia, implica ceder o pensamento àquilo que a Mente divina sabe e concebe. A medicina do tratamento espiritual é a verdade inspirada do poder e da bondade sempre presente e absoluta de Deus, em medidas jamais esperadas ou imaginadas.

Enquanto a pessoa não tenha experimentado o efeito do tratamento pela Ciência Cristã, talvez lhe seja difícil acreditar. Mas os testemunhos de curas, que aparecem mensalmente constantes neste periódico, e o registro de curas, de mais de um século, a começar pelo último capítulo de cem páginas de testemunhos em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy, intitulado “Frutos”, e num capítulo semelhante do seu livro Miscellaneous Writings, são relatos feitos por pessoas serenas e responsáveis. A Sra, Eddy, que descobriu a Ciência Cristã, descreve sucintamente a base dessas curas ao afirmar: “A Ciência descreve a moléstia como sendo erro, como matéria contra a Mente e o reverso do erro como que favorecendo os fatos relativos à saúde”.

O tratamento é sempre uma forma de oração. No entanto, nem toda oração é tratamento. Durante um culto dominical ou reunião de testemunhos, por exemplo, posso orar pela congregação, mas não lhe dou tratamento. Também posso orar por um amigo hospitalizado e submetido a cuidados médicos, mas não o tratar.

O raciocínio subjacente é que, do tratamento pela Ciência Cristã, se espera que produza uma mudança benéfica no estado de pensamento do indivíduo, com o propósito de curar. Seu efeito sobre o paciente é poderoso e definitivo, Por isso, não pode ser ministrado sem o pedido e o conhecimento do indivíduo. Da mesma forma como você não utilizaria dois sistemas diferentes de psicologia ou de tratamento médico para o mesmo problema de uma só pessoa, porque interfeririam um com o outro, da mesma forma você não misturaria o tratamento pela Ciência Cristã com o da medicina. Pode ser que a intenção seja boa, mas o efeito final não seria benéfico.

 Nos últimos anos, acumularam-se evidências que demonstram o efeito das crenças das pessoas em seus corpos. Muitos estudos científicos objetivos, desde a porcentagem de curas após deslocamento da retina até ao efeito de placebo em funções estomacais, para apenas mencionar duas em centenas, mostram que aquilo em que a mente humana acredita, tem muita importância.

 A Ciência Cristã explica que não só é assim, mas que nem a matéria doente, nem, por assim dizer, a matéria sadia, são, em si mesmas, verdadeira substância. Não passam de um prolongamento da crença e do pensamento humano. Por isso, mesmo quando a causa da doença é um vírus, um gene ou outro suposto mecanismo material, a fonte básica é o erro de crer que Deus, o Espírito, é menos do que Tudo. E a verdade curativa é que Deus é a grande e única causa real de nossa vida. Essa compreensão é a energia libertadora que constitui o âmago do tratamento pela Ciência Cristã.

(De O Arauto da Ciência Cristã – Maio 1990)

O Cordeiro De Deus Destrói O Magnetismo Animal

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Na Ciência, não temos motivo para temer o magnetismo animal. Em nenhum momento e em nenhum lugar, jamais foi real, poderoso ou substancial. Alguém, talvez, tenha-lhe dito: “Você tem de trabalhar. Tem de negar o magnetismo animal.” Isso o preocupou? Sim, temos trabalho a fazer. Precisamos enxergar através das imposições do erro e provar que são irreais. Isso, às vezes, requer muito trabalho.

Não há, porém, nenhuma razão verdadeira para nos alarmarmos, porque, do ponto de vista do raciocínio sadio da Ciência Cristã, o magnetismo animal não pode ser nada mais que o erro ou mente mortal. Na supremacia do Espírito que tudo permeia, nada dessemelhante do bem espiritual está presente nem em ação. A totalidade absoluta de Deus torna impossível que qualquer ação ou presença opostas – de substância material, inteligência demoníaca ou vida mortal – sejam verdadeiras.

O magnetismo animal, então, é apenas uma crença, um estado ilusório do pensamento. Efetivamente, há só uma consciência, a Mente divina ininterrupta e livre, que é Espírito. E o homem espiritual, a verdadeira individualidade de cada um de nós, é o reflexo dessa Mente para sempre consciente. Portanto, herda só as qualidades de seu Criador eterno, o único Deus, o bem.

Ora, se assim é, por que a Ciência Cristã nos diz que temos de tratar o magnetismo animal como algo a ser destruído? Por que não nos detemos, simplesmente, nos bons pensamentos? Esse modo de ver é falaz, porque o magnetismo animal parece ser um poder ao nosso sentido atual das coisas, e nos busca impedir de estar conscientes só do bem. Essa ação magnética, agindo sobre a natureza animal e por meio dela, pretenderia substituir nossa mentalidade verdadeira que reflete Deus, pela sugestão hipnótica de haver outra mentalidade: fraca, voluntariosa, desobediente, sensual e, consequentemente, suscetível às mentiras do erro. Esta ação magnética pretenderia atrelar sua natureza animal a nós, identificando a matéria como sendo nossa substância e o medo como sendo nossa atitude. Temos de adaptar nosso modo de pensar à realidade divina do bem sem fim e recusar sermos enganados por falsas sugestões. Contudo, não conseguiremos nada se perpetuarmos o magnetismo animal desde o ponto de vista de sua própria autoavaliação. Nossa base para enfrentar o mal deve ser a infinidade da única Mente onipotente e a consequente nulidade de toda alegação de uma mentalidade falsa.

 Sim, precisamos defender nosso pensamento das imposições mesméricas do magnetismo animal, sempre, porém, com a arma da certeza da totalidade do bem divino. Seguimos adiante com confiança, não com medo. É importante manter em pensamento o fato de que não há mal real, não há verdadeiro magnetismo animal, há apenas uma crença nele, a ser destruída.

 Na Bíblia, o mal recebeu vários nomes diferentes: serpente falante que engana e desmoraliza, “Satanás”, “diabo”, “Belzebu”, e, finalmente, “grande dragão vermelho” – o mal pronto para destruir-se a si mesmo. As narrativas bíblicas descrevem o triunfo do bem sobre o mal e a virtude daqueles que, com a ajuda de Deus, o conseguiram vencer. Os nomes dados ao mal indicam sua natureza lendária, uma ficção a ilustrar uma lição moral.

 Jesus demonstrou o Cristo, ao vencer o mal. Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy diz: “O autor do Apocalipse se refere a Jesus como o Cordeiro de Deus, e ao dragão como o que guerreia contra a inocência.” A Sra. Eddy também escreve: “contra o Amor, o dragão não luta por muito tempo, pois o dragão é morto pelo princípio divino. A Verdade e o Amor prevalecem sobre o dragão, porque o dragão não os pode guerrear.” O autor do Apocalipse também mostra como enfrentar e vencer a soma total da maldade: “Então ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia, e de noite, diante de nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro” significa o sacrifício indispensável de um falso sentido do eu, a fim de despertarmos para a realidade. “Em face da morte, não amaram a própria vida” pode significar uma dedicação total ao nosso estado espiritual, imortal, e real, enquanto passo a passo renunciamos ao eu aparentemente mortal e material em troca do reflexo divino.

Os requisitos para a vitória sobre o magnetismo animal apresentados nesse trecho do Apocalipse nos alertam para a diferença que há entre a oração perfunctória (ritual de palavra) e o espírito do Cordeiro, que cura. Redenção individual, ao invés de mera repetição de palavras, é o que destrói a crença nas mentiras do magnetismo animal. Tais mentiras nunca foram reais, mas nossa crença nelas precisa ser extirpada. Um esforço obstinado de mudar o pensamento por presumirmos que vivemos aquilo que pensamos – apoiarmo-nos num tipo de profecia autorrealizadora – é fútil e não é redenção real, pois falta-lhe a inocência do Cordeiro.

