Um Sermão Proferido Em Boston-1

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O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.
Mateus 13:13

Atualmente pouca gente sabe alguma coisa sobre a Ciência da cura mental; e há tanta gente que, em nome da Ciência, impõe sua ignorância ou seu falso conhecimento à opinião pública, que é obrigação de todos aqueles que estão revestidos das armas da luz conservar brilhante sua invencível armadura: ser modestos em relação a suas demonstrações e manter reivindicações e seu viver firmemente alicerçados na Verdade.

Ao disseminar a Palavra com amor, mas separando joio do trigo, declaremos o positivo e o negativo da ciência metafísica; aquilo que ela é e aquilo que ela não é. Protestantes num sentido mais elevado do que nunca, intrépidos e esquecidos de nossos próprios interesses, enfrentemos e derrotemos as pretensões dos sentidos e do pecado, a despeito das censuras ou dos clãs que derramam sobre nós o seu fogo; e o amor, alado de branco, pairando sobre todos, cobrirá com suas plumas o pecador mais empedernido.

A Mente divina e infalível mede o homem, até que as três medidas fiquem levedadas e ele chegue à plenitude da estatura; pois “reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-poderoso”.

A Ciência é divina: não é de origem humana nem procede de diretrizes humanas. As chamadas “ciências naturais”, cujas evidências são percebidas pelos cinco sentidos pessoais, apresentam apenas um senso finito e tênue da infinita lei de Deus; lei essa que está inscrita no coração, é recebida por meio das afeições, é compreendida espiritualmente e demonstrada em nossa vida.

Essa lei de Deus é a Ciência da cura mental, espiritualmente discernida, compreendida e obedecida.

A Ciência mental e os cinco sentidos pessoais estão em conflito; e a paz só pode ser declarada do lado do direito imutável, – a saúde, a santidade e a imortalidade do homem. Para obter esse resultado científico, é preciso compreender e acatar a regra primordial e fundamental da Ciência; ou seja, a declaração frequentemente repetida nas Escrituras, de que Deus é o bem; portanto, o bem é onipotente e onipresente.

A filosofia antiga e a moderna, a razão humana ou os teoremas dos homens enunciam erradamente a Ciência mental, seu princípio e sua prática. Nesse ponto, a mais esclarecida compreensão nada vê senão uma lei da matéria.

Quem alguma vez aprendeu nas escolas que só existe uma Mente única, e que esta é Deus, que cura todas as nossas doenças e pecados?

Quem alguma vez aprendeu nas escolas, na filosofia pagã ou na teologia escolástica, que a ciência é a lei da Mente e não da matéria, e que essa lei não tem nenhuma relação com a matéria nem a reconhece?

A Mente é sua própria grande causa e efeito. A Mente é Deus onipotente e onipresente. Que dizer, então, de uma teoria oposta, assim chamada ciência, a afirmar que o homem é tanto matéria como mente, e que a Mente está na matéria: Pode o infinito estar dentro do finito? E não deve o homem haver preexistido, no Tudo e Único? Acaso existe uma mente má sem ter espaço para ocupar, sem ter poder para agir nem vaidade para se apresentar como sendo o homem?

Se Deus é Mente e preenche todo o espaço, se está em toda parte, a matéria não está em lugar nenhum e o pecado é obsoleto. Se a Mente, Deus, é todo poder e todo presença, o homem não se depara com outro poder ou presença que, – obstruindo sua inteligência – lhe causa dor, o acorrenta e o engana. A perfeição do homem está intacta; de onde vem, então, algo além d’ELE, que não é a contraparte, mas sim a contrafação do criador do homem? Por certo não vem de Deus, pois Ele fez o homem à Sua própria imagem. De onde vem, então, o átomo ou molécula chamada matéria? Porventura foi formada pela atração e coesão? Mas essas forças são leis da matéria, ou leis da Mente?

Para que a matéria seja matéria, deve ter sido criada por si mesma. A Mente não tem poder para produzir ou para criar a matéria, assim como o bem não tem poder para produzir o mal. A matéria é um enunciado errôneo sobre a Mente; é uma mentira, pretendendo falar contra a Verdade e negá-la; é idolatria, tendo outros deuses; é o mal, pretendendo ter presença e poder sobre a onipotência!

Esclareçamos as abstrações. Coloquemo-nos na presença d’Aquele que remove todas as iniquidades e sara todas as nossas enfermidades. Unamos nosso conceito da Ciência àquilo que toca o sentimento religioso íntimo do homem. Abramos nossas afeições ao Princípio que tudo move em harmonia, – desde a queda de um pardal até o voltear de um mundo. Acima da ursa com seus filhos, está a Ciência da cura mental, mais ampla que o sistema solar e mais alta que a atmosfera de nosso planeta.

O que é o reino dos céus? A morada do Espírito, o reino do real. Ali não existe matéria, ali não existe noite – nada que idealize ou pratique a mentira. É porventura distante esse reino? Não: está sempre presente aqui. A primeira a declarar-se contra esse reino é a matéria. Porventura será chamada heresia aquilo que advoga a favor do Espírito – o Tudo de Deus e Sua onipresença?

Continua..>

Utilize Seus Olhos

 

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Jesus Cristo sempre ficava consternado ao ver que as pessoas à sua volta não conseguiam ver o que ele via.

Mais de uma vez ele perguntou: “ Vocês têm olhos e não enxergam?” – Marcos 18:8

Quando desafiado por milhares de bocas famintas a serem alimentadas, os discípulos viram carência. Jesus viu alimento suficiente para todos.

Quando desafiado com o cobrador de impostos, Pedro ficou parado em frente dele de mãos vazias. Jesus viu o dinheiro à mão.

Quando o filho da viúva de Naim faleceu, todos viram um corpo sem vida. Jesus viu um jovem capaz de levantar-se e andar.

Quando desafiado pela crucificação, quase todos viram o fim do seu ministério. Jesus viu o começo.

Jesus sempre via mais do que aqueles à sua volta conseguiam ver. Por quê? Porque ele se apoiava em seus olhos espirituais para discernir a verdade. Ele podia ver espiritualmente o que o sentido material jamais poderia discernir materialmente.

E nós podemos aprender a fazer o mesmo.

Mary Baker Eddy deu esta definição iluminada de olhos em Ciência e Saúde. Ela escreveu:

OLHOS. Discernimento espiritual, — não material, mas mental (p. 586).

A verdadeira visão não é ver objetos materiais, ou a falta deles. A verdadeira visão é discernir a realidade espiritual e ver o que Deus criou, em primeiro lugar.

A visão consiste em ver a abundância, a vida, o amor, a harmonia, a ordem, a plenitude, a saúde, as soluções e as respostas. A visão é metafísica e acontece na Mente. E todos nós precisamos utilizá-la.

Portanto, se você não está vendo o suprimento hoje, utilize seus olhos! Olhe para a Mente infinita e você encontrará a solução para o seu problema.

Se você não está vendo a saúde, utilize seus olhos! Olhe para a Verdade e você vai descobrir que a força e o bem estão presentes.

Se você não está vendo amor, utilize seus olhos! Olhe para o Amor infinito, e você encontrará conforto abundante e razões para celebrar a alegria à sua volta.

O que você discerne espiritualmente vai transformar o humano e colocá-lo mais em linha com o divino.

Utilize seus olhos hoje e veja como é bom fazê-lo!

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A Verdadeira Consciência Não Pode Ser Invadida

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Na Ciência Cristã, aprendemos que a consciência não está sujeita a ser invadida por forças mentais malignas. Essa verdade tem vinculações profundas com a liberdade da humanidade. Como Deus é a Mente única, a verdadeira consciência procede de Deus e está absolutamente imune a influências malignas. E, de fato, não existem forças mentais malignas que possam influenciar o homem criado por Deus. Essa verdade oferece base muitíssimo alentadora para todo aquele que deseja orar pela capacidade, dada por Deus à humanidade, de despertar e vencer as aparentes investidas do mal contra o pensamento.

Quer estejamos orando por nós mesmos, quer por outra pessoa ou pela humanidade em geral, temos nossa defesa na compreensão espiritual de que o homem só é governado por Deus. Nossa verdadeira identidade é a do homem espiritual, o próprio reflexo de Deus. O homem não tem uma consciência própria, sua, separada de Deus, a qual possa dar expressão ao mal ou da qual possa se apossar. Todos os pensamentos estão estabelecidos pela Mente divina que é Deus, o bem, e dela procedem.

Contudo, aos sentidos materiais, talvez pareça que a humanidade seja suscetível a todas as formas de influências insidiosas – tentações que brotam da crença de que a vida exista na carne e seja da carne. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “Em um mundo de pecado e de sensualidade, que se precipita para um maior desenvolvimento de poder, é prudente considerar a sério se é a mente humana ou a Mente divina que nos está influenciando.”

Estar alerta às sugestões do pecado e da mortalidade e resistir a seu aparente empuxo ou atração, são passos necessários para se vencer as influências errôneas. Esse estado de alerta é o resultado natural de começarmos o dia alicerçados na oração sincera, e de nos mantermos firmes nesse alicerce. Tal oração reconhece que cada indivíduo, em toda parte, é, realmente, a ideia espiritual de Deus, é o homem criado pela Mente divina. Estaremos ajudando a nós mesmos e, bem assim, a toda a humanidade, quando nos dermos conta disso e soubermos que as supostas sugestões de medo e ódio não podem penetrar na Mente divina, a única Mente do homem. Porque o homem é espiritual, o homem é livre.

Sabermos que tanto a nossa verdadeira identidade como a dos demais é espiritual, e dispormo-nos a viver de acordo com essa verdade, desfaz as ilusões agressivas da mente carnal. Encontramo-nos cada vez mais receptivos à influência do Cristo, a Verdade – a Verdade salvadora por causa da qual expressamos as verdadeiras mensagens do Espírito, ou Deus, e só a estas respondemos.

Outro aspecto de nossa autolibertação das influências do pensamento mortal é o de entendermos que cada indivíduo, por ser o homem de Deus, é realmente inocente do mal. Jesus provou-o em sua própria vida humana. Não podemos curar a nós mesmos, ou a outrem, ou à humanidade em geral, quando partimos da premissa de que qualquer pessoa é inerentemente pecadora ou irremediavelmente culpada. A Sra. Eddy diz em Unity of Good: “Quanto mais compreendo a verdadeira natureza humana, tanto mais a vejo impecável – tão ignorante do pecado como o Criador perfeito.”

Embora aos sentidos materiais possa parecer que algum indivíduo está sendo enganosamente influenciado pelo erro, o problema realmente está sempre em crermos que um indivíduo ou um povo, como um todo, sejam instrumentos ou as vítimas de algum poder diabólico. Realmente, todo aquele que aceita a crença no mal irá sofrer a punição que acompanha a crença, até vir a ser redimido, pela atividade do Cristo em sua consciência. Permanece o fato espiritual de que, embora o pretenso poder tome a forma de governos repressivos, vírus invasores ou pensamentos sensuais, nada existe realmente além de Deus e o homem, Sua criação perfeita e isenta de pecado.

Se formos constantemente acossados por pensamentos de discórdia, bem poderemos perguntar-nos: “Será que estou sendo influenciado pela crença da mente humana, de que as pessoas são más, de que estão sujeitas ao mal?” Se houver resposta positiva, poderemos ser curados desse conceito errôneo e do medo e ódio que resultam dessa falsidade. A humanidade tem o direito de gozar da liberdade e da paz que são naturais ao homem criado por Deus.

É propósito vital da Ciência Cristã curar o conceito errôneo de que o mal é real e está dotado de poder. Mediante as revelações do Cristo, aprendemos que Deus é o bem infinito, a Mente única, ou Ego divino, que é a causa e o criador de tudo o que é real. O mal é, portanto, inteiramente desprovido de fundamento, carece de poder, presença, ação ou identidade. Não existe Princípio, nem Deus, a sustentar uma força, quer mental quer física, chamada o mal. A própria pretensão do mal e a crença no mal são coisas hipotéticas. E a consciência não pode ser invadida por aquilo que não tem nenhuma realidade! Com o progresso espiritual, torna-se natural conhecer essa verdade – saber que nossa consciência sagrada, dada por Deus, não pode ser invadida pelo nada.

Para usar uma analogia, a escuridão nunca penetra a luz. A escuridão não é uma coisas ou entidade real que pode penetrar a luz, mudar as condições da luz e tornar a luz em escuridão. A luz não pode ser assaltada e a escuridão é incapaz de lhe montar um ataque. Igualmente, a consciência humana, na proporção em que está iluminada pelo Cristo, não pode ser invadida pelo vazio da escuridão que se denomina o mal. Lemos em 1 João: “Ora, a mensagem que da parte dele temos ouvido e vos anunciamos, é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.”

É necessário perceber o que a mente carnal haveria de sugerir como real, mas é ainda mais necessário corroborar a irrealidade completa de tudo o que é dessemelhante de Deus. Em vez de lutar contra o mal como se este fosse um poder capaz de se apossar de nós, podemos alçar nosso pensamento ao reino de Deus, ver o que está ocorrendo no Seu reino e deixar que a Verdade nos defenda.

Deus é Tudo. Deus não conhece coisa alguma fora de sua própria paz imperturbada. E porque Deus é Tudo, não existe coisa alguma fora d’Ele ou além d’Ele que possa invadir a consciência divina. A Mente divina não tem oposto maligno que venha a penetrar Sua totalidade e causar dano à Sua criação. Deus habita na serenidade, na quietude e na supremacia de Sua própria e terna bondade. O homem, como ideia de Deus, vive, prazenteiramente e a salvo, em Sua presença, que a tudo abrange. Quanto mais meticulosamente nos identificarmos, mediante o pensar e o agir crísticos, como o homem de Deus, tanto mais gozamos do domínio pacífico da Mente.

