Se alguém não estiver em MIM

     O princípio básico da Metafísica Absoluta diz que DEUS É TUDO COMO TUDO, ou seja, o Verbo Se dá Expressão nEle próprio, e TUDO Se conserva numa UNIDADE INDISSOLÚVEL, chamada nas Escrituras de “EU SOU” ou de “MIM”, conforme o caso.

     Consciente dessa Unidade, Cristo disse: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor”.

     A premissa DEUS É TUDO COMO TUDO, que adotamos como ponto de partida, se baseia também nestas palavras de Cristo. Se existe uma UNIDADE a ser descoberta ou reconhecida, a dualidade deve ser descartada, isto é, “se alguém não estiver em mim, será lançado fora”. Isto não tem o sentido ortodoxo de uma condenação eterna, mas revela o “renascimento”, o despojar de um ser humano que parece existir e o aceitar de um ser divino que parece estar oculto ou ser inexistente. Deus, sendo Tudo, é o infinito “Eu Sou”, ou “Mim”. Quando ENTENDEMOS que a Unidade já existe, entendemos nossa posição real “EM MIM”, posição eterna e mantida pelo Princípio divino. Este conhecimento elimina a distância normalmente colocada entre os chamados “mestres” e “discípulos”… a unidade passa a ser o foco de nossa atenção, e a Verdade passa a ser conhecida e vivenciada. Por saber disso, Cristo completou: “Já não vos chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu Pai vos tenho feito conhecer”.

     Cada um, neste estudo, é “amigo”, ou seja, já sabe o que é para ser feito. DEUS É TUDO como TUDO! Assim como um copo é “vidro aparecendo como copo”, nosso Ser é DEUS aparecendo como nosso EU. E o que é para ser feito? O reconhecimento de que “Eu Sou”, ou “Mim”, é a totalidade de nossa identidade atual. Somente assim “estaremos conscientemente em MIM” e, ao mesmo tempo, estaremos lançando fora o “eu ilusório”, uma suposta identidade humana que revela sua nulidade diante deste reconhecimento.

(Dárcio Dezolt)

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