 No seu Sermão do Monte, o Mestre, Cristo Jesus, apresenta os requisitos para a oração curativa eficaz. Nossa motivação para amar, obedecer e abençoar tem de ser profunda. De fato, vivemos o bem que conhecemos, quando nossos pensamentos provêm de uma humilde sujeição à onisciência de Deus e à realidade daquilo que Deus conhece. Mantemo-nos despertos para a realidade quando aderimos persistentemente à verdade e, assim, podemos ajudar outros a despertarem também. O Cordeiro age quando temos desejos puros de glorificar a Deus e elevamos os conceitos que entretemos a respeito de nosso próximo, ao sermos receptivos sem restrições à orientação da luz da Verdade; ao confiarmos implicitamente na onipotência da vontade divina de prevalecer sobre toda forma de mal. Esses estados de pensamento são algumas das evidências da ação do Cordeiro no pensamento consciente.

 Jesus estava sempre consciente da falta de base de qualquer argumento da crença mortal. Sabia muito bem que o mal nunca é uma entidade; é apenas uma negação. Uma negação não pode tomar a iniciativa. Só pode parecer inverter a realidade do bem. Por isso, o magnetismo animal é sempre o inverso do bem existente e real e é assim que devemos mantê-lo já tragado pela ação ininterrupta de Deus, através de Seu Cristo.

Em sua luta contra o diabo no deserto, Jesus rejeitou a sugestão do magnetismo animal de que o sonho do sentido mortal fosse real. Disse:“Retira-te, Satanás”. Sua inocência espiritual, sua devoção ao Cristo, não deixaram espaço para a animalidade, o orgulho ou a negligência, que o tornariam vulnerável às imposições do dragão. Jesus nos deu a preparação específica necessária para destruir o dragão, quando disse a Satanás: “Está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto”. O Cordeiro de Deus requer que adoremos e sirvamos a Deus com a inspiração da santidade.

 O Cordeiro de Deus, agindo em nós, atinge o alvo: o pecado da adoração mundana, e o derruba de sua aparente entronização no pensamento. O poder e a presença do próprio Deus sustentam o Cordeiro e, por conseguinte, a oração genuína alcançará o erro básico em toda situação, naquilo que parece ser e no que alega fazer – nada mais do que uma farsa ridícula. Então, regozijar-nos-emos insensatamente, quando a carnalidade da besta for rechaçada pela inocência de nossa verdadeira natureza dada por Deus. O que procurou subverter o bem naquilo que é semelhante ao Cristo pode ser visto em sua estupidez negativa, e a harmonia universal do Cordeiro do Amor reinará.

 Quando as qualidades do Cordeiro de Deus ficam estabelecidas no pensamento, já temos os ingredientes neutralizadores para obter a vitória sobre qualquer mentira agressiva. Quando incorporamos a ideia do Amor divino como o nosso ideal, em nossas relações com outros, não podemos prejudicá-los nem ficamos ao alcance da maldade mortal. A doença desaparece ante o pensamento que não se deixa mesmerizar pelas aparências materiais. Tal pensamento, calmamente controlado pela inocência que é dada por Deus e é tudo o que Ele conhece, brande a espada do espírito da Verdade sempre que há receptividade, banindo a crença na moléstia. Na ideia perfeita do Amor, não há medo e nada que possa engendrá-lo ou responder-lhe.

 Saber que o homem está envolvido pelo Amor do Pai-Mãe nos torna corajosos e mantém-nos livres. E esse conhecimento é nossa única mentalidade real. Não traz indiferença à angústia do sofredor, mas seu oposto: compaixão que cura, pois reconhece na saúde o único efeito da Mente divina.

 O que o Cordeiro pode fazer no clima aparentemente desarmonioso e sombrio do mundo de hoje? Pode despertar, e eventualmente despertará, cada indivíduo do sonho mortal de haver uma mente má – de haver na matéria poder para degradar, para acusar o inocente e exaltar o culpado, para seduzir o imprudente e roubar o pobre. Tudo o que é desprezível e corrupto tem de, por fim, fracassar. A fúria do magnetismo animal parece estar à solta em seu ódio contra tudo o que é bom; mas, espere-se um momento, ele não é real! A Ciência ajuda cada um de nós a demonstrar a consciência crística, o pensamento verdadeiro, ajuda-nos a não sermos nunca enganados pelo dragão que se propõe a fazer parecer real o que nunca foi real.

 A matéria, o conceito errôneo do magnetismo animal sobre a realidade, é apenas a crença numa suposição impossível de que o Espírito infinito, a Vida real, a substância e a inteligência reais estejam ausentes. Assim podemos estar certos de que ele não exerce nem tem influência, seja como idolatria, imoralidade, infidelidade, seja como oportunismo cínico. A devoção ao Cordeiro nos manterá despertos para a verdade pela qual ajudamos a curar situações mundiais, ao invés de ficarmos perturbados por elas ou indiferentes a elas. O Cristo está em toda parte, a todo instante, e nosso conhecimento correto conta com sua força em favor de todo ponto de perturbação no mundo.

 Há diferença entre ir ao encontro da besta assassina do Apocalipse no próprio nível dela e entre anulá-la desde a posição superior de se refletir a inocência do Cordeiro. As seguintes palavras de Ciência e Saúde são relevantes: “Cordeiro de Deus. A ideia espiritual do Amor; imolação de si mesmo, inocência e pureza, sacrifício”. Conhecer conscientemente o bem e estar firmemente convicto de que não há outra realidade a ser conhecida, permite-nos manter o pensamento livre de ser hipnotizado pelo magnetismo animal. E, ao progredirmos espiritualmente, aprendemos a permanecer cada vez mais no estado espiritual do ser, onde nossos pensamentos e vidas são uma transparência para o Cordeiro de Deus. Então, a exterminação do dragão tornar-se-á mais espontânea.

 

(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã –Maio 1983)


A Oração E A Busca Da Cura

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Até que ponto as pessoas se interessam em buscar a cura? É possível que muitos de nós conheçamos alguém que anseia pela cura de algum problema. Aliás, talvez seja o nosso próprio caso. Podemos, também, observar a quantidade de dinheiro que se gasta com métodos de tratamento convencionais ou alternativos. Se essa for a maneira de se medir a busca de cura, então concordaremos em que é enorme.Um estudo amplamente difundido sugere que os norte-americanos gastam catorze bilhões de dólares anuais só em métodos alternativos de tratamento.

 A questão importante é, o que ajudará os pesquisadores interessados, todos eles, a achar o que necessitam, em seu sentido mais profundo? Uma resposta simples e significativa é esta: a oração. Recebemos auxílio em nossa busca de cura, quando alimentamos o desejo humilde e sincero, que é uma forma de oração, de conhecer o que é que produz a saúde. Esse desejo, porém, não presume desde logo que a resposta tenha a ver com a manipulação de um estado físico. Também não deveríamos presumir que o descobrir aquilo que produz a saúde requer expandir nossos conhecimentos de bioquímica ou de psicologia, ou aguardar o desenvolvimento de alguma nova tecnologia.

 A oração que leva à resposta mais profunda inclui afastar-se de, ou melhor ainda, totalmente rechaçar as teorias humanas materiais e dirigir o pensamento em sentido completamente diferente. Isso envolve abrir o pensamento à revelação do Espírito, Deus.

 Tal oração leva as pessoas à Bíblia, a lê-la de uma forma como nunca a leram antes, almejando mais do que nunca encontrar iluminação e orientação divina, desejando entender a Deus e Suas leis. Essa é a oração que procura compreender a base para a cura cristã, conhecer o que capacitou Cristo Jesus a restaurar a saúde, conhecer o que permitiu a seus discípulos e aos apóstolos curar. Pensando bem, aquilo de que estamos falando é o desejo de conhecer a Ciência da cura cristã.

 Tal desejo profundo leva as pessoas à Ciência Cristã. Foi o que levou a Sra. Eddy a descobrir essa Ciência e, por fim, a entendê-la plenamente. No livro Ciência e Saúde, ela diz, dessa experiência: “Durante três anos após minha descoberta, procurei a solução desse problema da cura-pela-Mente, examinei as Escrituras e quase não li outra coisa, conservei-me afastada da sociedade e dediquei meu tempo e minhas energias a descobrir uma regra positiva. A pesquisa foi doce, calma e animada pela esperança, não egoísta nem deprimente. Eu sabia que o Princípio de toda ação harmoniosa da Mente é Deus, e que as curas nos tempos do primitivo tratamento cristão se efetuavam por uma fé santa e enaltecedora; precisava, porém, conhecer a Ciência dessas curas e cheguei a conclusões absolutas graças à revelação divina, à razão e à demonstração”.