Por certo, Cristo Jesus demonstrou o domínio de Deus. Ao enfrentar a crucificação, manteve-se calmo diante desta indagação de Pilatos: “Não sabes que tenho autoridade para te soltar, e autoridade para te crucificar?” Respondeu Jesus com confiança: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada”. Jesus sabia que o mal não é poder nem mente nem influência real. Confiava de todo em Deus como o único poder. A consciência do Cristo, que Jesus corporificava, não era tocada ou afetada pela sugestão de haver um poder maligno. E, porque Jesus reconhecia sempre ser a supremacia de Deus o único poder, sua liberdade e demonstração de vida eterna eram inevitáveis.

Todos podemos usufruir disto, de estarmos livres da crença escravizadora de que nossa consciência possa ser invadida por qualquer pensamento ou elemento estranho à bondade de Deus. O status espiritual do homem – o que verdadeiramente somos como ideias incorpóreas de Deus, ideias que vivem inteiramente fora da crença na carne – é impérvio às pretensões espúrias da mente carnal, de que haja vida e inteligência na matéria. E, quanto mais vivermos nossa vida firmados no ponto de vista de que somos o homem espiritual criado por Deus, tanto mais conheceremos a paz e a liberdade que provêm de demonstrarmos, como a nossa própria, a consciência divina.

(De O Arauto da Ciência Cristã – maio 1986)

Livre Do Medo Quando Se Dá Tratamento A Outrem

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Que maravilhoso é receber um pedido de tratamento pela Ciência Cristã, por parte de outras pessoas. Quando se solicita aos estudantes da Ciência Cristã que orem especificamente por outros, podem estes regozijar-se pela oportunidade que lhes é concedida de glorificar a Deus através do Seu poder sanador.

Mas o que fazer quando, por ser a primeira vez que nos pedem para orar por outrem ou apesar de já termos alguma experiência anterior, o medo aparece, tentando sufocar o nosso mais empenhado desejo de curar? Como é que poderemos ver-nos livres desse medo?

Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy revela a importância de lidar com o nosso próprio medo: “Para teres êxito na cura, precisas vencer teus próprios temores, bem como os de teus pacientes, e adentrar-te numa consciência mais alta e mais sagrada”.

Talvez o medo mais comum que ensombra qualquer empreendimento humano seja o medo de fracassar. Este consiste no medo de não se possuir o conhecimento ou o entendimento necessários para cumprir uma dada tarefa. Efetivamente seria bastante razoável sentir medo de fracassar, quando se trata alguém pela Ciência Cristã, se não fosse a existência do seguinte fato: Deus, o Amor divino, é infinito, é Tudo, e o homem existe já como a expressão desse Amor.

Se a cura pela oração fosse uma questão de, através do nosso melhor esforço, fazermos com que uma determinada e potencial realidade se manifestasse, por exemplo, a saúde do homem, então haveria razão para se sentir medo. Mas a grande e maravilhosa novidade da Ciência Cristã é que a saúde, a inteireza espiritual e o bem-estar do filho de Deus não são apenas uma possibilidade; são efetivamente a realidade atual. A Bíblia informa-nos que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Por certo, a imagem e semelhança do puro Espírito não está doente. Se temos receio de que nossas orações em favor de outrem não sejam eficazes, é provável que necessitemos aceitar mais profundamente o fato de que o bem-estar do homem é invariável e que é consequência de ser este o filho muito amado de Deus.

É com certeza fundamental, durante a nossa demonstração progressiva desta verdade acerca do invariável bem-estar do homem, que possamos renascer cotidianamente através do crescimento individual do caráter cristão, com amor altruísta e humildade. Dessa forma desenvolvemos nossa própria salvação e tornamo-nos aptos a auxiliar os outros a fazerem o mesmo. Mas é importante, à medida que trabalhamos para crescer em graça, que não pensemos em nós nem nas pessoas que estamos a ajudar, como sendo meros mortais, tentando demonstrar a realidade espiritual. Para nos livrarmos do medo temos de compreender clara e nitidamente que o Amor onipotente é o único poder sanador e que, em verdade, não somos mortais que se esforçam para demonstrar o reino dos céus, mas sim imortais vivendo no reino de Deus, inseparáveis do Amor divino. A sensação de sermos mortais trabalhando sozinhos para conseguirmos a cura poderia, de fato, produzir o medo de fracassar, enquanto que a compreensão de que somos imortais, refletindo o poder do Amor, destrói o medo.

Às vezes, quando oramos em prol de outrem, nos pomos a imaginar que nalgum outro período da experiência vivida por nós ou por outros, a aplicação da Ciência Cristã poderia ter sido mais eficaz. O que fazer, se algum desses exemplos vem ao nosso pensamento? A única forma de nos libertarmos do medo relacionado com esses acontecimentos consiste em corrigirmos o nosso pensamento acerca deles através da oração. Ao volvermo-nos para o Amor divino em busca de uma visão mais ampla da sua terna presença e cuidado, conseguimos ver que todos os envolvidos nesses acontecimentos jamais foram mortais esforçando-se por demonstrar a Verdade. Pelo contrário: todos os envolvidos são, na realidade, filhos perfeitos de Deus, refletindo a Mente divina e única, possuindo bem-estar e autoridade, consciente disso.

Todos nós estamos a aprender a seguir, com crescente fidelidade, o exemplo de Cristo Jesus, o que inclui demonstrar mais eficazmente o poder curativo da Verdade, que ele ensinou e viveu. Como em qualquer disciplina, o estudante sensato não se condena por não ser tão bem sucedido quanto, com certeza o será quando tiver experiência, mas trabalha dedicadamente para aprender com a sua própria experiência e avançar. O mesmo acontece ao aprender a praticar a cura cristã.

Algumas vezes o medo ao fracasso parece justificável. Vejamos Simão Pedro, justamente antes de ser chamado para ser um dos discípulos. Jesus disse-lhe para ele fazer-se ao largo com o seu barco e lançar as redes. Simão Pedro replicou: “Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos.” No entanto, ele obedeceu. Como resultado, a pescaria foi de tal forma abundante, que as redes começaram a rasgar-se e os seus colegas de outro barco tiveram de ajudar.

Uma das lições que talvez possamos tirar deste acontecimento é o de que devemos ativamente esperar que a cura completa e imediata ocorra, mesmo que para isso tenhamos de orar repetidamente. Com efeito, tal expectativa é parte integrante do tratamento pela Ciência Cristã.

No tratamento de outros, pode acontecer não duvidarmos nem de Deus nem da eficácia da ciência Cristã, mas sim de nós mesmos e de nossa capacidade. Mas será que esta dúvida em relação a nós tem validade?

Em certo sentido, duvidarmos de nós mesmos é idolatria. Trata-se de conceber um deus ou uma mente separada da Mente divina, cuja expressão é o homem, e atribuir a esse fato sentido de mente e de capacidade de duvidar. Mas uma mente autônoma e com a capacidade de duvidar de si própria nunca foi criada por Deus. Portanto, tal mente é apenas uma crença sem poder, uma suposição impotente de que possa haver alguma inteligência além da divina. O nosso trabalho de cura é tanto mais livre da dúvida em nós próprios quanto mais persistentes formos na convicção de que não temos mentes pessoais, quer duvidosas, quer autoconfiantes, mas em realidade nós somos a expressão espiritual da Mente única, Deus.

E se você compreende isso tudo, mas mesmo assim continua a sentir temores insistentes, quando se trata de ajudar outros? Será que isso pode bloquear a cura?

Em muitos pontos da Bíblia, Deus é revelado como sendo o único poder. Uma vez que Deus é onipotente, a pretensão do medo, de ser capaz, quer de criar a doença, quer de bloquear a cura, tem de ser oca. O único poder do medo é o poder que a crença humana lhe atribui. À medida que recusarmos admitir a existência de algum poder além do Amor infinito, poder esse chamado medo, veremos que não importa se esse suposto poder pretende discutir com o paciente ou com o praticista. O medo não pode ser nem causa nem efeito, e é nosso direito divino provar, através da cura, que o medo não tem poder.

Houve um praticista que recebeu uma chamada telefônica, no meio da noite, de uma senhora pedindo ajuda em nome da sua filha adolescente, que estava sentindo uma intensa doer de estômago. O praticista aceitou o caso e começou imediatamente, através da oração silenciosa, a acalmar o seu próprio medo, o da mãe e o da filha. Pouco tempo depois a mãe voltou a ligar, informando que, como a filha continuava a sofrer e o pai, não sendo Cientista Cristão, insistia que a filha devia ir ao hospital, ela achava que era melhor ir. O praticista continuou a orar, enquanto a moça era conduzida ao hospital, até sentir uma sensação de paz e ficar completamente livre do medo. Em seguida foi-se deitar, sentindo plena confiança de que tudo estava bem, apesar de não ter recebido mais nenhuma notícia da mãe.

No dia seguinte, a mãe ligou para agradecer ao praticista o seu trabalho. Ela informou-o de que, a caminho do hospital, a sua filha tinha sido curada. A dor tinha desaparecido completamente e os médicos confirmaram, após a realização de alguns exames, que a filha se encontrava perfeitamente bem.

Um dos temores com o qual me tenho confrontado na minha prática de cura é o de que alguém, experimentando o tratamento da Ciência Cristã pela primeira vez, possa não ser curado imediatamente e, como conseqüência, não venha a explorar mais a fundo a Ciência Cristã. Para lidar com esse medo, descobri que me era útil estabelecer as minhas orações com base num ensinamento primário da Ciência Cristã: há uma só Mente, Deus, e esta é a única Mente, a única Consciência real, tanto do praticista como paciente. Portanto, em realidade, ninguém é recém-chegado para Deus e Seu poder, para a interpretação natural de Deus acerca de Si próprio na Ciência Cristã, ou para a perfeição desse alguém como reflexo, imagem e semelhança de Deus.

Quando se dá tratamento a outrem pela Ciência Cristã, nunca se tem a necessidade de tolerar, mesmo em pequeno grau, a sensação de medo. Todo o entendimento, todo o amor, todo o poder de Deus está do lado do praticista e do paciente; porque não há lado para o medo ou para a doença. Nossa grande necessidade consiste em aceitar essa gloriosa verdade e seguir confiantemente Cristo Jesus. Ele prometeu que os seus discípulos poderiam curar. Há alguma razão para dúvidas?

(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã – Abril 1995)

Reservando Tempo Para Orar

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Nota: Recomendo que leiam, paralelamente com esta postagem, a mensagem de hoje do blog-absolutista2.zip.net, – “FAÇA DA MENTE UMA PORTA DE SAÍDA!” – pois estão relacionadas.

Somente podemos desenvolver o potencial espiritual que temos dentro de nós se estabelecermos um certo tempo para orar diariamente a despeito das demandas e das tentações que nos assediam. Devemos reservar um tempo para orar. A crença no mal nunca vai permitir isto sem luta. Nossa determinação em subjugar o erro deve ser maior do que a determinação dele em nos controlar. Nosso domínio sobre a crença no mal começa à medida que conseguimos ter no mínimo uma hora diária para estudo e oração.

Quando conseguimos estabelecer este tempo, devemos ter grande cuidado para que o magnetismo animal não interfira. Ele tentará nos fazer sonolentos e adormecer. Este torpor hipnótico impede pensamentos mais profundos, contudo ele desaparece assim que desistirmos de orar. Se a crença no mal não nos faz dormir, nos lembrará de muitas coisas urgentes que devem ser feitas antes que possamos realizar nosso propósito de orar. Vai sugerir, depois que trabalhamos um pouco, que fizemos o suficiente para aquele dia. Trará interrupções – o telefone, a família precisará de nós, alguém virá à porta. Desviará nossos pensamentos fazendo que estes vagueiem. Iniciaremos a leitura e a oração e então, subitamente, perceberemos que estamos planejando o cardápio da próxima semana ou recordando uma cena que vimos na televisão. Ao invés de orar, nossa mente estará absorvida com planos, ilusões, preocupações. Gastaremos horas, dias e até semanas, recordando ou ensaiando eventos desarmoniosos, argumentando mentalmente com alguém, lamentando o passado ou especulando sobre o futuro.

A crença no mal tentará nos intimidar, sugerindo que não temos suficiente habilidade para compreender esta ciência. Ou nos induzirá a procrastinar com a crença de que este trabalho exige muito de nós. A procrastinação é uma fraqueza humana que o erro usa com grande vantagem: com estas boas intenções, ficamos calmos para adormecer. Pretendemos estudar, porém dia após dia nossos esforços para crescer espiritualmente são pequenos, espasmódicos ou inexistentes. Devemos estabelecer um tempo para orar e insistir em fazê-lo diariamente para que nosso trabalho possa trazer resultados de cura.

Qual a importância deste trabalho? A Sra. Eddy escreveu uma vez: “Nunca será demais para os Cientistas Cristãos o vigiar constante, o trancar cuidadosamente suas portas, ou o orar a Deus fervorosamente, para se livrarem das reivindicações do mal. Assim fazendo, os Cientistas Cristãos silenciarão as sugestões do mal, colocarão a descoberto seus métodos e deterão sua influência oculta sobre a vida dos mortais.” (p. 114: 21-26, Miscellaneous Writings)

Uma vez foi dito que se quisesse compreender a Ciência Cristã deveria orar por mim mesma no mínimo uma hora por dia. No começo achei muito difícil me concentrar dez minutos nas idéias abstratas sobre Deus e o homem. Tive que me forçar a fazer isto. Algumas vezes passavam dias sem que eu fizesse este trabalho pois surgia um obstáculo atrás do outro. Gradativamente disciplinei-me para dedicar mais e mais tempo a cada dia, pensando realmente sobre coisas espirituais. Finalmente pude me sentar durante uma hora inteira e afirmar a verdade e negar o magnetismo animal. Alguns dias orava de modo geral. Outros trabalhava com problemas específicos.