 Contudo, talvez já nos encontremos estudando a Ciência Cristã. Aliás, talvez já a estejamos estudando e praticando há anos. Seguir-se-ia, então, que deveríamos estar menos interessados em compreender e demonstrar a Ciência da cura cristã? De modo nenhum. Como se verifica pela citação acima, a Sra. Eddy reconheceu a origem divina dessa Ciência, sua aplicação prática a todas as necessidades da humanidade, e o quanto ela mesma precisava aprender acerca da Ciência. Até mesmo o estudante mais experimentado da Ciência Cristã deveria, então, ansiar por uma compreensão espiritual mais ampla, deveria estar imbuído do desejo de conhecer mais acerca da Ciência do Cristianismo. Essa modalidade de oração conduz o estudante, desde uma compreensão mais ou menos rudimentar da Ciência divina, até uma compreensão mais profunda e mais ampla. Inevitavelmente, o conduz a melhores curas.

 As pessoas que necessitam sarar, as que desejam ser sanadores, gente de todos os níveis, estão encontrando a cura, sim, e muito mais, quando sua busca da cura as leva à Ciência do Cristianismo. Aprendem, que há uma Mente única, um só Criador, uma só causa, que é Deus, e que Deus é bom; que Sua criação deve expressar Sua natureza e nada mais; e que, portanto, o homem e o universo são realmente espirituais e bons, governados unicamente pela lei divina. Descobrem e vivenciam o poder sanador e redentor inerente à compreensão desta ciência de Deus e do homem.

 Em meio à busca sincera, exatamente ali onde as pessoas estão procurando a cura em muitas direções, a prece está a ajudá-las, como nada mais as pode ajudar. A oração está trazendo à luz a Ciência divina.

(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã – Dezembro 1993)

A Consciência Que Cura

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Às vezes fico pensando: “Que é que Deus, a Mente divina, está sabendo agora? Que é que a Mente divina está vendo como sendo o estado atual do ser? Sendo eu a imagem e semelhança da Mente divina, tenho de refletir o que a Mente divina sabe, e pretendo adotar como meu cada um dos seus pensamentos poderosos e sanadores.

Uma coisa que aprendi sobre a Mente divina, por meio da Ciência Cristã, é a verdade profundamente simples de que Deus, a Mente, é Tudo. Em seu livro Unity of Good, a Sra. Eddy apresenta um diálogo hipotético entre o bem e o mal. A certa altura, o bem responde às sugestões do mal: “Tuas hipóteses insistem em que haja mais de uma Mente, mais de um Deus; mas, em verdade te digo, que Deus é Tudo-em-tudo, e não podes estar fora de Sua unicidade”.

Pense nisso! Toda a vida se manifesta dentro da infinita totalidade de Deus e por isso é boa. Toda a realidade está no âmbito da Mente única, dentro da consciência divina, que o homem reflete, e essa é a nossa única e verdadeira consciência. Tal raciocínio espiritualmente científico ajuda-nos a compreender que a cura por meio da oração consiste em trazer à luz a harmonia que para sempre existe dentro da Mente divina. É um despertar para aquilo que é real, em Deus e no homem. Por isso, a cura não ocorre fora do nosso pensamento, em alguma circunstância ou situação.

Às vezes, nos vemos frente a frente com sugestões perturbadoras acerca de nossa vida. A sugestão de que a escassez, a perda ou a doença sejam incuráveis chega a ser assustadora. A sugestão de que o abuso irá deixar sequelas permanentes, ou que a solidão seja inevitável, também é perturbadora. Mas, será que essas coisas estão fora de nosso controle? Fora de nossa consciência? Não! Podemos redefinir essas situações, que parecem existir fora de nós e fora de nosso controle. Podemos classificá-las pura e simplesmente como pensamentos errôneos, crenças falsas, porque não estão incluídas na totalidade de Deus. Isso ajuda a colocar a situação sob o controle divino e, assim, a cura tem início.

Jesus certa vez viajava de barco, atravessando o Mar da Galileia, quando foi despertado do sono por seus discípulos, com a notícia de que um terrível temporal se abatera sobre eles. Estavam com medo de morrer e, desesperadamente, aguardavam do Mestre alguma ação. A eles, parecia estar ocorrendo algo externo, fora do controle deles. Viam-se desamparados. Mas Jesus, compreendendo que Deus é Tudo, deu à crise uma solução simples e poderosa. Relata-nos a Bíblia que Jesus “despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança”.

Jesus deve ter reconhecido que nenhuma tempestade perigosa poderia jamais ter sequer entrado na perfeita criação de Deus. Parece evidente que ele considerou-a apenas uma tempestade de pensamentos, e compreendeu que tinha a habilidade e a autoridade, dadas por Deus, para rejeitar os elementos destrutivos do pensamento mortal, por serem ilegítimos e impotentes.

A Sra. Eddy diz: “Nada aparece aos sentidos físicos a não ser seu próprio estado mental subjetivo.” Depois acrescenta: “Destruí o pensamento de pecado, de doença e de morte, e destruireis a existência deles.” A Mente que havia em Cristo Jesus acalma as tempestades da vida. Essa Mente é a nossa verdadeira consciência, a consciência que cura.

A percepção que Jesus tinha da supremacia de Deus e da natureza espiritual e perfeita da existência, eram maior do que qualquer desafio que tivesse pela frente. Confiava resolutamente em que esse ponto de vista o informaria da realidade, ainda que a evidência material fosse diferente. E aquilo que Jesus provou, de forma científica, é igualmente natural para nós comprovarmos em nossa vida, hoje.

Por exemplo, sofri várias lesões num acidente de carro e estava com muitas dores. Eu estava com uma perna inutilizada. Vi-me diante da terrível sugestão de que talvez não voltasse a andar. Chamei um praticista da Ciência Cristã e pedi ajuda por meio da oração.

O trabalho do praticista me ajudou a ver a mim mesma como a verdadeira expressão da divindade, que não necessita de nada fora de seu próprio reino de infinita perfeição. Isso me fez comnpreender que a totalidade de Deus incluía a mim também, e não era algo externo a mim. Esse raciocínio levou à cura.

Durante as semanas de consagrado estudo da Bíblia e de Ciência e Saúde, da Sra. Eddy, cheguei a perceber que o único e verdadeiro apoio de minha existência era Deus. Aprendi que eu incluía todo o bem e que não existia bem algum que não estivesse incluído em minha própria consciência, como reflexo da Mente divina. Apoiando-me inteiramente no Princípio-Cristo, consegui ficar de pé novamente e mais tarde voltei a caminhar. Embora a cura tivesse demorado algumas semanas, foi completa. Hoje movimento-me livremente, mesmo ao correr.

Nenhuma tempestade de pecado, doença, morte, invalidez, escassez, depressão, medo, declínio ou dúvida pode determinar o estado do homem, a imagem e semelhança de Deus.

As Escrituras nos aconselham: “Tende em vós a mesma mente que houve também em Cristo Jesus”. Como o homem é a imagem e semelhança da Mente divina, Deus, nós, em realidade, refletimos apenas a Mente divina. Não podemos pular para dentro e para fora da Mente, pois nela moramos para sempre e a refletimos. Nossa tarefa é a de ceder mentalmente a essa verdade. Para a Mente divina não há tempestade que invada nossa paz, nossa inteireza espiritual e perfeição.

Você tem opção de não ficar num estado mental cheio de medo, olhando para uma tempestade. Em vez disso, poderá ver a si mesmo como reflexo da Mente celestial, compreendendo que na realidade divina não há tempestade, nada que possa roubar-lhe a alegria, o suprimento, a saúde, a segurança e o bem-estar, nada que possa diminuir o bem eterno.

A Mente que havia em Cristo Jesus é a sua mente e ela sempre sabe que tudo é bom, Deus e Sua manifestação; sabe que esse fato está sendo comprovado continuamente. Quando nos submetemos a essa consciência pura e divina, a consciência que cura, o poder sanador da Ciência Cristã é demonstrado.