As curas que fluíram deste trabalho são difíceis de relatar. Desde o início, muitos falsos traços de caráter começaram a ser anulados, problemas físicos que pareciam incuráveis foram sanados, um senso muito limitado de suprimento começou a mudar. Dia após dia, no âmago da minha consciência houve um emergir de antigas crenças e de desejos materiais que foram anulados. Cada dia pude olhar para trás e ver a espiritualização do pensamento que resultou deste trabalho. Gradualmente isto trouxe a cura de problemas profundamente enraizados, que nenhum esforço humano sozinho poderia ter resolvido. Por mim mesma, nunca poderia ter planejado ou realizado o bem que fluiu deste trabalho.

Cada pessoa tem sua própria luta com o magnetismo animal em conseguir tempo e paz para poder orar. Felizmente esta luta inicial não requer metafísica profunda. Uma vez que enxergamos os planos diabólicos do mal, podemos resistir de ser controlados por eles. Se estamos determinados a orar, podemos adquirir algum controle sobre nosso tempo e pensamento. Se insistimos em ter este tempo sozinhos com Deus, as manipulações do mal diminuirão até que finalmente desaparecerão.

*

 
 

Natal

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Este dia significativo, coroado com a história da ideia da Verdade, – seu advento e natividade terrenos, – é particularmente caro ao coração dos Cientistas Cristãos; para eles, o aparecimento do Cristo, num sentido mais pleno, é muito precioso, e repleto de bênçãos divinas para a humanidade.

A estrela que ternamente cintilou sobre a manjedoura de nosso Senhor concede a essa hora sua luz resplandecente: a luz da Verdade para reconfortar, guiar e abençoar o homem, em seu empenho por alcançar a recém-nascida ideia da perfeição divina, que desponta sobre a imperfeição humana, – luz essa que acalma os temores do homem, carrega seus fardos, chama-o para a Verdade e o Amor e para a doce imunidade que estes proporcionam contra o pecado, a doença e a morte.

Essa estrela polar, fixa nos céus da Ciência divina, será o sinal do aparecimento daquele que “sara todas as tuas enfermidades”, atravessou a noite, abrindo caminho através da escuridão e da tristeza, até chegar à glória. Ela enfrenta o antagonismo do erro, dirigindo palavras de Verdade e de Vida a ouvidos moucos e crenças indisciplinadas.

A estrela de Belém é a estrela de Boston, elevada ao zênite do domínio da Verdade, que do alto contempla a longa noite das crenças humanas, para romper a escuridão e fundir-se com a aurora.

A estrela de Belém é a luz de todas as épocas; é a luz do Amor, batizando hoje a religião imaculada, a Ciência divina, dando-lhe um novo norte e a pedrinha branca como sinal de pureza e permanência.

Os sábios seguem essa estrela-guia ; o pastor vigilante entoa em cânticos suas boas-vindas junto ao berço de uma grande verdade, e diz; “um menino nos nasceu”, cujo nascimento já não é tão milagroso como há vinte séculos; e “seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.

Meu coração se enche de alegria, porque em cada ano que se escoa constata-se o contínuo progresso da ideia da Verdade na Ciência Cristã; que cada novo ano é testemunha da balança que se ajusta mais para o lado de Deus, a supremacia do Espírito, como o revelam os triunfos da Verdade sobre o erro, da saúde sobre a doença, da Vida sobre a morte e da Alma sobre os sentidos.

“Vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade”; “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”. “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino”.

 

Avante, filhos sois da luz,

Quão estandarte erguei a cruz;

A tentação deveis calar,

Coroa eterna conquistar.

(Miscellaneous Writings, p. 320-321)

Na Cura, A Totalidade Do Espírito…-3

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– 3 –

O que é que pode derrubar as restrições que colocamos para nós mesmos e para os outros quando medimos nosso potencial e, dessa forma, o limitamos? Uma mudança mental que espiritualize nosso conceito de homem. A Sra. Eddy nos diz o que acontece quando fazemos isso: “A espiritualização do nosso conceito de homem abre as portas do paraíso, que os chamados sentidos materiais tentam fechar, e revela o homem infinitamente abençoado, reto, puro e livre, o homem que não necessita consultar estatísticas para conhecer a sua origem e idade, nem para saber até que ponto é homem, pois a todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus”.

Podemos dizer que uma pessoa fez tanto ou tão pouco em relação a um determinado assunto, que acabou perdendo sua noção de proporção. Aquilo de que sempre precisamos, e encontramos na Ciência, poderia ser chamado de noção divina da proporção. Nós a adquirimos quando colocamos de lado nosso conceito do homem que mede e é medido mortalmente, e substituímos a noção falsa pelo reconhecimento e pela crescente percepção do homem espiritual, o descendente e o representante de Deus.

E quando se trata de uma oração ou tratamento na Ciência Cristã? Por acaso curamos melhor quando aumentamos o número de orações? Somos mais bem sucedidos se resolvemos aumentar em vinte minutos o tempo dedicado a um tratamento hoje, em relação a um tratamento que demos ontem? Medir significa sempre limitar. Em realidade, a forma mais pura de oração ou de tratamento não considera quantidade, finidade ou tempo. Não é a duração de um tratamento que faz com que ele surta efeito, mas nossa devoção à qualidade espiritual que participa do infinito imensurável e eterno. Não julgamos a qualidade pela quantidade ou pelo tamanho físico de alguma coisa. Seria muito estranho determinar a bondade de uma pessoa pela sua estatura física, ou acreditar talvez que pessoas grandes são moralmente melhores do que as pequenas. A espiritualidade, a imensidão do pensamento, não estão fora do nosso alcance. A Sra. Eddy nos anima com as seguintes palavras: “A Ciência Cristã interpreta a Mente, Deus, pra os mortais.. É o cálculo do infinito que define a linha, o plano, o espaço e a quarta dimensão do Espírito”.

O homem criado por Deus, ou seja, nossa verdadeira identidade, vive para sempre fora do mundo tridimensional dos sentidos e de suas medições e limitações. Ele vive na dimensão ilimitada do Espírito. Esse é um fato que podemos começar a comprovar de maneira prática.

(ARAUTO DA CIÊNCIA CRISTÃ – DEZ 1997)

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Progredimos espiritualmente quando entendemos que o Espírito e toda a sua boa criação constituem a única realidade e que toda medição é mental. Ela se processa em nosso pensamento, quer estejamos tentando medir uma galáxia ou um átomo, um cacho de uvas ou um superpetroleiro. A medição envolve tempo e espaço, que são conceitos materiais encontrados apenas na mentalidade mortal temporal. Fitas métricas, relógios, calculadoras, tão úteis em nossa vida diária, fazem parte da consciência mortal, da mesma forma que o microscópio e o telescópio. Precisamos olhar para além de um conceito mortal de medida, para a realidade do Espírito e seu universo imensurável e desprovido de matéria.

Como então podemos eliminar as preocupações e as discórdias que nos ameaçam? Podemos compará-las, por assim dizer, com o infinito. Isso requer oração. Exige que cedamos ao poder do Cristo, a Verdade, que abre nosso pensamento à totalidade do espírito do bem puro, e à nossa natureza verdadeira, perfeita como semelhança do Espírito. Então percebemos que essas discórdias são pequenas ou mesmo nulas. E esse despertar traz a cura.

As discórdias não têm um tamanho intrínseco. Comparadas com o infinito divino, elas têm apenas o tamanho falso que erroneamente atribuímos a elas. Isso também é válido para as ameaças de doenças. Ciência e Saúde explica: “Uma moléstia não é mais real do que outra”.

Em determinada ocasião, eu lutava contra grandes pressões financeiras e profissionais. Certa noite, enquanto andava pelas ruas pensando nesses problemas, olhei para as estrelas no céu. A magnitude do cosmos fez com que minhas preocupações parecessem extremamente pequenas. Essa diminuição no tamanho de minhas preocupações me animou e foi o primeiro passo para resolver as dificuldades pelas quais passava, baseando-me na totalidade e na onipotência de Deus, o Espírito.

Qual a dimensão de um homem? Será que ele representa apenas uma partícula ínfima em um enorme cosmos, como os sentidos carnais pretendem sugerir? Não! Na Ciência, o homem é a expressão ilimitada do Espírito infinito, não um ser perdido e limitado em um canto insignificante de um universo material imenso, extasiado diante da imensidão da Divindade.

 

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Na Cura, A Totalidade Do Espírito…-1

 

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Pense nisso: são relativos nossos conceitos de medida, que incluem adjetivos como enorme, colossal, gigantesco, ou pequeno, insignificante, minúsculo. Uma coisa só é grande ou pequena, só é próxima ou distante, quando a relacionamos com outra. A cabeça de um alfinete pode ser pequena quando comparada com uma bola de basebol, mas se a compararmos com um fragmento de pólen, parecerá grande. A luz do abajur que ilumina minha escrivaninha está bem perto de mim, em relação à luz que vejo pela janela, iluminando a rua. Contudo, tanto a luz do abajur quanto a luz da rua estão bastante próximas a mim, em relação a uma estrela brilhando no céu.

Talvez essas considerações sejam óbvias, ou despertem apenas um pequeno e fugaz interesse. Mas pode ser muito bom desenvolver um conceito de proporção com uma base espiritual. Ficamos mais confiantes e realizamos mais curas na Ciência Cristã, quando entendemos por que qualquer problema aparentemente grande que enfrentemos é insignificante em relação à magnitude e ao poder do Cristo sanador, a Verdade.

Imagine Davi, enfrentando aquele enorme inimigo filisteu chamado Golias. Suas dimensões físicas aparentemente não impressionavam Davi. Em comparação com o Deus de Davi, o Espírito infinito, Golias era infinitamente pequeno. O “tamanho” do desafio de Davi não deve ter sido considerado nem temido em seu pensamento.

Podemos dizer que a Mente divina, Deus, é imensa, por assim dizer, se comparada com a chamada mente mortal, embora sob o ponto de vista científico a Mente divina seja ainda maior, pois ela é Tudo. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “O tudo é a medida do infinito, e nada menos pode expressar Deus”. Tudo aquilo que supostamente se encontra fora da totalidade divina, ou que a diminui, expressa a mente mortal, a mente que a tudo mede.

O tamanho de uma coisa, ou seja, seu comprimento, largura ou altura, é relativo. Expressa um conceito desenvolvido pela consciência temporal. A única dimensão absoluta é o tudo, a totalidade e a eternidade de Deus, o bem.

A pretensão da doença, da discórdia, do mal parece gigantesca apenas quando permitimos que a mente mortal, ou seja, a suposta consciência de que haja vida na matéria, e que é a mente que a tudo mede, a avalie para nós. É o sentido material que nos sugere que uma dificuldade seja grande. O sentido espiritual nos assegura que a totalidade é a dimensão do infinito, e que o nada é a medida do finito.

Um conceito de proporção vivido, claro e espiritual é apresentado na promessa de Cristo Jesus a seus discípulos: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível!”

 

 

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O Mal Não É O Que Aparenta Ser

BRILHOS

Há muitas coisas a pensar enquanto cumprimos nossa responsabilidade diária. Nossa família precisa de atenção; nossa casa, por modesta que seja, requer cuidado; há contas para pagar e compras para fazer; e ainda, é claro, nosso emprego, que nos proporciona o salário de que temos necessidade.

Podemos ser tentados a pensar que apenas os pensadores “profissionais” – religiosos, filósofos e outros semelhantes – ocupam seu tempo tentando compreender qual a ordem do universo, qual o significado e a natureza do mal e como o homem se relaciona com Deus. Cada um de nós, contudo, tem profundo interesse em compreender o que dá ordem e propósito ao mundo, em como Deus se relaciona conosco, em saber como lidar com o mal e a mágoa. É importante compreendermos que somos todos “pensadores” dos grandes temas que dão forma à nossa vida.

Pensei nisso quando fui confrontado com várias situações desafiadoras, todas ao mesmo tempo. E não é isso que às vezes parece acontecer? Os desafios chegam, um atrás do outro, até que nos perguntamos: “E agora, o que fazer?”

Eu orei enquanto cuidava de alguns assuntos rotineiros e de outras tarefas habituais, no emprego e em casa. Os detalhes dessa ou daquela tarefa não interromperam a linha de pensamento que procurei manter. Descobri, então, que não se alcançam soluções curativas remoendo problemas, nem tampouco nos irando ou nos desesperando com o mal que parece ter invadido nossa vida.

Essa forma de pensar fez com que eu ponderasse sobre Cristo Jesus. Sua compreensão das coisas não incluía a mistura do bem e do mal. Ele conhecia uma ordem universal estabelecida por Deus, que concede meios seguros de destruir o mal por meio do crescimento espiritual. Uma de suas parábolas veio-me à memória.

No Evangelho de Mateus existe uma parábola que descreve o reino de Deus. Compara-o a um homem que semeou boa semente no seu campo. “Mas enquanto os homens dormiam”, diz a parábola, “veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se”. De acordo com o “Interpreter`s Bible”, o joio é “uma erva daninha venenosa com barbas” que cresce até a altura do trigo.

O sensato proprietário do campo não entrou em pânico. Ele sabia que durante a ceifa o joio e o trigo seriam distinguíveis. O trigo poderia então ser separado do joio – o joio destruído , o trigo guardado em celeiros.

A confiança de Jesus na ordem espiritual de Deus não era uma mera questão de fé. Sua confiança era resultado de um discernimento da natureza da vida, sua lei divina e natureza espiritual. Essa compreensão da realidade é a essência da Ciência do Cristo e da cura cristã. Indispensável, nessa cura, é saber que o mal, seja qual for a forma que assuma, não é inerente ao homem que é filho espiritual de Deus. Não é sequer intrínseco ao pensamento. É, como as parábolas de Jesus ensinam, sempre distinto, um elemento estranho à ordem de Deus e à nossa verdadeira identidade.
A origem do mal sempre foi um enigma insolúvel, quando abordado do ponto de vista de que o mal é real e equivalente, se não superior, a Deus, o bem. Quando se acredita que o mal é um elemento básico da existência, seu desmascaramento e derrota não passam de tentativa infrutífera. Mary Baker Eddy escreve em Miscellaneous Writings:
“A origem do mal é o problema dos séculos. Confronta sucessivamente cada geração…”

“A essa questão a Ciência Cristã replica: O mal nunca existiu como entidade. Não passa de uma crença de que haja uma inteligência oposta a Deus…”
“A admissão mortal da realidade do mal perpetua a fé no mal, as Escrituras declaram que “daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência desse mesmo a quem obedeceis sois servos”. Essa notável declaração da Ciência Cristã, evidente por si mesma, de que o bem sendo real, seu oposto é necessariamente irreal, tem de ser apreendida em todas as suas exigências divinas.”

Para a mente humana é irônico que, quanto mais compreendermos, por meio da Ciência Cristã, a profunda irrealidade do mal, mais capacitados estaremos para confrontar e vencer o mal. Se consideramos que o mal tem autoridade e é equivalente ao bem divino, esse falso processo do pensamento tem um efeito hipnótico. Pode originar medo, pânico e uma sensação de estarmos dominados por aquilo que é oposto a Deus. Contudo, a oração, que nos afasta dessa ignorância espiritual, revela nosso direito espiritual de negar a legitimidade do pecado, da doença e, portanto, sermos guiados pela Mente divina, Deus, a fim de vencê-los.

De fato, quando começamos a ver que o erro não é criado por Deus e que, por isso, não tem o poder ou a presença que parece ter, o temor ao mal diminui. Voltamo-nos a Deus com a noção alentadora de que Ele é, de fato, onipotente e onisciente. Essa mudança de perspectiva representa uma diferença notável; reconstrói a nossa vida, que passa a evidenciar o poder da lei divina na reordenação da experiência humana. Isso abre nossa vida à influência sanadora do Cristo, a Verdade. Então não apenas negaremos o mal; começaremos a provar sua irrealidade.

O homem é bom; ele é criado por Deus. E essa identidade é a verdadeira natureza de cada um. Na prática da Ciência Cristã, contudo, não é suficiente declarar simplesmente estas frases metafísicas de maneira casual ou forçada, de forma dogmática. É necessário o estudo da mensagem espiritual da Bíblia e a pesquisa de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. Esse estudo, combinado com o alinhamento diário de nosso pensamento e ação com a lei de Deus, desenvolve o poder moral e espiritual que permite vencer tudo aquilo que tenta negar a bondade da criação espiritual de Deus. Assim vivendo, estaremos ajudando a curar a doença e a eliminar os males do mundo. É até mais do que isso; é a regeneração e a salvação que Jesus mostrou serem possíveis em nossa atual etapa de experiência.

 

(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã – Maio 1992)

A Quietude Da Oração, A Atividade Do Cristo

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Quando eu tinha oito anos, uma amorosa vizinha ficou sabendo que nada mais poderia ser feito para aliviar a intensa dor que eu sentia, provocada por mastoidite. Ela, no entanto, fez alguma coisa. Estendeu-nos a mão. Bateu à nossa porta e perguntou à minha mãe se podia orar por mim, de acordo com os ensinamentos da Ciência Cristã. Durante a noite a inflamação dos ouvidos drenou e eu fiquei completamente curada. O Cristo havia entrado em nossa casa.

O Cristo, a Verdade, está tão ativo na consciência hoje, como estava quando João registrou a mensagem do Cristo no livro do Apocalipse: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo”.

 Com frequência lembro-me dessa carinhosa vizinha que apresentou a Ciência Cristã a uma família que, há quatro gerações, vem recebendo suas bênçãos abundantes. Admiro sua confiança no poder sanador de Deus. Mais do que tudo, porém, tenho gratidão pela oração expectante que, sem dúvida, antecedeu sua visita corajosa e abriu caminho para o coração receptivo que aguardava portas adentro.

 Quantas vezes nós também somos confrontados com o anseio clamoroso de nosso próximo, quer seja um vizinho que more em nossa rua, ou alguém que viva do outro lado do globo! Nosso coração, em silêncio, chega até lá. Queremos ajudar. No entanto, somente se vestirmos o manto do Cristo, ou seja, se vivermos as qualidades crísticas de compaixão, pureza e dedicação à espiritualidade, é que poderemos ter certeza da receptividade que abrirá a porta ao Cristo sanador.

 Sem dúvida, é verdadeira a afirmação: “Precisas ser veraz, se a verdade queres ensinar./ Teu coração tem de extravasar, se o de outrem queres tocar.”

 Como, então, podemos ser de substancial auxílio ao coração faminto que clama por ajuda? Os problemas da atualidade são de tal monta que o mero esforço humano parece desconcertantemente inadequado. Incorremos no risco de nos desgastar, sem ao menos tocar a superfície do problema.

 Podemos, no entanto, nos sentir encorajados sabendo que há, na Ciência do Cristo, uma solução prática e eficaz para cada caso. Podemos estar certos de que a resposta para todos os males da humanidade é revelada pela Mente divina.

 Por meio de nossa silenciosa comunhão com Deus, a única Mente, na doce quietude da oração que se dispõe a ouvir, o pensamento torna-se receptivo à Mente divina, ou seja, ao que é divinamente verdadeiro. Discernimos, então, a ideia espiritual de Deus, o Cristo, que demonstra a presença e o poder do bem para curar e abençoar.

 Cultivemos, portanto, a confiança na quietude eloquente da oração. Precisamos estar atentos, porém, quanto à resistência à Verdade que tenta desviar nosso rumo com um anseio de fazer alguma coisa antes mesmo de estabelecer a oração, como base de nossos atos. A Ciência Cristã prova que a mera atividade humana, por si só, não realiza necessariamente muita coisa. A autodisciplina da oração põe em prática a superioridade da metafísica e prova que o ser é domínio e autoridade expressados. Regozijemo-nos por saber que nosso inato desejo de ajudar reflete o Amor divino, que é Deus.

 Esse Amor divino cinge e abrange a todos. Com a oração feita em silêncio, o pensamento se abre e se apercebe de que a voz da Verdade cobre todo o globo e abençoa toda a humanidade. Em sua própria quietude e disposição de ouvir silenciosamente, Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, ouviu o clamor de ajuda vindo da áfrica e dos mais remotos pontos da terra e atendeu a essa necessidade com suas próprias orações e com sua ativa espiritualidade. A Sra. Eddy sabia que a Verdade sobre Deus alcança o coração receptivo com a cura, onde quer que se encontre. Ela escreveu em Retrospecção e Introspecção: “Deus está em toda parte. Por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras até aos confins do mundo; e esta voz é a Verdade que destrói o erro, é o Amor que lança fora o medo.” Esse fato demonstrável está à nossa disposição para ser comprovado com alegria.

 Não deveríamos nos surpreender com a descoberta de que a oração silenciosa é eficaz. Aprendemos, na Ciência Cristã, a raciocinar a partir da realidade espiritual da totalidade de Deus. Aprendemos a aceitar a perfeição de Deus como a única causa e encontramos, assim, a consequente perfeição do reflexo de Deus, o homem e o universo.

 A oração inaudível talvez seja a coisa mais preciosa que fazemos. Essa comunhão com Deus, a única Mente, não é pensamento sonhador, nem construção de castelos no ar. É, no entanto, a compreensão consciente do fato científico sobre Deus e Sua criação espiritual.

 É encorajador saber que a oração é substantiva e eficaz. Auxilia a minorar a carência e o infortúnio humanos. A luz do Cristo projetada na consciência dissipa as trevas do desalento e do desespero. A apurada sintonia da serena comunhão com Deus traz à luz a grandiosa harmonia do Amor.

 A oração e o amor que dedicamos a nosso próximo são, portanto, ativos e específicos: nossa oração expressa-se em atos, tal como nossos atos devem ser, inevitavelmente, o resultado da oração. A Sra. Eddy escreve em “Miscellaneous Writings”: “O Amor não pode ser mera abstração, nem é bondade em atividade e poder. Como qualidade humana, o glorioso significado do afeto inclui mais do que palavras: é o terno e abnegado gesto feito secretamente; é a oração silenciosa e incessante; é o coração abnegado, que transborda; é um vulto velado que desliza em segredo numa missão humanitária e sai sem se deixar ver; são os pequeninos pés saltitantes na calçada; é a terna mão que abre a porta diante da carência e do desespero, da doença e do pesar, iluminando assim os lugares tenebrosos da terra.”

 Sim, a oração do Amor envolve atividade. O Amor alcança e inclui a todos. E essa é a atividade do Cristo, que dá provas de que a Mente divina está aqui e em todo lugar.

 A onipresença da Mente divina não necessita de fios ou de eletricidade para comunicar-se. Todo coração receptivo ouve sua mensagem. O bem está fluindo constantemente, a partir de sua fonte divina, porque o bem está sempre presente e é imediato.

 A comunicação espontânea pelo rádio e pela televisão dá um vislumbre da presença imediata da Mente divina. Nossa oração silente auxilia a assegurar que os meios de comunicação sejam usados para o bem e que os pensamentos materialistas não manipulem o pensamento desavisado. A qualidade dos meios de comunicação deve ser uma preocupação de todas as pessoas de bom senso, principalmente do metafísico que dá valor ao poder da quietude espiritual. Quão importante é reprimir a desinformação, sob a forma de informações enganosas, falsa educação ou mero sensacionalismo. Todas as pessoas, em qualquer parte do mundo, têm o direito de saber a verdade sobre Deus e o homem e de se libertar da ignorância.

 Cada um de nós pode exercer papel importante nos acontecimentos palpitantes que estão ocorrendo no mundo. Nossas orações e nossas obras sempre coincidem em atividade produtiva. Podemos ajudar a abrir a porta do pensamento do Cristo sanador.

 Nossa oração de afirmação desafia a resistência, seja sob a forma de indiferença ingênua ou ódio declarado à Verdade. A compreensão da unidade e da totalidade da Mente divina protege nosso direito divino de usar nosso próprio raciocínio.

 O homem real, o filho de Deus, possui inteligência e habilidade inatas para usar sua compreensão, sua receptividade ao bem, divinamente outorgada. Nenhuma forma de sugestão sutil pode privá-lo dessa capacidade.

 Os metafísicos que compreendem as verdades sobre a Ciência Cristã são de vital importância. Eles conhecem o poder da espiritualidade. Sabem que a semente da Verdade, inerente a cada coração, tem potencial para propagar-se. Cada um de nós possui o inestimável privilégio de gozar de liberdade e de ter o senso de oportunidade.

 Não se trata, portanto, de admitir que aqueles que têm alguma coisa dão ou partilham a imensa bondade de Deus com os que não têm. Trata-se, isso sim, da tranquila compreensão de que o sagrado plano da bondade divina infinita está sendo revelado para que todos o percebam e reconheçam.

 A essência da questão é que o cicio tranquilo e suave da Verdade está cobrindo toda a terra. Apercebemo-nos dessa evidência pela oração. Com regozijo oramos pela serenidade que ouve a Mente divina. Deixamos que a oração faça esse trabalho sagrado. O que pode ser mais glorioso do que a alegria de estender a mão a nosso próximo por meio da quietude da oração silenciosa?

 

(De O Arauto da Ciência Cristã – agosto 91)

A Prática Da Cura Pela Mente

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Não há coisa alguma que proporcione a um Cientista Cristão maior alegria e satisfação do que confirmar, na sua própria experiência ou na de outrem, a verdade contida na declaração de Mary Baker Eddy: “O poder sanador da Ciência Cristã é positivo, e sua aplicação é direta. Não pode falhar em curar todo caso de doença, quando empregado por alguém que compreende esta Ciência o suficiente para demonstrar suas mais elevadas possibilidades”.

Essas palavras e outras equivalentes, nas obras da Sra. Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, mostram que aqueles que fazem o esforço de compreender a Ciência do Cristianismo e percebem a natureza inteiramente espiritual de Deus e do homem, podem se apropriar do poder sanador da verdade do ser e comprovar sua aplicação às necessidades humanas.

Por exemplo: Um estudante de Ciência Cristã descobriu que sofria do que parecia ser um deslocamento de uma vértebra da espinha. A atividade física ficou-lhe tão reduzida que às vezes parecia estar acometido de paralisia parcial. Havia dias em que era difícil sentar-se ou deitar-se ou cumprir os deveres diários essenciais sem sentir dores atrozes. Os maus presságios que vinham como sugestões e anunciavam doenças extremamente ruins, o assediavam muitas vezes, querendo dominar sua faculdade de pensar, com argumentos de invalidez.

Como Cientista Cristão dedicado, consagrou-se a lidar com essas sugestões pela oração. Concedeu-se um tratamento tal como está indicado no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria da Sra. Eddy. Negou a realidade desse estado, classificando-o como uma crença obstrutora e rejeitou os argumentos falsos que o queriam induzir a que os aceitasse como se fossem reais e capazes de causar-lhe sofrimento. Reconheceu com gratidão que Deus está sempre presente com Seu Amor sanador e reivindicou sua própria perfeição como filho de Deus. Dentro de pouco tempo recuperou-se completamente. Pois bem, que poder foi esse, no seu modo espiritual de raciocinar, que o tornou tão potente na destruição do erro?