(De O Arauto da Ciência Cristã – Fev. 1997)

Amor

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Que palavra! Ela inspira em mim um sentimento de reverente admiração. Quantos os mundos que ela abrange e sobre os quais exerce soberania! Aquilo que não deriva de coisa alguma, o incomparável, a Totalidade infinita do bem, o único Deus, é Amor.

Que estranha perversidade é essa, pela qual o que há de melhor torna-se o mais profanado, seja como qualidade, seja como entidade? Os mortais representam de forma errada a afeição e lhe dão nomes equivocados; fazem dela aquilo que ela não é e duvidam do que ela é. A assim-chamada afeição que persegue sua vítima é como o carniceiro que engorda o cordeiro a fim de abatê-lo. Aquilo que as mais baixas propensões manifestam deveria ser reprimido pelos sentimentos. Nenhuma palavra é tão mal interpretada, nenhum sentimento é tão pouco compreendido. O significado divino do Amor fica distorcido quando é reduzido a qualidades humanas, que, em seu humano descomedimento, transforma-se em inveja e ódio.

O Amor não é algo posto numa prateleira para, em raras ocasiões, ser dela retirado com finas pinças e colocado sobre uma pétala de rosa. Exijo muito do amor, exijo sólidas evidências que o comprovem, e espero nobres sacrifícios e grandes realizações como resultado. Sem tais provas, repudio essa palavra como impostura e falsificação, desprovida do vibrante tinido do metal genuíno. O amor não pode ser mera abstração nem bondade desacompanhada de atividade e poder. Como qualidade humana, o glorioso significado do afeto é mais do que palavras: é a ação carinhosa e desprendida, realizada em segredo; a oração incessante, silenciosa; o coração transbordante, que não pensa em si mesmo; um vulto velado, cumprindo furtivamente uma missão misericordiosa, através de uma porta lateral; são pezinhos saltitando pela calçada; é a delicada mão, a abrir a porta que dá para a carência e o sofrimento, a doença e a tristeza, iluminando assim os lugares escuros da terra.

(Miscellaneous Writings, p. 249-250)

 

Corpo Material Não Existe!

A nulidade ou inexistência da matéria, ou da natureza física, não implica que o homem seja nada, mas sim que o homem não é corpo físico. A Bíblia nos revela que Deus fez o homem à Sua própria imagem. Desde que  Deus seja  Espírito infinito, seja Tudo, isto significa que o homem, a imagem do Espírito infinito, é inteiramente espiritual, e não físico, em absoluto. O Apóstolo Paulo certamente afirmava isto, ao escrever: “Se o homem acredita ser algo de si mesmo, enquanto ele é nada, somente engana a si próprio” . Mas como Deus fez o homem, e tudo o que Deus faz não pode ser classificado como nada, o que Paulo realmente revelava, é que se o homem pensar sobre si mesmo como existência física, quando nada de materialidade possui, ele ilude a si mesmo. De fato, a materialidade é um falso estado do pensamento, e nunca o verdadeiro estado do homem.

 O pensamento de alguém que o leva a acreditar ser ele físico ou mortal, é tudo que há nele de físico ou mortal. Um corpo físico somente existe no pensamento de alguém. O pensamento jamais existe num corpo físico.

 Deus é a única Vida. Deus é a única Mente. Portanto, o homem, a imagem da Mente, não é uma mente mortal apartada, e sim, inseparável, é a Ideia espiritual da Mente única.

*

 

Curando Feridas-3

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Graças a sua recusa em aceitar como definitivos a tristeza, o sofrimento e a dor, a Sra. Eddy foi impelida a pesquisar, até encontrar, e a pôr à disposição da humanidade, essa pérola infinita do alento e da revelação do Cristo. Ela escreveu a respeito de sua descoberta, a Ciência Cristã: “… sim, [é] a pérola preciosa da qual nosso Mestre disse que, se um homem a encontra, vai e vende tudo o que tem e a compra. Compra-a! Note-se o alcance de suas palavras, a saber, que o cristianismo não é meramente uma dádiva, como assevera S. Paulo, mas que é comprado, e por grande preço; e qual o homem que conhece o seu valor, como o conhecia nosso Mestre, e o preço que pagou por ele?”

Como a melhor seguidora de Jesus na era moderna, a Sra. Eddy é a nossa Líder. Na proporção em que seguem na prática da Ciência Cristã, as pessoas adquirem os tesouros curativos próprios dessa Ciência. Quando velhas cicatrizes e feridas recentes recebem alívio com a substância espiritual do tratamento pela Ciência cristã, elas são curadas. De cada cura, porém, não se forma uma pérola isolada. À medida que se vê cada erro como o erro que é, passando-se a substituí-lo pela verdade curativa da Ciência Cristã, algo do teor total da Verdade se desenvolve, e, ao mesmo tempo, algo do sonho mortal do erro se reduz. E cada demonstração da Ciência Cristã revela, diante de nossos olhos e em proporção cada vez maior, a harmonia imperturbável para todos, a beleza, a paz e a alegria do céu.

Carolyn B. Swan

(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã – Março de 1987)

Curando Feridas-2

– 2 –

A natureza tem um modo de proceder, diante de intrusões danosas, que nos oferece exemplo interessante: quando acontece a certos moluscos, tais como as ostras, ser-lhes introduzida uma partícula que as machuca, um grão de areia, por exemplo, tal partícula é recoberta por camadas de uma substância protetora. Finalmente, o objeto agressor torna-se uma linda pérola!

Entretanto, a substância espiritual que surge através da oração, em vez de apenas ir cobrindo nossas feridas com o lento passar do tempo, substitui imediata e completamente os paus e as pedras de um distúrbio acidental ou de um dano deliberado, com bênçãos de valor espiritual. Nossa verdadeira substância, que reflete a constante presença de Deus, é fecunda em amor e compreensão.

O homem jamais foi tocado por acidente ou injúria. O homem, a expressão de Deus, habita em Sua presença, onde nada de danoso jamais se introduz. Expulsando as sugestões de dano com rios de perdão, a substância curativa da oração faz muito mais do que torná-las incapazes de nos prejudicar. Quando refutadas com amor e compreensão, até mesmo experiências que justificariam uma atitude de ressentimento e vingança podem se transformar em lições espirituais que se tornarão tesouros duradouros. Graças a essas lições, tão somente, adquirimos a maior de todas as pérolas, a pérola da qual Jesus nos falou.

Jesus comparou o reino dos céus a um mercador que estava à procura de pérolas preciosas, o qual, “tendo achado uma pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía, e a comprou”.

Quase mil e novecentos anos após essa parábola ter sido proferida, a pérola de valor inestimável foi descoberta para toda a humanidade. Foi como se, no decurso dos séculos. O Cristo, a ideia sanadora e salvadora que Jesus plenamente exemplificou, purificasse todo o clamor do pecado e da dor, por meio da substância divina do amor e da compreensão, expondo completa e finalmente o nada absoluto do erro, através da revelação da totalidade do bem.

 

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Curando Feridas-1

 Ninguém precisa sofrer devido a feridas físicas ou emocionais. Temos autoridade cristã para nos recusar a sofrer danos.

 Cristo Jesus disse: “Nada absolutamente vos causará dano”. E provou-o, curando pessoas que aparentemente haviam ficado incapacitadas num acidente, que haviam sido afligidas por doenças ou marcadas pelo pecado.

Aos cristãos, portanto, é tão desnecessário aceitar sofrimentos, quanto seria errado infligir intencionalmente sofrimentos. Mas, como é que alguém recusará sofrer por danos, se foi ferido ou se foi tratado injustamente, caluniado, insultado ou rejeitado?

O livro Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy está repleto de respostas que curam. Uma das respostas geralmente aplicável a acidentes, mas útil também num sentido mais amplo, aconselha: “Declara que não te machucaste e compreende a razão disso; verás que os bons efeitos que daí resultam, estarão em exata proporção à tua descrença em relação à física e à tua fidelidade para com a metafísica divina – à tua confiança em que Deus é tudo, como as Escrituras declaram que Ele é”.

A razão por que não estamos sujeitos à agressão é a de que, em realidade, não há fonte da qual possa advir o dano. Compreender essa razão implica necessariamente compreender a causa e o efeito genuínos, Deus e o homem. As Escrituras ensinam que Deus é Tudo, que nada existe além dEle, que Deus é Amor puro e todo bondade, e que o homem é espiritual, criado à Sua semelhança. Essas verdades não deixam espaço algum para uma causa nociva ou para um efeito injurioso ou injuriado. Quando compreendidas, elas efetuam, de maneira completa e permanente, a cura de qualquer tipo de dano, físico ou mental, em tempo passado, presente, ou que se avizinha.

Se os sentidos físicos alegam que alguém disse, ou fez, algo danoso que nossos ouvidos ouviram, nossos olhos viram, nosso corpo sentiu e nosso cérebro registrou, podemos, mesmo assim, nos recusar a deixar que uma recordação do acontecimento, quer voluntária quer aparentemente involuntária, continue a nos ferir. O Fato espiritual é que não estamos feridos e podemos nos recusar a aceitar falsos relatórios apresentados pelos sentidos físicos, pelos nervos ou pelo cérebro. Estes não fazem parte da identidade do homem à semelhança de Deus, nossa verdadeira identidade: são ilusórios e não nos merecem confiança.

Deus é a Mente única, é a única Fonte válida de tudo o que há para se ouvir, ver ou sentir; da inteligência, substância, ação e existência. Por ser a Mente divina, o Amor, a fonte e a substância únicas de sua própria expressão, o homem, este jamais pode ser menos que perfeito. Não somos o mortal que os sentidos físicos, em seu sonho de agressão, descrevem. Somos o homem, a perfeita expressão de Deus, ainda que aparentemente o estejamos manifestando apenas em progresso paulatino.

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Cristo Jesus e Suas Obras de Cura-3

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Depois da ressurreição, Jesus apareceu diversas vezes a seus discípulos. Isso deve ter fortalecido grandemente a compreensão deles e lhes mostrado a validade de seus ensinamentos. Jesus não havia ensinado meras teorias, mas verdades que podiam destroçar qualquer falsidade apresentada pelo sentido material.

Quarenta dias após a ressurreição, Jesus teve um último encontro com seus estudantes e lhes deu sua instrução final: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. … Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome expelirão demônios, falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma cousa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados”. Após haver falado, desapareceu da vista deles, tendo abandonado de todo a crença numa mente separada de Deus. Assim nada restara que podia se manifestar como corpo material mortal. Esse acontecimento é chamado de ascensão.

Como já vimos, Jesus queria que suas obras tivessem continuação. Assim anteriormente, “tendo chamado seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir, e para curar toda sorte de doenças e enfermidades”. Deu-lhes também um encargo importante, dizendo: “Curai enfermos, ressuscitais mortos, purificai leprosos, expeli demônios”. Jesus sabia que o que havia feito nada tinha de misterioso. E ele não dependia de quaisquer fórmulas secretas.

As curas que havia realizado resultavam de sua profunda compreensão a respeito de Deus e do homem. Eram o produto natural de sua filiação consciente com Deus, de sua comunhão com Deus e de fazer a Sua vontade a cada minuto. Jesus sabia que quem estiver disposto a aprender de sua filiação com Deus – a inclinar-se para as coisas do Espírito, a amar a Deus e a compreendê-Lo – podia fazer obras similares. A Sra. Eddy diz: “Em latim. A palavra traduzida como discípulo significa estudante; e esse termo indica que o poder de curar não era um dom outorgado a esses alunos, e sim o resultado da cultivada compreensão espiritual deles acerca da Ciência divina que seu Mestre demonstrava, curando os doentes e os pecadores”.

Por isso, os setenta discípulos, a quem Jesus havia enviado após os doze discípulos originais, não podiam ter-lhe trazido maior alegria que a de retornarem com as novas de seu próprio trabalho de cura, dizendo: “Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!” E a Bíblia consigna: “Naquela hora exultou Jesus”.

A obra de cura feita pelos discípulos de Jesus ainda é possível hoje em dia a todo estudante da vida e da obra de Jesus – a todo aquele que expressa a Mente que havia em Cristo Jesus e compreende a Ciência do Cristo.

F I M

(Transcrito de O Arauto da Ciência Cristâ – Julho 1982)

 

Cristo Jesus e Suas Obras de Cura-2

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Certa ocasião, Jesus dirigia-se para uma cidade chamada Naim. Ao aproximar-se da porta, encontrou um féretro que deixava a cidade. O filho único de uma viúva havia falecido. Ora, nos dias de Jesus as mulheres dependiam do marido ou dos filhos para a subsistência, por isso a situação dessa viúva era desesperadora. Não tinha agora quem cuidasse dela.

Quão grande deve ter sido o anseio de Jesus por ajudá-la, e como seu coração se encheu de afeição por ela! Então, mediante sua compreensão da infindável natureza da Vida, Deus, Jesus ressuscitou o jovem e o devolveu à sua mãe.

Certa feita morreu um grande amigo de Jesus. Mas Jesus não se deixou perturbar. Simplesmente afirmou: “Nosso amigo Lázaro adormeceu”. Foi até a cidade onde Lázaro morava e devolveu-lhe a vida, embora seu amigo estivesse enterrado havia mais de três dias.

Jesus curou muitas mulheres. Em dada ocasião, encontrou “uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos”. Andava encurvada e não conseguia endireitar-se. Jesus, vendo-a como Filha de Deus, percebeu a identidade real dela, para sempre intata, sem falha, imaculada e perfeita. O fato de Jesus a ter visto perfeita, curou-a. “Impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus”.

Sua maior cura, e a última feita por ele, começou com a traição a Jesus no Jardim de Getsêmane. Seus inimigos o capturaram e queriam que fosse crucificado. Aqueles que estavam investidos de autoridade consentiram em sua morte. Os soldados, antes de o pregarem à cruz, ofereceram-lhe um sedativo paras atordoar os sentidos. Mas Jesus recusou-o.

O relato bíblico da crucificação prossegue, dizendo: “Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito”. E a Sra Eddy escreve: “O que Jesus de fato exalou foi ar, uma forma etérea de matéria, pois que nunca exalou o Espírito, a Alma”. Depois, ao cair da tarde ou no início da noite, um homem rico, chamado José de Arimatéia, pediu que lhe fosse entregue o corpo de Jesus. Colocou-o em seu próprio túmulo novo. “E rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou”.

Na quietude do túmulo Jesus pôde encontrar refúgio contra o ódio que o mundo tinha por sua espiritualidade. Ali, provou que a Vida divina não conhece a morte e que o homem reflete eternamente essa vida. No terceiro dia após a crucificação, Jesus apareceu a Maria |Madalena. Ele havia triunfado sobre a morte, não aceitando, mas sobrepujando o último inimigo. Havia provado que a morte não tinha poder sobre o homem.

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Cristo Jesus e Suas Obras de Cura-1

Curas, curas, curas. Era esse o resultado da compreensão que Jesus tinha de Deus e do homem, a qual ele exercia a favor do povo que a ele vinha em busca de ajuda. Cegos receberam sua visão, coxos andaram, leprosos foram restabelecidos, surdos puderam ouvir, mortos foram ressuscitados. A Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: “A era cristã iniciou-se com sinais e maravilhas”. Jamais viveu maior sanador do que Jesus. Mas ele não permitia que suas realizações limitassem seus leais seguidores dos dias por vir, pois disse: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço”.

A vida que Jesus levava era progressista. A Bíblia diz a respeito dos seus primeiros anos: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”, e, por certo, podemos aplicar esse mesmo dito com relação aos seus dias posteriores. Jesus deu início redentor por ocasião das bodas de Caná, onde transformou água em vinho, e terminou três anos mais tarde com sua própria ressurreição e ascensão.

Os Evangelhos contam-nos apenas parte de suas obras de cura feitas no intervalo entre esses dois acontecimentos. Como João nos diz: “Há, porém, ainda muitas outras cousas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos”.

Certa ocasião Jesus curou dez leprosos. Nessa época constituíam eles os proscritos da sociedade. Jesus nunca teve receio de se tornar impuro pelo contato com eles – como bem pode se concluir de outra ocasião em que, tomado de compaixão, tocou num leproso, mostrando assim desdém por essa enfermidade. No entanto, Jesus respeitava a lei mosaica e era um cidadão cumpridor da lei. Ordenou aos dez leprosos, a quem havia curado: “Ide e mostrai aos sacerdotes”. Naqueles tempos os sacerdotes eram os protetores das leis sanitárias. Decidiam se uma pessoa era limpa ou impura. Isto mostra que Jesus honrava as leis de seus dias.