No trabalho de cura, o Cientista Cristão compreende que tratar de uma falsa crença significa lidar com ela, e assim destruí-la. Significa utilizar a compreensão espiritual adquirida no estudo da Ciência Cristã a fim de eliminar do pensamento as falsidades da mente mortal e encher o pensamento com a verdade imortal. Essa atividade espiritual e mental eleva o nosso pensamento até a eterna verdade de que o homem, o reflexo do Espírito, é inteiramente semelhante a Deus, nunca sujeito às pretensões falsas e ilusórias de uma mente má separada de Deus, a qual exerce poderes imaginários sob a forma de pecado ou doença. Falando de um modo geral, isso é o que constitui um tratamento na Ciência da cura pela Mente.

O livro Ciência e Saúde estabelece uma regra para esse tratamento, a qual é cientificamente exata e eficaz para ser aplicada à vida diária. O Cientista Cristão inicia seu trabalho de cura a partir do Princípio, isto é, começa por afirmar a verdade acerca da lei de Deus, a da criação de Deus como sendo espiritualmente perfeita.

No livro-texto encontramos esta orientação específica: “O ponto de partida da Ciência divina é que Deus, o Espírito, é Tudo-em-tudo, e que não há outro poder ou outra Mente – que Deus é Amor, e por isso, Ele é Princípio divino.” Todo tratamento começa, portanto, com o Princípio, a lei da Mente divina, a estabelecer confiança na onipotência de Deus e na supremacia do bem. O tratamento põe claramente em destaque que é impossível existir qualquer outro poder ou inteligência que possa perturbar ou invadir a inquebrantável harmonia e a ordem eterna do ser do homem.

Logo depois de termos considerado Deus, não no sentido de tempo, mas na ordem do ser científico, encontramos o tema do homem; portanto, nosso raciocínio a respeito do homem tem que ser específico. Não podemos pensar no homem de uma maneira vaga ou indefinida, porque o homem é tão definido e eterno quanto Deus. Em perfeita concordância científica com o primeiro capítulo do Gênesis, a Ciência divina define o homem como a imagem espiritual ou o reflexo de Deus. Com o discernimento do relacionamento eterno entre o homem e Deus, vemos que o conceito do homem como espiritual e sempre perfeito em Deus tem de ser a base de nosso tratamento. É preciso que se compreenda esse fato fundamental na Ciência Cristã. Essa é uma verdade subjacente à prática da cura bem sucedida.

Toda prática correta nesta Ciência tem de estar baseada nos fatos do Espírito, porque a cura na Ciência Cristã é a cura divina. A prática mental, portanto, tem de ser mais do que mental, tem de ser espiritualmente mental. Tem de ser uma afirmação científica e cristã da perfeição de Deus e do homem – uma perfeição que se evidenciou em Cristo Jesus e foi por ele demonstrada – fato esse que a Sra. Eddy elucida na sua explicação do Princípio da regra da Ciência Cristã.

O tratamento correto prova que a lei divina da cura metafísica exige uma clara percepção do relacionamento espiritual existente entre Deus e o homem. Lá onde a consciência humana obscurecida vê desarmonia, o praticista tem que ver a perfeição de Deus, e discernir o homem, a expressão de Deus, mantido em perfeição pela lei divina. Dessa maneira, faz com que a inteligência divinamente iluminada incida sobre quaisquer falsidades de crença que pareçam estar presentes.

Além de saber e de declarar aquilo que é verdadeiro sobre Deus e o homem, é importante conseguir uma visão científica daquilo que parece ser verdadeiro na experiência humana, mas não é. Assim como entendemos o poder da Verdade, também precisamos entender que o mal e a doença são destituídos de poder. A coisa mais importante que precisamos saber acerca do mal é que ele existe apenas na crença falsa, que é apenas o suposto poder da mente mortal em ação. A Sra. Eddy deu o nome de magnetismo animal à atividade oculta ou à atividade visível do erro em todas as suas formas. O Cristo é a atividade legítima da Verdade na consciência humana; por isso o magnetismo animal tem de ser o contrário, ou seja, a assim chamada atividade do erro na crença humana.

O praticista da Ciência Cristã esforça-se por despertar a outros do sonho do magnetismo animal, e por manter-se espiritualmente desperto. A cura mencionada no começo deste artigo exigiu a compreensão de que o bem é a verdadeira natureza de Deus. Fez com que o pensamento repelisse energicamente a crença no mal e ao mesmo tempo livrou o corpo dos efeitos da crença de haver algum mal em atividade.

Nos livros da Sra. Eddy acham-se muitas normas para tratamentos, as quais mostram o método prático de derrubar a mentira material pela aplicação do fato espiritual. Um desses trechos específicos diz: “A moléstia é sempre provocada por um falso conceito mentalmente cultivado, não destruído. A moléstia é uma imagem exteriorizada do pensamento.”

Um conceito metafísico e uma análise da doença tão exatos como esses fornecem elementos para que o praticista veja que a crença numa mentira ou um sentido falseado das coisas é tudo quanto propriamente tem de ser curado. A prática reside na percepção de que a doença é uma suposição da crença humana, e que essa suposição é o reverso da realidade – em outras palavras, a mentira sobre alguma coisa.

Lidar com uma mentira específica consiste em saber a verdade específica sobre tal mentira. O tratamento ocupa-se com a crença específica à qual alguém se apega ignorante ou voluntariamente, e substitui a crença na dor, ou no pecado, pelos fatos inerentes a um Deus perfeito e um homem perfeito. A idéia espiritual na consciência humana possui o poder, a lei e a regra para efetuar a substituição. Essa compreensão espiritual é o Cristo, o poder de ver o homem tal como este é em realidade.

Um tratamento requer um sistema de pensar claro, conciso, uma compenetração vívida dos fatos espirituais e uma compreensão da nulidade do mal que seja decisiva e tenha autoridade. O praticista tem de ter confiança naquilo que sabe ser espiritualmente verdadeiro acerca de Deus e do homem, e ser específico. Precisa possuir uma compreensão positiva da realidade. Para ele a verdade é definitiva, decisiva—a força dinâmica da salvação. Não encontra serventia em frases estereotipadas, em fórmulas, ou na simples repetição de citações.

As palavras de um tratamento na Ciência Cristã só podem exercer poder se forem compreendidas espiritual e praticamente. As palavras de nosso tratamento só têm poder se vivermos e pensarmos em concordância com o Cristo. Sem uma genuína similitude ao Cristo, o mero conhecimento da letra da Ciência divina é vão.

A percepção na cura dos doentes significa um profundo pendor para as coisas do Espírito e a ausência de um modo de pensar superficial. Viver as qualidades inerentes ao Cristo é fundamental na prática da cura pela Mente. Pautarmos nossa vida pelo cristianismo mais elevado é indispensável para adquirirmos poder espiritual no curar.

No capítulo intitulado A Prática da Ciência Cristã, do livro Ciência e Saúde, há muitas referências às qualidades cristãs essenciais para a prática da cura espiritual genuína. Elas dão destaque à necessidade de se ter compaixão, afabilidade, gentileza, meiguice, pureza e desprendimento.

O sanador faria bem em examinar seus pensamentos a fim de aquilatar o grau de sua similitude com o Cristo. O Cristo que vivemos é o mesmo Cristo que Jesus viveu e comprovou ter o poder de curar. Nas palavras de Paulo, é o crescer no “conhecimento do Filho de Deus”, até “à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”, que nos dá autoridade no ministério da cura. O estudante imbuído do Cristo pode praticar, com confiança, a cura pela Ciência Cristã.

O mundo necessita daqueles que querem praticar a verdade pura e sanadora do cristianismo restabelecido pela Ciência Cristã. De fato, todo estudante sincero desta Ciência da cura pela Mente põe esta Ciência em prática em tudo quanto faz. E o conhecimento espiritual de cada um aborda o problema da salvação universal, pois que a visão da realidade espiritual não tem limites no alcance de sua influência sanadora.

 

F I M

 

Como Vencer A Carência

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É perfeitamente possível alguém atravessar, sem perturbar-se, esta época de desafios econômicos, tendo tudo o de que necessita. Na verdade, qualquer pessoa pode começar a eliminar a carência de seu pensamento e de sua vida agora mesmo. Todos têm o mesmo direito de estarem livres da pobreza, bem como do pecado e da doença. E essa libertação é possível pela compreensão de que o homem é a criação espiritual de Deus, o bem ilimitado, e que temos o direito de irradiar o bem infinito de nosso verdadeiro ser aqui e agora.

A despeito da crença do mundo de que somos mortais com necessidades materiais, as quais terão, de alguma maneira, que ser supridas de fora de nós, somos, na verdade, os descendentes perfeitos e espirituais de Deus, mantidos por Deus num eterno estado de inteireza.

Encontramos na Bíblia inúmeras afirmações que mostram ser a carência ilegítima. Por exemplo, no primeiro capítulo do Gênesis é-nos revelado claramente que Deus deu ao homem que ele criou, domínio sobre toda a terra. Mas quão pequeno domínio há ao labutarmos por ganhar com árduo esforço o dinheiro suficiente para despesas com alimentação e aluguel! A solução é compreender que não somos mortais, que nosso Pai-Mãe nos criou como Sua expressão espiritual, para expressarmos a Sua abundância—não para rastejarmos pelo bem. “A Ciência Cristã revela a possibilidade de se conseguir todo o bem, e põe os mortais a trabalhar para descobrir o que Deus já fez…”, escreve a Sra. Eddy. O Princípio divino concluiu o seu trabalho. Quando Deus nos criou, não deixou faltar coisa alguma, nem mesmo um til, a tudo o de que Lhe temos de prestar alegre e perfeito testemunho. Tudo o que os falsos sentidos físicos podem fazer é fechar nossos olhos—segundo a crença—para o bem espiritual infinito que sempre tivemos.

Cristo Jesus mostrou à humanidade como dominar o receio de não ter o suficiente. Revelou o lugar exato de todo o bem verdadeiro—sua infinidade—quando declarou: “Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro em vós”.(Lc 17:20-21).

Jesus também revelou o cuidado magnânimo de Deus por Seus filhos na parábola do filho pródigo, que dissipara a sua herança. Recobrando finalmente o bom senso, o jovem retornou à casa, conta-nos Lucas. Para aquele pecador maltrapilho, quaisquer roupas velhas serviriam, mas, não! O pai amável e generoso mandou que preparassem para o filho a melhor roupa, um anel, sandálias e uma festa suntuosa. Disse-nos o Mestre que é desta maneira que nosso Pai celeste nos trata quando recuperamos a consciência e voltamos para casa – quando despertamos por meio do Cristo, a Verdade, para nossa verdadeira condição de descendentes espirituais de Deus e para o bem que nos pertence eternamente. Jesus também nos ensinou como demonstrar abundância continuamente: “Daí, e dar-se-vos-á: boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Qualquer que seja o nosso campo de trabalho, colocando em prática nossa verdadeira identidade através de atividades altruísticas, através de ações amáveis para com outros, recebemos, em troca, o suprimento de nossas próprias necessidades.

Alguém pode não estar conseguindo demonstrar a abundância de seu ser verdadeiro porque, como o incrédulo Tomé, está pensando: “Mostre-me o dinheiro e então acreditarei que Deus pode me suprir com o suficiente para o pagamento do aluguel”. Mas Deus exige que tenhamos igual confiança radical n’Ele quando estamos passando por necessidades financeiras como quando temos dificuldades físicas. A pessoa deve olhar além do que os sentidos materiais estão dizendo a seu respeito e acerca de sua situação financeira e reconhecer-se como a ideia completa do bem inexaurível, incapaz de experienciar limitação de qualquer espécie. Para curar a crença de carência precisamos compreender que a onipresença do Espírito é a única substância verdadeira. “Não acreditar no erro destrói o erro, e leva ao discernimento da Verdade”, é afirmado em Ciência e Saúde. Sendo a carência uma forma de erro, sabemos, então, que descrer da carência a destrói, e faz com que a afluência imutável do homem seja reconhecida e demonstrada.

Quando alguém supera o pensamento limitado e recesso, deixa de delinear a maneira pela qual Deus vai suprir às suas necessidades. Desenvolve uma condição de naturalidade em relação ao suprimento e identifica os recursos infinitos do Amor divino. Se Jesus pôde encontrar na boca de um peixe os recursos necessários para o pagamento de impostos, será que precisamos nos preocupar com a maneira pela qual Deus satisfará às nossas necessidades?

Quando a prosperidade se manifesta, a pessoa deve vigiar para que não venha a adorar no santuário de sua própria capacidade e engenho. A abundância deve fazer com que nos tornemos mais humildes, reverenciemos o trabalho maravilhoso de Deus, atentos para o fato de que somente Deus é a fonte do bem.

Às vezes, um indivíduo pode sentir-se mais do que simplesmente limitado de um ponto de vista financeiro. Perda de emprego, dívidas acumuladas e nenhuma forma visível de superar a situação podem mesmo fazer com que alguém fique tentado a desistir. Entretanto, tais condições não existem no reino de Deus, o reino do real. O bem nunca cessou para o filho de Deus: assim, não tem de ser arduamente reavido. Compreendendo-o, a pessoa verá que sua saúde financeira é restaurada na maneira incomparável da Mente.

É correto ter tudo o de que necessitamos – ter abundância. É impossível não tê-la quando alguém entende o fato de que, como ideia de Deus, reflete continuamente a abundância do Espírito infinito. A Ciência Cristã esclarece o mal-entendido de muitas pessoas tementes a Deus, que imaginam que, de alguma maneira, alguém se chega mais ao Pai quando está carente de bens mundanos. Quando alguém percebe que o seu verdadeiro ser é a própria ideia do bem ilimitado, simplesmente não pode continuar tendo carência.

Um dos alunos da Sra. Eddy lembra suas palavras: “Quando comecei a estabelecer a Causa precisava de dinheiro, mas agora aprendi que Deus está comigo, que Ele me proporciona tudo e que não posso sentir falta de nada”. Ela também disse: “Quando você se coloca diante de um espelho e olha para o seu reflexo, este é o mesmo que o original. Ora, você é o reflexo de Deus. Se as mãos d’Ele estão cheias, as suas mãos também estão, se você O reflete. Você não pode conhecer a carência”. Manter persistentemente em nosso pensamento que o homem, como reflexo espiritual de Deus, tem tudo o que Deus tem, agora, transformará a experiência de qualquer pessoa, mantendo-a em linha com a Lei Divina do Bem Ilimitado.

 

(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã)

No Cálculo Infinito Do Espírito

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Deus cria e governa o universo, inclusive o homem. O universo está cheio de ideias espirituais, que Deus desenvolve, e elas obedecem à Mente que as cria.

Na Ciência da Mente raciocinamos partindo da causa para lhe achar o efeito e começamos com a Mente, a qual tem de ser compreendida através da ideia que a exprime e que não pode ser percebida através de seu oposto, a matéria. Chegamos assim à Verdade, ou à inteligência, que desenvolve sua própria ideia infalível e nunca pode ser coordenada com as ilusões humanas.

Os minerais compostos ou substâncias agregadas que compõem a terra, as relações que as massas constituintes têm entre si, as magnitudes, as distâncias e as revoluções dos corpos celestes, não têm importância real quando nos lembramos de que tudo isso tem de dar lugar ao fato espiritual, pela trasladação do homem e do universo de volta ao Espírito. Na proporção em que isto se der, descobrir-se-á que o homem e o universo são harmoniosos e eternos.

A noção de ser material o universo é inteiramente contrária à teoria de que o homem tenha evoluído da Mente. Tais erros fundamentais introduzem falsidades em todas as doutrinas e conclusões.

As substâncias materiais ou formações terrestres, os cálculos astronômicos e toda a miuçalha de teorias especulativas baseadas na hipótese de que há uma lei material, ou de que há vida e inteligência residentes na matéria, desvanecer-se-ão, finalmente, tragados no cálculo infinito do Espírito.

*

 

 

Integridade E Cura

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O método de cura da Ciência Cristã é inteiramente mental, ou seja, espiritualmente mental. Não penetra nele nenhum elemento de matéria nem de energia mental imbuída de mortalidade. Implica na destruição de tudo o que é errado e ruim na experiência humana, por meio da compreensão e expressão da verdade espiritual, a qual é sempre correta e boa.

A preparação para se tornar um sanador da Ciência Cristã exige o desenvolvimento da espiritualidade, de acordo com a integridade ensinada e vivida por Cristo Jesus. Envolve aprender a reconhecer, como ele o fez, que a Vida é Deus e que o homem real, criado por Deus, é espiritual, amoroso e belo, criado e mantido totalmente perfeito, sob todos os aspectos. Exige também progresso diário, não apenas no reconhecimento desses fatos a respeito da presença de Deus, o bem, e de Sua ideia perfeita, o homem, mas em vivenciá-los, ou seja, manter o pensamento em linha com o que é divinamente real, e, ao fazê-lo, demonstrar a presença do bem, não apenas para si mesmo, mas também para os outros. Isso significa que devemos nos empenhar para haver perpetuamente em nós aquela Mente “que havia também em Cristo Jesus” (Filipenses 2:5, conforme a Bíblia King James), para que possamos sempre honrar a Deus, o Espírito divino, em atos e também em pensamentos, e continuamente expressar as qualidades da Verdade e do Amor, demonstrando a perfeição espiritual e a eternidade da Vida com absoluta integridade, como ele o fez.

A integridade espiritual, a qual exige não apenas que falemos a verdade, mas que também a vivenciemos, está entre as qualidades cristãs essenciais que devemos expressar a fim de curar. Em realidade, é natural que todos devam expressá-la. A integridade é uma qualidade de Deus, o Princípio divino e, portanto, uma qualidade do homem, a ideia de Deus e Sua imagem exata. Quando a expressamos, provamos, até certo grau, a união do homem com Deus, a Verdade, e, ao mesmo tempo, a presença em nós do bem espiritual. Quando se consegue demonstrar a presença do bem, prova-se a ausência do mal, o suposto contrário ao bem. Nesse ponto, o medo, a doença, a carência, toda a discórdia rendem-se à alegria, à saúde, à abundância e à harmonia no acontecimento abençoado que os seres humanos chamam de cura. A única maneira possível de se destruir verdadeiramente o mal mental que talvez possa se manifestar como discórdia física e doença é ter fé na presença do bem e demonstrá-lo. É incontestável que dois erros nunca fazem um acerto. Somente o correto anula o errado. Da mesma forma, somente a verdade neutraliza o erro, o bem destrói o mal, o amor supera o ódio.

Mary Baker Eddy insiste em que qualquer pessoa que deseja ter êxito na cura por meios espirituais, deve expressar um alto grau de força moral e integridade, uma vez que a destruição do mal, sob qualquer forma, só pode realmente acontecer quando embasada na demonstração do Princípio perfeito e Sua ideia perfeita. Ela escreve: “O bem deve predominar nos pensamentos de quem cura, do contrário sua demonstração se protelará, será perigosa e impossível na Ciência. Um motivo mau implica fracasso. Na Ciência da cura-pela-Mente é imperativo ser honesto, pois a vitória está do lado da retidão imutável” (Ciência e Saúde, p. 446).

Jesus, um homem da mais elevada integridade, exigia o mesmo padrão elevado dos outros. Ele repreendia a desonestidade, sob todas as formas. O Mestre se preocupava não apenas com ações, mas também com pensamentos, e insistia no fato de que tanto os pensamentos quanto as ações deveriam coincidir com as palavras. Ele chamava os fariseus de: “sepulcros caiados”, hipócritas, e alertava as multidões e seus discípulos a não seguirem o exemplo deles, pois dizia que, apesar de seu muito saber, eles “dizem e não fazem” (ver Mateus 23:3).

Aquele que diz, mas não faz, perde sua capacidade de curar. Mostra que o bem não predomina em seu pensamento a ponto de governar suas ações. Ele não demonstra sua união com o Princípio divino, nem que Deus, a Verdade, e o homem, a ideia perfeita de Deus, estejam presentes. Ele perde o direito de exercer a autoridade crística dos filhos de Deus, a de negar e destruir a crença mesmérica do mal para o benefício de outros, uma vez que ele não a negou nem a destruiu para si mesmo. Mas, a qualquer momento, ele pode recuperar seu direito e seu poder de curar, retornando ao padrão da verdadeira consciência, e provando sua integridade por meio de sua fidelidade a esse padrão.

Qualquer um que tenha compreendido até certo ponto, por intermédio da Ciência Cristã, o fato de que a matéria não tem substância real, mas que é somente a objetivação do pensamento mortal, deve saber que nada que seja material é, em si mesmo, tanto prejudicial como benéfico, que não pode ser venenoso para a humanidade sob uma determinada forma e curativo sob outra. Essa pessoa pode repetir “a exposição científica do ser”, que consta em Ciência e Saúde, como parte de sua oração diária para si mesmo e para o mundo e realmente acreditar que: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo” (p. 468). A integridade, contudo, exige que essa declaração seja mais do que meras palavras.

A fim de demonstrar a totalidade de Deus, a Mente, que cura a todos, é essencial que o aspirante a praticista confie na verdade espiritual para curar suas próprias dificuldades. Ele deve vencer tanto o medo da matéria quanto a fé que tem nela, e utilizar apenas meios espirituais para manter sua própria saúde e harmonia. Por exemplo, não deve pregar a confiança em Deus e depois tomar um comprimido para aliviar a dor de cabeça, ou recomendar tal remédio para outros, pois tal conduta induz à perda da capacidade de curar por meios espirituais. Ciência e Saúde nos adverte: “Se tu mesmo estiveres enredado na crença de que existe moléstia ou pecado e lhes tiveres medo, e se, conhecendo o remédio, deixares de usar as energias da Mente em teu próprio favor, não poderás exercer senão pouco ou nenhum poder para ajudar a outrem” (p. 455).

Entretanto, um estudante da Ciência Cristã, por conhecer a verdade e vivenciá-la, é sincero. Sua integridade o sustentará e ajudará a equipá-lo para a prática bem sucedida da cura cristã, em benefício dos outros.

(Artigo publicado originalmente na edição de The Christian Science Journal de outubro de 1973).

Alegria E A Cura Da Depressão

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Um jovem ia a assobiar e a cantarolar enquanto caminhava pela rua. Um homem que passava perto perguntou-lhe: “Por que é que estás tão contente?” O jovem pensou por um momento e respondeu: “Você precisa de um motivo para estar contente?”

Certamente, há coisas que nos fazem felizes e que são normais, apropriadas e expressam algo do cuidado de Deus por Sua criação, como, por exemplo, um bom emprego que traz satisfação, um local adequado para viver ou amigos queridos.

Mas, à medida que progredimos em nossa compreensão espiritual de Deus, começamos gradualmente a deixar de buscar em pessoas, lugares e coisas a razão para a nossa felicidade, buscando-a em nosso Criador, a fonte da verdadeira e permanente alegria e satisfação.

Estaremos discriminados por não termos alcançado um certo objetivo? Será necessário que ele se concretize para ficarmos felizes? Então, talvez precisemos adquirir um melhor conceito da alegria que já pertence ao homem como semelhança de Deus. A nossa alegria, no momento, deve ser natural e contínua.

As circunstâncias não nos podem dar satisfação permanente, pois estão sujeitas a mudanças, por vezes bruscas – agradáveis agora e desagradáveis daqui a pouco. Elas estão baseadas na avaliação da mente humana mortal, que as considera boas e agradáveis ou más e desagradáveis. Mas a única fonte genuína e permanente do pensamento é a Mente divina, Deus, o Amor perfeito.

Em última análise, a verdadeira felicidade está baseada numa compreensão espiritual de sermos inseparáveis do Amor divino. À medida que espiritualizamos nosso pensamento através da oração, de um estudo profundo da mensagem inspirada da Bíblia, de uma compreensão crescente do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria da Sra. Eddy, e de uma crescente expressão de pureza e amor, cultivamos esta compreensão e nossa vida é regenerada. Buscar a Deus em primeiro lugar, fazê-lo nossa primeira opção, torna-se nosso primeiro desejo e objetivo na vida. Lentamente, mas com segurança, abandonamos o sentido limitado e deprimente de que o bem tem sua origem nas pessoas, lugares ou coisas. Em vez disso, apercebemo-nos de que, como reflexo de Deus, incluímos todo o bem e que Deus é a sua fonte. Então, uma vez abandonada a visão limitada e materialista, tudo o que é normal e correto começa a aparecer. Cristo Jesus disse-o de modo sucinto:

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o Reino e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

Apesar disso, o pensamento materialista declara o oposto. Ele diz:

“Preciso de algo ou de alguém para me fazer feliz ou, pelo menos, satisfeito. Talvez eu possa sair dessa profunda depressão, tomando drogas ou bebendo. Talvez eu precise de prazeres sensoriais ou de um grande divertimento. Pelo menos isso pode servir como alívio temporário para a minha depressão”.

No entanto, permanece o fato de que a felicidade tem uma fonte divina. Como a Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: “A felicidade é espiritual, nascida da Verdade e do Amor. Não é egoísta; por isso, não pode existir sozinha, mas exige que toda a humanidade dela compartilhe”.

Sim, a felicidade é uma qualidade da Verdade e do Amor. E quando expressa num viver cristão e cheio de amor, ela brilha com alegria e aumenta dentro de nós. Ela satisfaz nossa necessidade e a do nosso próximo na proporção em que a expressamos. Ela satisfaz, em certa medida, a necessidade do próprio mundo, porque sua origem é a própria fonte luminosa e rejuvenescente da Vida divina!

Essa maravilhosa qualidade espiritual torna-se mais natural para nós à medida que percebemos que ela é inerente à nossa própria individualidade que faz parte da nossa herança divina. Podemos perceber assim que é da vontade de Deus que nós expressemos alegria.

E que dizer da depressão? Não será ela realmente o resultado de não nos sentirmos amados? Isso pode parecer muito legítimo, mas não é um sentimento que vem de Deus, pois Ele está sempre a amar-nos, envolvendo-nos na Sua amorosa e terna totalidade. Então, se queremos sentir-nos amados e despir o manto preto da depressão, podemos fazê-lo. Como? Voltando-nos para o Amor divino em oração, permitindo que os pensamentos amorosos de Deus encham nossa consciência com sua luz e poder vitalizantes.

Mas, uma vez cheio nosso “celeiro” mental”, não podemos deixar que o “cereal” estrague. Temos de partilhar o amor espiritual que sentimos, expressá-lo a outros na forma de interesse pelo seu bem-estar, num sorriso, numa palavra simpática ou numa boa ação. E, acima de tudo, podemos vê-los como filhos de Deus – espirituais, completos, inteligentes e amados. Podemos saber que eles não são, na verdade, personalidades físicas sujeitas aos altos e baixos das circunstâncias, mas descendentes incorpóreos da única Mente amorosa, divina e imortal. Essa correta perspectiva é cristãmente científica e traz cura.

À medida que vislumbramos essas grandes verdades e as pomos em ação, vemos que o homem (a verdadeira individualidade de cada um de nós) está totalmente separado do mal. Sua verdadeira identidade, como ideia espiritual de Deus, já está e sempre estará livre da depressão ou de qualquer outra condição negativa. Essa verdadeira individualidade habita para sempre no amor e bondade de Deus – inspirada, incontaminada e completa.