Em outra ocasião, Jesus e seus discípulos careciam de alimento para a multidão que o viera ouvir. Grato pelo que existia à mão – cinco pães e dois peixes – fez prevalecer sobre a situação a compreensão de que o Pai supre incessantemente do bem os Seus filhos e filhas. “Todos comeram”. Não só isto, mas houve também sobras.

Neste caso, percebemos que Jesus estava consciente da grande solicitude de Deus e de Sua bondade continuamente demonstrada para com Sua criação. Para o Mestre, a gratidão deve ter sido natural. Esse reconhecimento do bem já presente, embora ainda não percebido pelos sentidos humanos, era inspirado por sua confiança em Deus, o bem.

 

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Integridade e Cura

 

O método de cura da Ciência Cristã é inteiramente mental, ou seja, espiritualmente mental. Não penetra nele nenhum elemento de matéria nem de energia mental imbuída de mortalidade. Implica na destruição de tudo o que é errado e ruim na experiência humana, por meio da compreensão e expressão da verdade espiritual, a qual é sempre correta e boa.

A preparação para se tornar um sanador da Ciência Cristã exige o desenvolvimento da espiritualidade, de acordo com a integridade ensinada e vivida por Cristo Jesus. Envolve aprender a reconhecer, como ele o fez, que a Vida é Deus e que o homem real, criado por Deus, é espiritual, amoroso e belo, criado e mantido totalmente perfeito, sob todos os aspectos. Exige também progresso diário, não apenas no reconhecimento desses fatos a respeito da presença de Deus, o bem, e de Sua ideia perfeita, o homem, mas em vivenciá-los, ou seja, manter o pensamento em linha com o que é divinamente real, e, ao fazê-lo, demonstrar a presença do bem, não apenas para si mesmo, mas também para os outros. Isso significa que devemos nos empenhar para haver perpetuamente em nós aquela Mente “que havia também em Cristo Jesus” (Filipenses 2:5, conforme a Bíblia King James), para que possamos sempre honrar a Deus, o Espírito divino, em atos e também em pensamentos, e continuamente expressar as qualidades da Verdade e do Amor, demonstrando a perfeição espiritual e a eternidade da Vida com absoluta integridade, como ele o fez.

A integridade espiritual, a qual exige não apenas que falemos a verdade, mas que também a vivenciemos, está entre as qualidades cristãs essenciais que devemos expressar a fim de curar. Em realidade, é natural que todos devam expressá-la. A integridade é uma qualidade de Deus, o Princípio divino e, portanto, uma qualidade do homem, a ideia de Deus e Sua imagem exata. Quando a expressamos, provamos, até certo grau, a união do homem com Deus, a Verdade, e, ao mesmo tempo, a presença em nós do bem espiritual. Quando se consegue demonstrar a presença do bem, prova-se a ausência do mal, o suposto contrário ao bem. Nesse ponto, o medo, a doença, a carência, toda a discórdia rendem-se à alegria, à saúde, à abundância e à harmonia no acontecimento abençoado que os seres humanos chamam de cura. A única maneira possível de se destruir verdadeiramente o mal mental que talvez possa se manifestar como discórdia física e doença é ter fé na presença do bem e demonstrá-lo. É incontestável que dois erros nunca fazem um acerto. Somente o correto anula o errado. Da mesma forma, somente a verdade neutraliza o erro, o bem destrói o mal, o amor supera o ódio.

Mary Baker Eddy insiste em que qualquer pessoa que deseja ter êxito na cura por meios espirituais, deve expressar um alto grau de força moral e integridade, uma vez que a destruição do mal, sob qualquer forma, só pode realmente acontecer quando embasada na demonstração do Princípio perfeito e Sua ideia perfeita. Ela escreve: “O bem deve predominar nos pensamentos de quem cura, do contrário sua demonstração se protelará, será perigosa e impossível na Ciência. Um motivo mau implica fracasso. Na Ciência da cura-pela-Mente é imperativo ser honesto, pois a vitória está do lado da retidão imutável” (Ciência e Saúde, p. 446).

Jesus, um homem da mais elevada integridade, exigia o mesmo padrão elevado dos outros. Ele repreendia a desonestidade, sob todas as formas. O Mestre se preocupava não apenas com ações, mas também com pensamentos, e insistia no fato de que tanto os pensamentos quanto as ações deveriam coincidir com as palavras. Ele chamava os fariseus de: “sepulcros caiados”, hipócritas, e alertava as multidões e seus discípulos a não seguirem o exemplo deles, pois dizia que, apesar de seu muito saber, eles “dizem e não fazem” (ver Mateus 23:3).

Aquele que diz, mas não faz, perde sua capacidade de curar. Mostra que o bem não predomina em seu pensamento a ponto de governar suas ações. Ele não demonstra sua união com o Princípio divino, nem que Deus, a Verdade, e o homem, a ideia perfeita de Deus, estejam presentes. Ele perde o direito de exercer a autoridade crística dos filhos de Deus, a de negar e destruir a crença mesmérica do mal para o benefício de outros, uma vez que ele não a negou nem a destruiu para si mesmo. Mas, a qualquer momento, ele pode recuperar seu direito e seu poder de curar, retornando ao padrão da verdadeira consciência, e provando sua integridade por meio de sua fidelidade a esse padrão.

Qualquer um que tenha compreendido até certo ponto, por intermédio da Ciência Cristã, o fato de que a matéria não tem substância real, mas que é somente a objetivação do pensamento mortal, deve saber que nada que seja material é, em si mesmo, tanto prejudicial como benéfico, que não pode ser venenoso para a humanidade sob uma determinada forma e curativo sob outra. Essa pessoa pode repetir “a exposição científica do ser”, que consta em Ciência e Saúde, como parte de sua oração diária para si mesmo e para o mundo e realmente acreditar que: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo” (p. 468). A integridade, contudo, exige que essa declaração seja mais do que meras palavras.

A fim de demonstrar a totalidade de Deus, a Mente, que cura a todos, é essencial que o aspirante a praticista confie na verdade espiritual para curar suas próprias dificuldades. Ele deve vencer tanto o medo da matéria quanto a fé que tem nela, e utilizar apenas meios espirituais para manter sua própria saúde e harmonia. Por exemplo, não deve pregar a confiança em Deus e depois tomar um comprimido para aliviar a dor de cabeça, ou recomendar tal remédio para outros, pois tal conduta induz à perda da capacidade de curar por meios espirituais. Ciência e Saúde nos adverte: “Se tu mesmo estiveres enredado na crença de que existe moléstia ou pecado e lhes tiveres medo, e se, conhecendo o remédio, deixares de usar as energias da Mente em teu próprio favor, não poderás exercer senão pouco ou nenhum poder para ajudar a outrem” (p. 455).

Entretanto, um estudante da Ciência Cristã, por conhecer a verdade e vivenciá-la, é sincero. Sua integridade o sustentará e ajudará a equipá-lo para a prática bem sucedida da cura cristã, em benefício dos outros.

Artigo publicado originalmente na edição de The Christian Science Journal de outubro de 1973.

Curando O Que Não Foi Curado

 

Vezes sem conta, curas baseadas na confiança em Deus, iluminada pelos ensinamentos da Ciência Cristã*, têm sido rápidas e permanentes. Às vezes, porém, um seguidor devoto dos ensinamentos de Cristo Jesus talvez se encontre lutando durante meses para obter a cura de algum problema em particular que não tenha cedido à oração. Surge a pergunta: “Que mais poderá ser feito para provar o poder curativo de Deus?”

 

A resposta pode estar em aprofundar nossa capacidade de adorar “o Pai em espírito e em verdade”1, como Jesus indicou. Isso implica em fazer novas descobertas acerca da natureza incorpórea de Deus como Espírito infinito, e de Sua perfeição como Verdade todo-poderosa. Leva-nos a uma percepção ampliada da espiritualidade atual do homem como exata expressão de Deus – indestrutível, sadio e completo. Expandir dessa maneira nossa compreensão espiritual acerca de Deus e do homem leva-nos ao domínio dado por Deus sobre tudo quanto parece ser material.