Numa dada ocasião comecei subitamente a ter crises de depressão. Depois de orar, percebi que estava perturbado pelo sofrimento que há no mundo, sem dúvida uma preocupação para qualquer pessoa que se importa com os problemas dos outros e que quer ajudar a humanidade. Pensamentos desesperados apareceram, insistindo em que não havia soluções práticas. Essa depressão bloqueou a ideia ilimitada de que, através da oração, podiam aparecer respostas certas. Quando esses pensamentos intrusos batiam com toda a força à porta mental, perguntava a mim mesmo: “Qual é a solução?” Tornou-se claro que um estado mental depressivo não iria ajudar. Dei-me conta da necessidade de vigiar o meu pensamento mais profundamente e expressar a todos, incluindo a mim mesmo, mais daquela alegria e daquele amor derivados de Deus, que contribuem para a cura.

Percebi que tinha de ser obediente à admoestação da Sra. Eddy para nos defendermos da sugestão mental agressiva. Precisava permanecer mais na totalidade todo-amorosa de Deus, que expulsa – exclui – o pensamento que pretenderia fazer do mal uma realidade. Isso não significa que ignoremos o sofrimento humano, mas apenas que não permitiremos que o poder curativo de Deus seja esquecido. Na proporção em que reconhecia e afirmava a total presença e onipotência de Deus e me agarrava a essa realidade com toda firmeza e vivacidade – rejeitando tudo o que fosse diferente do bem – a depressão começou a desaparecer rapidamente. E ao expressar cada vez mais a boa disposição e o amor por todos, o estado mental depressivo desvaneceu-se.

Comecei a ver então alguns sinais de ajuda a países e populações distantes, evidência de que o Amor de Deus estava, de fato, presente. E senti-me impelido a aumentar a minha contribuição para uma organização humanitária que tem, desde há muitos anos, desempenhado papel importante ao ajudar povoações a saírem da pobreza, de maneira digna.

Deus nos ama. Por isso é vital para o nosso bem-estar que amemos a nós e aos outros com um amor espiritual, com um cristianismo que reflita a bondade curativa de Deus. É reconfortante saber que nossa capacidade para fazer isso vem do próprio Deus e é, por essa razão, ilimitada.

Quando estamos deprimidos com as condições do mundo ou qualquer outro desafio, a resposta curativa é lembrar que só o bem é real. E que, apesar das aparências, Deus reina e podemos regozijar-nos em saber que Seu governo é supremo. Seu universo espiritual está intacto agora mesmo, e um claro reconhecimento dessa verdade ajuda a abrir caminho para que esse fato se torne mais aparente mesmo nos cantos mais longínquos do mundo.

Essa percepção curativa, baseada na lei espiritual, nos eleva,renova, revigora e restaura. Ela nos dá domínio e satisfaz nossa necessidade de consolo espiritual. Pode até fazer com que tenhamos vontade de cantar. Então, tal como o Salmista, podemos declarar: “A bondade de Deus dura para sempre.”

(Transcrito de O Arauto da Ciência Cristã )

 

 

O Plano Mais Elevado Na Demonstração

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Quer sejamos novos na Ciência Cristã, quer sejamos “veteranos”, é natural estarmos desejosos de demonstrar seus ensinamentos de modo mais eficaz. Para isso, precisamos elevar-nos a um plano mais alto.

Nossa demonstração se eleva na proporção em que aumentam nossa compreensão e espiritualidade. A Sra. Eddy escreve: “O caminho é a Ciência divina absoluta: andem nele; mas lembrem-se de que a Ciência é demonstrada em graus e nossa demonstração se eleva apenas na proporção em que nos elevamos na escala do ser”.

Que é a demonstração? Esse termo deriva de uma palavra latina que significa “mostrar”. A demonstração implica mostrar algo. Como, na Ciência divina, Deus e Sua ideia é tudo o que de fato existe, a demonstração é, em essência, uma mostra de Deus, ou o bem. É o aparecimento do ser real. É a exposição, ou descoberta, para o sentido humano, do que é verídico e divino. Por outro lado, o pecado, a doença e a mortalidade expressam a crença de que a mente carnal possa demonstrar-se, ou manifestar-se. Cada vez que ocorre a cura espiritual, tal alegação é refutada.

A demonstração na Ciência Cristã não origina uma nova situação, mas revela o que já está presente. Demonstrar é remover o véu que obscurece a realidade espiritual presente. É trazer à luz o que sempre existiu e sempre existirá.

O que é que faz a demonstração? A consciência espiritual, os praticistas da Ciência Cristã, a oração realizam a demonstração. Há várias respostas, mas quando nos situamos no plano mais elevado, reconhecemos que Deus é Tudo-em-tudo e faz tudo. Ele é o único agente, o único executante. Ele é o único Criador do universo espiritual e do homem. E Deus, como a Fonte única de todo ser, o iniciador de todo movimento, ação e evento reais é, num sentido profundo, o único demonstrador.

Admitir isso, praticar essa verdade da melhor maneira possível, significa elevar-nos a maiores altitudes na escala do ser. É elevar-nos ao mais alto plano possível. Em consequência, a noção de que sejamos demonstradores humanos desaparece.

Quando, partindo de uma base espiritual sólida, admitimos, com sinceridade, que Deus é o único agente, aquilo que aparece como sendo nossa demonstração de cura fica mais nítido. Nossas demonstrações ficam menos confusas e não se atrasam devido a uma visão mortal das coisas. Requerem menos labuta e são mais naturais e espontâneas. A origem e a espinha dorsal da demonstração são divinas e não humanas.

Demonstração requer que demos absolutamente tudo a Deus. É uma oportunidade especial de afirmar que tudo que é real começa com Deus, e não com o homem, nem mesmo com o homem real feito à semelhança de Deus. Isso é fato: nem mesmo o homem real origina algo. Considerando-se que demonstração é Deus expressando-se a Si mesmo e expressando Sua própria natureza, então até o homem é um aspecto da demonstração.

Nossa prova da verdade na Ciência Cristã melhora de modo considerável, quando aceitamos a ideia de que não há um mortal que comprove a verdade. A Verdade eterna, Deus, comprova-se a Si mesma. A Sra. Eddy salienta esse fato: “O melhor sanador é aquele que menos se impõe e, assim, se torna uma transparência para a Mente divina, a qual é o único médico: a Mente divina é o sanador científico.”

Outra vez, perguntamos: O que é que realiza a demonstração? Não é o corpo físico ou a mentalidade humana. A demonstração é sempre a Verdade e o Amor curativos se manifestando. Conquanto seja muito natural ser grato aos praticistas da Ciência Cristã que nos ajudam pela oração, saibamos que não é a pessoa propriamente dita que realiza a demonstração. 

O profeta galileu, Cristo Jesus, sabia que não era ele quem dava origem a suas obras. Seu Pai-Mãe Deus é que, pelo Cristo, tornava as realidades do ser mais claras para a visão humana. “O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai”, declarou Jesus. Longe de elevar o ego humano, Jesus baseou sua missão de cura na subordinação do senso humano das coisas, trazendo à luz a identidade espiritual. O Mestre exercia domínio sobre o sentido material.

Ao lavar os pés dos discípulos, não estaria Jesus renunciando à importância própria? Ele sabia que o orgulho mortal nunca apresenta nada de verdadeiro e real. O amor desinteressado e impelido pelo Amor é que realiza o trabalho de cura, e não a importância mundana e o amor egocêntrico. Por sua própria natureza, a cura espiritual é altruísta. Seu propósito é provar o que Deus é e o que Ele faz e, assim, abençoar aos outros. Não se destina a realizar algum propósito egoístico.

Se pensássemos que somos menos demonstradores humanos, será que sempre acertaríamos, que sempre obteríamos bons resultados? Não. “O demonstrador humano desta Ciência pode se enganar”, a Sra. Eddy diz, “mas a Ciência continua sendo a lei de Deus, infalível, eterna. A Vida, a Verdade e o Amor divino é o Princípio básico de toda Ciência, resolve o problema do ser; e nada que faça o mal pode entrar na solução dos problemas de Deus.”

Dessa declaração podemos depreender que é melhor não nos considerarmos demonstradores pessoais, pois ficaríamos permanecendo nos níveis espirituais mais baixos. Quando lemos que “A Vida, a Verdade e o Amor divino é o Princípio básico de toda Ciência,” podemos aceitar com gratidão o fato de que é a Ciência eterna, e não a pessoa do Cientista Cristão, que gera a demonstração.

É a única Mente, o Princípio, expressando-se através do Cristo, e não a mente humana, o que impele a cura. No Prefácio do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, a Sra. Eddy menciona que há vários livros sobre cura mental, a maioria incorretos na teoria, e explica: “Consideram a mente humana um agente curativo, ao passo que essa mente não é um fator no Princípio da Ciência Cristã.”

A responsabilidade pessoal pela cura, se não for aliviada, causa tensão. Tentar fazer a mente humana efetuar uma cura espiritual seria árduo e condenado ao fracasso. Há um caminho mais elevado, o caminho da Ciência. Aprendemos que é privilégio nosso deixar de utilizar pessoalmente a Verdade e passar tudo às mãos daquele que tudo faz: Deus.

Agora, ceder a Deus como a fonte da cura não é uma questão de ficar inativo, pensando: “Graças a Deus, não tenho de fazer nada.” Dar tudo a Deus não é uma atitude passiva. Não significa tomar atitude neutra ou apática. É uma responsabilidade ativa, uma exigência de reconhecer constantemente que “a Mente divina é o sanador científico”. Nossa ocupação é aguçar o sentido espiritual, a fim de discernirmos cura e demonstração.

A demonstração e a cura requerem afeto e integridade humanos, mas mais se faz necessário: integridade espiritual. A demonstração requer que usemos a integridade que refletimos como imagem de Deus. Tal integridade não nos deixa pensar que a demonstração seja uma ferramenta engenhosa para satisfazer desejos humanos. A demonstração não é um meio de realizar uma lista de aspirações. A demonstração expressa a vontade de Deus e não a nossa. Refere-se a meios e fins espirituais, ainda que se evidencie na cena humana. É o Amor divino em operação, tornando o propósito de Deus, Seu universo e o homem real, visíveis ao sentido humano, por meio do Cristo. É a manifestação da Realidade divina.

Saber com clareza o que a demonstração não é, firma nossa assimilação do que ela é. Não sendo uma atividade humana, não é um ímpeto de esperteza humana. É uma mostra sagrada da inteligência e do amor divinos. Compreendendo isso, trabalhamos e oramos na Ciência Cristã com mais discernimento e mais paciência e somos elevados a um plano mais alto. 

A mudança de crença na mente humana e a evidência externa dessa mudança não é demonstração. Não é indício do Amor divino. Não é mostra do ser real. A cura não é mera mudança de crença, como por exemplo, deixar de crer que somos pobres e passar a crer que estamos bem de vida, ainda que tal pensamento pareça muito agradável! Não, demonstração é a crença e a mentalidade materiais cedendo à consciência espiritual. E quando isso ocorre, o resultado pode incluir deixar de viver na penúria e usufruir do bem mais abundante.

Falando claramente, a demonstração não é o resultado de acrobacia ou manipulação mental. Resulta da ação do Cristo a inundar o pensamento humano, lavando-nos das crenças mortais. Se a solução de um problema não está se dando como deveria, a pessoa deve verificar qual é sua noção do que é que faz os ajustes e o trabalho de cura. Será que o trabalho de cura é humilde, espiritual e impessoal o bastante? É suficientemente científico?

Quando estudamos e praticamos a Ciência Cristã, aprendemos a aplicá-la cada vez melhor. Se segurarmos um martelo pela cabeça e não pelo cabo e aí tentarmos martelar um prego, teremos dificuldades. O prego mal se moverá. Aprendemos a não culpar o martelo, mas a usá-lo melhor.

A demonstração na Ciência Cristã nunca ocasiona algo que não existia: apenas o traz à luz.

(Extraído de O ARAUTO DA CIÊNCIA CRISTÃ – Agosto 1994)

Trate-se Todos Os Dias

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Deus nos dotou da capacidade de manifestar Seu poder divino em nosso dia a dia. Para isso, é preciso preservar um sentido consciente da união com Deus, a Mente eterna. Quando começamos a conscientizar a presença eterna de Deus, que Ele está mais perto do que a atmosfera ou a luz solar, começamos a demonstrar nossa unidade espiritual com o Pai. Escreve Mary Baker Eddy: “Simplesmente precisais preservar um sentido positivo e científico de unidade com a vossa Fonte divina, e demonstrar isso todos os dias”.

Um dos primeiros requisitos da oração que se faz por si mesmo é o de expulsar o medo, pois este é inimigo do progresso. O medo desaparece na medida em que se estabelece na consciência o fato de que toda realidade é Deus. Progride-se conscientizando-se todos os dias da superioridade que o homem tem sobre a velhice, os acidentes, a doença, a morte e todo o erro, e com a negação destes deve vir a afirmação da realidade espiritual de que o homem é espiritual e vive no Espírito de Deus. Deve-se reconhecer que o erro latente não tem lugar na consciência do homem e qualquer sugestão agressiva do mal que possa gritar para ser ouvida, deve ser calada. Não basta uma breve negação do erro em geral. As pretensões devem ser negadas especificamente e devem ser usadas verdades espirituais específicas para anulá-las. Esta limpeza específica do pensamento traz a paz de Deus que excede todo o entendimento humano.

A Identidade em Cristo, a verdadeira Mente do homem, é sustentada por Deus. Não pode ser mesmerizada por sugestões mentais agressivas. Nela não há o menor traço de sugestões mentais agressivas que haveriam de amedrontar, desviar, deter, ou impedir-nos de fazer hoje o trabalho que nos compete. Vigília constante é o preço que temos de pagar para adequadamente proteger o nosso lar mental.

Nosso dever para com Deus é não servir a nenhum outro deus—só ao único Deus infinito, que é Princípio, Vida, Verdade, Amor, Espírito, Alma e Mente divinos.