 

Talvez a dificuldade esteja em que continuamos a procurar vida, saúde e felicidade na matéria, em vez de desenvolver a convicção de que o homem é desde já espiritual dentro da totalidade de Deus. Em vez de continuar a nutrir o ponto de vista popular de ser a vida material e limitada, de estar ela sujeita  à doença e à discórdia de toda espécie, e em vez de tentar mudar a coitada da matéria em matéria melhor, permaneçamos firmes e alegremente com a compreensão esclarecida de que a individualidade imortal e perfeita do homem está completamente fora da matéria.

 

Todos nós podemos adquirir esse ponto de vista mais elevado e científico que inevitavelmente traz a cura. Para isso talvez seja de proveito estudar a Bíblia novamente numa atitude mental atenta. Persista em se concientizar de que o ser verdadeiro, espiritual, do homem é de fato demonstrável. Jesus compreendia que o homem tem sua origem em Deus. Por isso ele estava certo da espiritualidade presente do homem. Essa compreensão da unidade do homem com Deus e de sua semelhança a Deus era o alicerce de seus notáveis trabalhos de cura. Sua ressurreição mostrou a natureza indestrutível do homem-Cristo.

 

Depois da ressurreição do Mestre, alguns dos seus seguidores ainda estavam tão convictos de que a materialidade é a base da vida, que deixaram de captar o significado espiritual das obras de Jesus. Maria, no entanto, a primeira a ver o Mestre depois da ressurreição, discerniu a condição perfeita de homem espiritual, pura e sem jaça, que Jesus estava demonstrando. Falando na fidelidade do ponto de vista espiritual de Maria e na materialidade dos inimigos de Jesus, Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Esse materialismo perdeu de vista o verdadeiro Jesus; mas a fiel Maria o viu, e para ela Jesus  representava mais do que nunca a verdadeira ideia de Vida e de substância.”2

 

Apreciar mais profundamente as convicções espirituais que sublinham a obra da vida de nosso Mestre ajudar-nos-á a desenvolver convicções semelhantes acerca de nossa própria espiritualidade  no presente. Ajudar-nos-á a nos identificarmos com o Cristo, “a verdadeira ideia de Vida e de substância”, que traz cura.

 

A convicção que Jesus tinha de sua completa espiritualidade, ficou revelada nos seus ensinamentos, em magníficas obras de  cura que redimiram a humanidade das várias limitações do materialismo. Jesus mostrou desdém pela pretensão de que há poder na matéria, ao silenciar as tempestades, andar em cima das ondas, cirar os doentes desenganados e ressuscitar os mortos. Essas ações mostraram o elevado nível espiritual de seu pensamento e sua recusa em se deixar impressionar pelas pretensas leis da matéria.

 

Embora não fosse mundano, Jesus transformou o mundo. Sua lealdade a Deus e sua unidade com a Verdade infinita deram-lhe domínio sobre o que o rodeava. Deu prova do poder todo-poderoso de Deus e da substancialidade ilimitada do homem como ideia espiritual que representa exclusivamente a Deus.  Em vez de se desesperar diante de alguma suposta ameaça material à sua vida, Jesus calmamente seguiu avante, confiante no controle de Deus e na espiritualidade do homem, o que o exime de todas as discórdias da existência física.

 

Certo dia, na sinagoga, Jesus leu para o povo, o livro de Isaías. Depois de ter lido o trecho que profetizava a vinda do Cristo, profecia que se cumpria na sua própria experiência, começou a repreender a falta de receptividade deles. Então o povo se enfureceu. Agarraram-no, arrastaram-no para fora da sinagoga, levaram-no pela cidade até à beira

De um monte onde planejaram lançá-lo penhasco abaixo. O ódio do pensamento material que resistia ao Cristo, a Verdade, era tão grande que momentaneamente Jesus parecia estar sendo presa dos materialistas ao seu redor. A Bíblia conta-nos que “Jesus, passando por entre eles, retirou-se”3. É claro que Jesus nem sequer por um instante abandonou sua elevação espiritual de pensamento. Estava continuamente dando testemunho de Deus, insistindo em demonstrar a totalidade e o poder que tem Deus de libertar outros, de livrar a ele mesmo. O poder de sua confiança crística concretizou-se à beira do abismo para o qual o povo o havia levado, e Jesus foi libertado.

 

Às vezes uma condição física assustadora e desanimadora procuraria nos levar até à beira de um abismo, isto é, de uma situação material extrema, desde a qual parece que seremos lançados morro abaixo. Todavia, aí mesmo, num suposto precipício de materialidade, também nós podemos passar pelo meio das crenças materiais ao nosso redor. Podemos reconhecer nossa espiritualidade, reivindicar nosso domínio e nossa cura, e seguir nosso caminho – o caminho do Cristo – com alegria.

 

Há alguns anos sofri de um distúrbio físico grave que me causava grandes dores. Orei com fidelidade, e fui ajudado pelas orações de um consagrado praticista da Ciência Cristã. Mas o problema persistiu por muitos meses. Sua gravidade aumentou a ponto de me ser difícil caminhar ou ficar de pé.

 

Certa feita, durante essa experiência, fui tentado a procurar conselho médico. Entre meus colaboradores militares havia vários médicos. A tentação era a de pedir a opinião de um desses amigos quanto à natureza da doença. No entanto, recusei ceder a tal tentação, pois eu era capaz de discernir que seria impossível ao digagnóstico médico dar-me qualquer informação sobre uma idéia de Deus, espiritual e perfeita. E eu estava determinado a não remexer no entulho da materialidade à procura do verdadeiro ser do homem. Estava-me claro que o  único modo certo de achar e comprovar minha condição de homem em Cristo era o de adquirir compreensão melhor a respeito de Deus e desenvolver convicção mais sólida da indestrutível espiritualidade do homem.

 

Procurando pela luz divina, fui inspirado a tornar a ler o relato da vida de Jesus e suas curas, sua espiritualidade vital, sua firme obediência a Deus e sua capacidade de vencer todos os obstáculos. Certa noite meu estudo da Bíblia me levou ao Salmo 139, que diz em parte: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? (…) Se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares: ainda lá me haverá de guiar a tua mão e a tua destra me susterá.”4  De repente, fiquei convencido de que, apesar do que me acontecesse materialmente, eu nunca poderia ficar separado de Deus. Eu era de fato um idéia espiritual de Deus e nunca poderia ser detruído. Discerni que esta convicção espiritual de que a vida está em Deus, abandonando toda fé na assim chamada vida da matéria, era uma lei de restauração para o corpo físico – uma lei de cura. Embora não ocorresse mudança física imediata, eu sabia que estava curado.

 

A enfermidade física ainda continuou esporadicamente por mais ou menos dois meses;  mas a consciência, libertada pelo poder de Deus, desenvolvia melhor sentido de identidade, ou corpo. Foi-me muito proveitosa em relação a este caso uma referência que se encontra em Ciência e Saúde: “A consciência constrói um corpo melhor quando vencida a fé na matéria. Se corriges a crença material pela compreensão espiritual, o Espírito formar-te-á de novo. Nunca mais voltarás a ter medo, a não ser de ofender a Deus, e nunca mais acreditarás que o coração ou qualquer parte do corpo possa destruir-te.”5

 

Prossegui com intrepidez e alegria, na convicção de ter sido curado. Não levou muito tempo, todos os sintomas da doença desapareceram, para nunca mais voltar. Desde aquela ocasião até o presente tenho participado normal e vigorosamente de vários esportes — tênis, natação, caminhadas pelas montanhas, corridas — sem a menor dificuldade.

 

Dessa cura ficou claro que era preciso descartar-me do medo e da preocupação com aquilo que poderia acontecer a uma individualidade material. Quando o poder da presença contínua de Deus foi trazido à luz, viu-se que a materialidade é irreal. A dificuldade foi dominada pelo poder do Cristo, a Verdade, a transformar a consciência humana.