O mal é sempre irreal. Não é um homem, pois o homem é ideia espiritual e perfeita de Deus. O mal é mero conceito errado, o oposto do que é verdadeiro. Portanto, o lugar único em que poderemos superar o erro é na consciência, em nosso próprio pensamento, e não no de nosso próximo. Independente de qual a discórdia com que pareça estarmo-nos confrontando, é preciso ver a sua irrealidade em nosso pensamento. Ela não tem maior realidade do que a que lhe damos. A oração por nós mesmos é a nossa linha de ataque. Sua finalidade primária é varrer do nosso pensamento todos os conceitos de existência que não se originam em Deus. Nesse processo de limpeza, naturalmente ajudamos os outros, pois os bons pensamentos, que manifestam Deus, abençoam todos aqueles sobre quem repousam.

Quando ficamos tentados a fazer uma realidade do erro cometido por outra pessoa, estamos, sem o saber, alinhando-nos do lado do erro. Alguma crença na realidade do mal, que ainda não foi resolvida em nossa consciência, talvez nos disponha a crer que o erro de outrem é realmente a individualidade dessa outra pessoa. Resolve-se um problema humano, isto é, anula-se o erro, mediante o trabalho mental diário que se faz para si mesmo: e, nesse trabalho, acha-se incluído o deslindar em nosso próprio pensamento as tramas do sentido material.

Se alguém quiser atingir a salvação plena do pecado, da doença e da morte, precisa ver mentalmente a irrealidade do que o sentido material chama de existência mortal e vir a compreender que sua única história real é sua história espiritual. O homem já se acha estabelecido como a expressão individualizada da Mente divina. É importante negar todo erro ou pecado no decurso da vida humana e afirmar, com compreensão, o fato oposto, isto é, a existência espiritual. O único meio certo de viver é o de manter o pensamento unido a Deus, é seguir com Deus e falar com Ele. Então o Espírito, a Mente, haverá de eclipsar as discórdias da matéria e trazer a cura. A obstinação, a justificação própria e o egotismo têm de ser sobrepujados porque são empecilhos à cura. Ocultam a unidade que há entre o homem e Deus.

Cristo Jesus é nosso modelo para a cura pelo poder do Espírito. Sua obra de curar alicerçava-se na união que há entre o homem e Deus. Em certa ocasião, declarou: “Eu nada posso fazer de mim mesmo”, e noutra oportunidade disse: “Eu e o Pai somos um”. A Sra. Eddy escreve: “Assim como uma gota de água é uma com o oceano, um raio de luz um com o sol, do mesmo modo Deus e o homem, o Pai e o Filho, são um no ser”.

É preciso grande humildade para demonstrar que o homem é um com Deus. O orgulho humano e a força de vontade não fazem parte da demonstração. A união com o Pai só é alcançada à medida que os mortais lançam fora a natureza carnal e manifestam a natureza divina. Para a obtenção desse mais elevado e digno de todos os objetivos, é essencial a oração diária por si mesmo, feita com compreensão.

 

“Emanuel” E A Manifestação da Totalidade De Deus-2

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Um amigo e colega meu, do meio artístico, havia lutado com a depressão de tempos em tempos, por anos a fio, até que, de repente, esta chegou a um ponto em que parecia ser constante. Acordava de manhã profundamente deprimido e incapaz de trabalhar, começava a sentir-se um pouco melhor no fim da tarde, ia dormir cheio de energia e feliz e acordava num estado de extrema escuridão mental. Isso continuou por um ano e meio. Mas ele era Cientista Cristão e estava orando por uma compreensão mais profunda de Deus e de seu parentesco com Ele. Também tinha a expectativa de perceber a Verdade que destruiria essa ilusão, que não era seu verdadeiro modo de pensar.

Um dia sentou-se e volveu-se a Deus de todo o coração à procura de uma resposta. Subitamente, veio-lhe um pensamento: “Se você tivesse estudado muito para um teste de matemática e estivesse bem preparado, ficaria com medo de que pudesse acordar no dia do exame totalmente despreparado, porque todas as regras mudaram durante a noite?” A ideia era ridícula. “Então por que?”, raciocinou ele, “você pensa que poderia ir dormir cheio de alegria e acordar deprimido? Qual é a diferença?”

Subitamente compreendeu que estivera considerando a alegria como sendo uma emoção, algo finito, divisível e pessoal, oriunda do cérebro em vez de Deus, e sujeita à limitação e à instabilidade. Percebeu que, ao contrário, a alegria é como um fato matemático, uma realidade única, indivisível, nunca um bem pessoal. Compreendeu que a alegria , como qualidade da Mente divina, Deus, só podia ser imparcial e universalmente refletida, que não podia ir e vir, acabar-se ou tornar-se nebulosa, porque era totalmente independente de pessoas, lugares, coisas ou circunstâncias. Assim que percebeu essa preciosa verdade, compreendeu que simplesmente precisava afirmá-la como lei absoluta. Em duas semanas estava completamente livre da depressão, e continuou livre nos anos que se passaram desde aquela ocasião. Ele havia provado, em certo grau, o “Emanuel” da alegria.

Referindo-se ao “Princípio divino absoluto da cura mental científica”, a Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde, o livro texto da Ciência Cristã: “Esse Princípio aponta para a revelação de Emanuel, isto é, “Deus conosco” – a eterna presença soberana que aos filhos dos homens livra de todos os males ‘de que a carne é herdeira’.”

Emanuel, Deus conosco – uma ideia insondável, totalmente deslumbrante em sua simplicidade. Na profundidade e magnitude do amor que revela, é puramente cristã. Na constância, universalidade e imparcialidade desse amor, ela é puramente científica. A parte essencial de sua mensagem é a divindade abraçando a humanidade, expulsando o erro até que nada reste que contradiga o fato de que Deus é “Tudo em tudo”.

(EXTRAÍDO DE O ARAUTO DA CIÊNCIA CRISTÃ – DEZEMBRO 1994)

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“Emanuel” E A Manifestação da Totalidade De Deus-1

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A ideia de que o bem é tudo e de que o mal não é coisa alguma, uma nulidade, ideia essa demonstrada por Cristo Jesus e elucidada pela Ciência Cristã, parece um tanto remota para muita gente – às vezes até para aqueles que estudaram a Ciência Cristã a vida inteira. Afinal, parece que vivemos num mundo dualista em que o bem e o mal participam igualmente de todos os momentos da vida diária.

Ainda assim, por mais grandioso e idealista que esse conceito possa parecer, a totalidade  é a ideia que as pessoas, instintivamente, têm o desejo de ver manifesta. Em nenhum ponto este anseio é tão profundo, ou tão frequentemente explícito, quanto em relação ao amor. As pessoas dizem que se sentem amadas parte do tempo, mas admitem ter o desejo íntimo e sincero de se sentirem profundamente queridas todo o tempo. Fiquei muito comovida, recentemente, pelo comentário honesto e perspicaz de uma mulher identificada simplesmente como Elisabeth. Num texto escrito em 1936, intitulado “Todos os cães de minha vida”, ela exclama (referindo-se aos cães): “Quando amam, amam com constância, imutavelmente, até o último suspiro. É assim que eu quero ser amada”.

Embora essa questão todo-abrangente do amor sempre pareça estar no topo dos desejos humanos de constância, o conceito de totalidade permeia todo anelo humano pelo bem. Ouço diariamente as pessoas dizerem que se sentem criativas, fortes, alegres, satisfeitas, saudáveis e em paz, parte do tempo. Dizem que têm a capacidade parcial de andar, ouvir e sentir. Mas naturalmente querem a capacidade total todo o tempo. Certamente esse é o senso prático de totalidade, que para cada um significa algo diferente.

Estava pensando nisso, certo dia, quando a profecia messiânica de Isaías me veio distintamente ao pensamento. “O Senhor mesmo vos dará sinal. Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel”. Subitamente, este trecho se me apresentou sob nova luz, como a predição do aparecimento na carne, a manifestação prática da ideia da totalidade de Deus.

Emanuel significa “Deus conosco”. Significa que tudo o que o Amor divino dá, está conosco, com cada um de nós, todo o tempo. Essa mensagem da onipresença divina, que dissolve progressivamente as crenças mortais de tempo e espaço, demonstra tanto a infinidade como a eternidade; a Vida e sua bondade enchendo todo o espaço a cada momento.

Emanuel nos salva. É a ideia da totalidade do Amor na consciência humana, reprovando o dualismo que diz que o mal existe (ocupa espaço) e que é tão real quanto o bem. Também repreende a interpretação insatisfatória sobre a relação entre Deus e Sua criação, conhecida como “intervenção divina”, a crença de que Deus não está conosco a todo momento, mas que se torna uma presença ocasional quando O chamamos e quando Ele quer vir.

Cristo Jesus era verdadeiramente a plena incorporação da profecia de Emanuel. Tudo o que ele fazia era uma firme e fulminante repreensão à alegação perversa de que o bem não está sempre presente, não é onipresente. Quando a enfermidade, a cegueira, a surdez e a paralisia alegavam que a saúde, as faculdades e a ação normal podiam variar ou estar ausentes, a cura instantânea demonstrava sua presença ininterrupta no homem, a expressão do bem infinito. Quando os pescadores pareciam estar ”desempregados” por falta de “produto”, ou grande número de pessoas estava sem comida, a visão clara que Jesus tinha da realidade espiritual provou que o homem, a imagem do Espírito, é inseparável da provisão de Deus. Quando pecadores foram destinados ao ostracismo ou execução, Jesus os curou, mostrando-nos para sempre que a inocência e a pureza estão eternamente com o homem, a semelhança da Alma. E quando era chamado para o leito, ou mesmo para o túmulo, dos mortos, ele os ressuscitava, demonstrando “Emanuel”, a Vida conosco.

A ideia de Emanuel apresentada no Antigo Testamento profetiza com tocante simplicidade o Cristo, a ideia espiritual de filiação, e a Ciência dessa filiação. Ambas, a filiação e a Ciência, precisam ser compreendidas, se quisermos demonstrar em nossa vida a totalidade de Deus, a constância do amor e da bondade.

Considere primeiro a ideia de filiação. Não faz muito tempo, descobri que há poucas referências à filiação espiritual, no Antigo Testamento. As referências a Deus como Pai ou Mãe, no Antigo Testamento, são indiretas e aparecem principalmente como comparações: o Senhor se compadecerá como um pai, guiará como uma águia que “voeja sobre seus filhotes”. A ênfase do Antigo Testamento é, principalmente, no homem como objeto do amor de Deus. “Não temas, homem muito amado”, lemos no livro de Daniel, “paz seja contigo, sê forte, sê forte”. Nessa bela e tríplice bênção, se nos assegura que o homem, como objeto do amor de Deus, pode ter a expectativa de não sentir medo, de estar em paz e de ter autoridade. É difícil minimizar, sob qualquer ângulo, o significado de ser simplesmente o amado de Deus.

Ainda assim, chegamos à conclusão de que, ao nos vermos apenas como o objeto do Amor, perdemos parte da visão, porque não fica explicado inteiramente nosso merecimento de sermos profunda e constantemente amados. Isso tende a nos deixar a sensação de que Deus e o homem são dois seres separados, em dois lugares diferentes, eu aqui, sendo amado; Deus lá, mandando Seu amor em minha direção. Simplesmente continua a estar subentendida alguma distância.

Só há um tipo de relacionamento que ajuda a explicar e a expressar a absoluta unidade e constância da relação do Amor divino com o homem: Deus e o homem vistos como Pai e filho, Pai-Mãe e sua descendência. Essa é a mensagem do Novo Testamento. Não uma ou duas vezes, mas muitas vezes há referência ao homem como filho descendente, ou herdeiro de Deus. E Deus “apresentou” Jesus declarando que ele era igualmente o objeto e o filho (manifestação) do Amor: “Este é o Meu filho amado, em quem me comprazo”.

Uma profunda responsabilidade acompanha a descoberta do motivo de sermos tão amados. E há condições específicas vinculadas a sentirmos realmente o amor que nosso Pai celestial dedica à sua ideia espiritual, o homem: temos de rejeitar o erro de origem física, conhecer-nos espiritualmente, e amar à maneira imparcial, universal e indivisível do “amor de Emanuel” que enche todo o espaço e não concede nenhuma realidade ao mal. Em outras palavras, se quisermos escapar do mal e sentir o amor constante, a inteireza e a realização pelas quais ansiamos, e que pertencem de direito à descendência de Deus, temos de aceitar o amor incondicional que caracteriza nossa verdadeira natureza à semelhança do Amor divino.

A segunda das duas ideias na profecia de Emanuel é inseparável da primeira: a Ciência da relação entre Deus e o homem. Muitas vezes as pessoas não compreendem por que a palavra Ciência está ligada à ideia de cristianismo. Mas quando começamos a perceber o desenvolvimento da mensagem bíblica, comprovada em sua totalidade por Cristo Jesus, de que o Amor divino está em todo lugar, está sempre presente, nunca falha, como os raios solares, brilhando igualmente sobre tudo e todos, como é possível não pensar em termos de lei? O que, a não ser uma lei, age desse modo? Considere a lei da gravidade, por exemplo. Ela não escolhe, não é diferente para pessoas diferentes, não está aqui hoje e desaparece amanhã. O conceito que denominamos “lei” simplesmente identifica coisas que são universais, imparciais, infalíveis, confiáveis e previsíveis. Isto nos leva de volta ao modo como todos queremos nos sentir, quanto a Deus e Seu amor.

Ser o filho ou a emanação de Deus, o Amor, é sentir-se amado. Sentir-se amado eternamente envolve Ciência – significa conhecer o amor como lei absoluta. As palavras e obras de Jesus não deixaram nenhuma dúvida de que as dádivas do Amor, que incluem saúde, abundância, paz, liberdade, beleza e força, são tão invariáveis quanto o próprio Amor. Ele até afirmou que a verdadeira identidade inclui uma alegria que ninguém jamais pode tirar de nós.

 

Continua..>

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