 

Em aditamento à própria cura, senti devoção mais profunda por melhor apreciar e compreender como as curas do Mestre do cristianismo transformavam a consciência, elevando-a de uma base material para uma espiritual. Jesus discernia que o controle todo-poderoso de Deus alcançava cada faceta da vida, subjugando a matéria. Podia dizer impunemente: “Destruí este santuário,  e em três dias o reconstruirei.”6

 

A identidade espiritual, proveniente de Deus, que Jesus viveu e ensinou, é o Cristo, a ideia divina da espiritualidade perfeita. Esta é a verdadeira natureza de cada um de nós. No entanto,  a influência divina do Cristo parecerá oculta enquanto basearmos nossa vida e nossas expectativas nas limitações da materialidade. A Ação libertadora do Cristo vem à luz na proporção em que raciocinarmos desde o ponto de vista de ser o homem verdadeiramente a expressão da totalidade do Espírito e da bondade, da onipresença e da onipotência da Mente. Que ânimo curativo se desenvolve quando raciocinamos com certeza que Deus é Espírito, e o homem é espiritual; que Deus é Vida, e o homem é imortal; que Deus é Amor, e o homem é desprendido e amoroso; que Deus é Verdade, e o homem é perfeito, ilimitado. Podemos insistir em que Deus – Mente, Espírito, Princípio, Verdade, Amor, Alma, Vida – é a lei irresistível do bem, que expulsa toda e qualquer pretensão da mortalidade. Finalmente, segue-se a gloriosa compreensão de que, sendo Deus e Sua ideia, o homem espiritual, inseparáveis, isso constitui-se em lei de cura e regeneração para toda necessidade humana específica. Satisfeitos e serenos nessas convicções, podemos ter confiança em que Deus está realizando Sua santa obra.

 

Ciência e Saúde declara: “A individualidade do homem não é menos tangível por ser espiritual e por não estar sua vida à mercê da matéria. A compreensão de sua individualidade espiritual torna o homem mais real, mais formidável na verdade, e o habilita a vencer o pecado, a moléstia e a morte.”7

 

Deixando de estar preocupados com a materialidade e de dela depender, ficamos cônscios de que o homem já é espiritual no presente. Podemos comprovar progressivamente, pela redenção e pela cura, “a verdadeira idéia de Vida e de substância”. Tal espiritualidade desenvolvida nos trará saúde, vigor e vitalidade — o reino do céu dentro de nós.

 

1João 4:23, 2Ciência e Saúde, p. 314, 3Lucas 4:30, 4Salmos 139:7, 9, 10, 5Ciência e Saúde, p. 425, 6João 2:19, 7Ciência e Saúde, p. 317.

A Páscoa Em Nossos Corações

 Após a noite escura vem o amanhecer dourado e silencioso. Após o inverno frio, irrompe a primavera, nunca deixando de causar admiração quando as flores esbeltas do croco abrem caminho através da neve congelada, e quando soam miríades de vozes alegres que do verde se levantam. Depois do fogo na floresta, folhas novas começam a brotar. Depois das bombas as cidades são reconstruídas. Depois que o coração sofreu profunda perda, um renovado amor começa. E após a crucificação, a hora mais negra do mundo, Cristo Jesus, não vencido pelo ódio e pela morte, foi caminhar no jardim da ressurreição.

A Páscoa dá prova consumada e gloriosa da renovação, e sua mensagem ecoa em um milhão de maneiras. A Ciência Cristã explica que aquilo que humanamente parece ser renovação é apenas um vislumbre da ordem divina –a criação do bem, sempre a se desdobrar, a brilhar através do cenário humano. A carreira de Jesus mostrou que sua vida era a consciência espiritual do bem interminável de Deus. Essa duradoura consciência divina de Jesus se evidenciou na cura de outras pessoas e na indestrutibilidade de sua própria vida. Sua consciência da pura bondade de Deus partilhou assim da eternidade. Ele orou por seus seguidores, dizendo: “A vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17:3)

A decisão de procurar Deus de todo o nosso coração torna-se a resposta natural à mensagem da Páscoa, pois vemos em sua promessa de vida eterna o bem subjacente que aguarda nossa rendição completa ao Amor divino. E, de fato, compreendemos que não estaríamos procurando Deus se o Seu amor já não nos tivesse alcançado.

Mas, que é que parece se levantar entre nós e a eternidade do bem, o conhecimento de Deus? Que é a noite escura de nossa ignorância? No mundo, a evidência do bem parece crescer e minguar, desabrochar e nos ludibriar e então desabrochar outra vez. Por ignorância tomamos pela realidade a charada contínua do mundo em mutação. Olhamos à nossa volta e vemos objetos aprazíveis e a eles nos rendemos e nos afeiçoamos. E à proporção que nos afeiçoamos ao bem material, fugidio, do mundo, adiamos ficar afeiçoados ao bem eterno de Deus. A palavra grega traduzida na Bíblia como “pecado” também significa “errar” ou “sair do caminho que conduz à justiça”. O caminho que Jesus apontou revela a existência espiritual inteiramente separada de começos e fins, posta no bem eterno de Deus.

 Os pecados da vida mortal procuram nos desviar de nossa meta suprema: conhecer a Deus. Mas, se aquilo que fazemos é puro, contribuindo para uma compreensão espiritual de Deus e para amá-Lo, nisso não há pecado. Lembremo-nos de que o cristianismo, com sua interpretação científica, inclui grande amor pelos pecadores, ao passo que condena no pecado o beco sem saída que nos despojaria da herança de alegria eterna no amor do Pai.

Quanto mais perto de Deus chegamos, tanto mais longe do pecado ficamos. “A missão da Ciência Cristã não é unicamente a de curar o enfermo”, escreve a Sra. Eddy, “mas sim a de destruir o pecado no pensamento mortal.” Logo, existe um caminho que nos leva para fora do pecado e do egoísmo, um caminho para fora do ódio, da falsidade, da indiferença. A ressurreição de Jesus, de que os homens tomaram conhecimento naquela sagrada manhã de Páscoa, abre diante de nós uma vereda de ofuscante significação. Podemos tomar essa vereda e unir nosso coração a Deus. Cedemos àquilo que Deus requer de nós por toda a eternidade: sermos o reflexo de Seu próprio bem impecável.

A rendição ao que Deus requer eternamente de nós poderá desenvolver-se em nossos corações. Por vezes, a luz da Páscoa está quase imperceptível, e, de repente, irrompe em revivado esplendor. Como nos virá inexoravelmente a todos, que aqui quer no além, torna-nos humildes, remove o desespero, e nos enaltece infinitamente mais que o orgulho e, contudo, o faz sem arrogância. A luz da ressurreição revela o homem envolto no puro amor de Deus. E, em parte, a Páscoa significa o magnífico transformar do coração desde o que é terreno para o que é celestial, onde abundam paz e esperança indescritíveis.

Entregar tudo a Deus não significa que nos tornemos eremitas, ou que nos descuidemos da família e dos amigos, ou que abandonemos o que é bom: mas temos de nos apegar à fonte divina do bem em vez de àquilo que é humano. E essa fonte é muito mais maravilhosa, muito mais cheia de amor, do que qualquer coisa na terra que tenhamos conhecido. A Páscoa em nossos corações leva-nos para além dos conceitos de que a saúde e o amor e a justiça estão circunscritos humanamente. Capacita-nos a esperar e sentir a abundância espiritual, e a estarmos bem, não embaraçados pelas crenças mortais em hereditariedade, contágio e idade. Capacita-nos a abandonar o beco sem saída do pecado que nega Deus, e a sermos livres.;

 A Páscoa faz ecoar em nossos corações a esperança e a felicidade invulneráveis porque Cristo Jesus provou que a vida do homem é indestrutível. Seus símbolos de renovação nos levam a conhecer o próprio Amor infinito. A Páscoa abençoa nossa vida terrena e faz-nos sentir os ventos da eternidade. Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy diz: “Um momento de consciência divina, ou compreensão espiritual da Vida e do Amor. é um antegozo da eternidade. Essa visão sublime, que se obtém e retém quando a Ciência do ser é compreendida, preencheria com a vida discernida espiritualmente o intervalo da morte, e o homem estaria na plena onisciência de sua imortalidade e harmonia eternas, onde o pecado, a doença e a morte são desconhecidos.” Essa pode ser a consequência gloriosa da Páscoa em nossos corações.

(O Arauto da Ciência Cristã – abril 1983)

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