CIÊNCIA CRISTÃ- Parte 1

CIÊNCIA CRISTÃ

Sua Revelação Divina e Aplicação Humana

JULES CERN

Parte 01

Qualquer pessoa que dirige automóvel sabe que quando a engrenagem de mudança de velocidade está em ponto-morto, este só pode ficar imóvel ou rodar ladeira abaixo. Poderíamos ter um belíssimo carro com o tanque cheio da melhor gasolina e acelerar o motor a plena velocidade, mas não faria avanço substancial, a menos que deslocássemos do ponto- morto a engrenagem de mudança.

Parece que a humanidade, no curso de toda a sua História, vem tentando progredir na compreensão da existência enquanto se mantém em atitude neutra com relação a Deus e à matéria. O pensamento humano poderá afirmar reverentemente que Deus é infinito e que Deus é Tudo. Não obstante, se continuar a acreditar na existência de algo além de Deus, em algo mais, chamado matéria, ou mortalidade, ainda estará mentalmente em ponto-morto, quer se ache imóvel, quer rodando ladeira abaixo.

A Ciência Cristã nos permite deslocar o pensamento dessa posição neutra, desse marasmo mental, para a compreensão espiritual acerca da infinidade de Deus e da nulidade da matéria, isto é, para a senda do progresso ilimitado que acompanha essa compreensão. A Ciência Cristã não é a primeira religião a declarar que Deus é infinito, que Deus é Tudo. Mas é a única a explicar o pleno significado da Infinidade de Deus, o meio de, com compreensão, aplicarmos esse conceito na vida prática e demonstrá-lo de modo convincente. Tal demonstração baseia-se na cura e harmonização do que parece constituir os males e discórdias da humanidade.

Para se ter um vislumbre da verdadeira significação da infinidade de Deus, talvez seja útil considerarmos a definição da palavra “infinito”, dada no Novo Dicionário Internacional de Webster. Assim a define ele: “Sem limites de espécie alguma; ilimitado, imensurável, não confinado; sem fim.”De acordo com essa definição, a Ciência Cristã demonstra que o verdadeiro sentido da palavra “infinito” se refere exclusivamente a Deus e Sua manifestação. A revelação divina da Ciência Cristã mostra Deus como Espírito infinito, Mente infinita, Vida infinita, Amor infinito, Alma infinita, Verdade infinita, Princípio infinito. Todas essas expressões são sinônimas do termo Deus, ser único, perfeito e infinito. Se houvesse alguma coisa finita, mortal, corpórea ou material no infinito, este não seria “Sem limites de espécie alguma; ilimitado, imensurável, não confinado; sem fim.”

As implicações da Ciência Cristã

Não se podem excluir da Ciência Cristã as implicações de sua divina revelação. É como em matemática: a revelação de que um mais um é igual a dois implica necessariamente no conhecimento de que um mais um não pode ser diferente de dois. Qualquer crença de que um mais um seja mais que dois, é errônea, constitui equívoco inadmissível em matemática.

De maneira semelhante, a revelação divina de que Deus é o Espírito infinito, de que Ele é Tudo, implica necessariamente na revelação de que não pode existir coisa alguma além da infinidade do Espírito. Qualquer crença de que além do Espírito infinito exista algo chamado matéria é crença errada, constitui equívoco mental, o qual não tem lugar no reino absoluto do Espírito. A revelação divina de que Deus é a Mente infinita, TUDO, implica na impossibilidade de existir outra mente que não seja a infinita. Qualquer crença de que além da Mente infinita exista algo chamado mente mortal, ou muitas mentes, é crença errada, constitui equívoco, não tem lugar no reino absoluto da Mente. A revelação divina de que Deus é a Vida infinita, é TUDO, implica na impossibilidade de existir coisa alguma além da Vida infinita. Qualquer crença de existir além da Vida infinita algo chamado vida mortal, vida limitada, vida enferma, ou vida morta, é crença errada, constitui equívoco, e não tem lugar na infinidade da Vida.

O estado de perfeição do homem

A infinidade de Deus, exclusivamente espiritual, não exclui a existência do homem e o universo. Exclui, porém, a existência da matéria, do corpo físico ou da mente mortal. Deixa o homem onde sempre esteve e está, agora, na onipresença da Vida e do Amor divinos. Deixa o homem como sempre foi e é, agora, completamente espiritual, a idéia perfeita da Mente infinita, o reflexo todo harmonioso da Vida perfeita. Neste contexto, a palavra “homem” se refere a cada um de vós, significa o que realmente sois, mas não o corpo, o que não sois, o que ninguém é.

A Bíblia nos diz: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou” (Gn. 1: 27). Ora, se Deus é o Espírito infinito, Sua imagem tem de ser completamente espiritual, imortal, e não física. Não há nada físico no Espírito infinito, e por isso não pode existir coisa alguma física no homem, a imagem do Espírito. A revelação divina de que a identidade do homem é a imagem de Deus, ou seja, do Espírito, implica ma impossibilidade de existir outra identidade senão a espiritual. Qualquer crença de que a identidade do homem possa ser alguma coisa não espiritual, denominada corpo físico, é crença errada, constitui equívoco, e não tem lugar na infinidade do Espírito. Assim o declara o apóstolo Paulo: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito…” e acrescenta: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” (Rm 8:9, 16). Em outras palavras: o Espírito infinito testifica com a nossa identidade espiritual, nossa única identidade, que somos filhos de Deus. A identidade espiritual do homem não é modelada segundo o conceito físico, mas é formada à imagem de Deus. Não pode ser confinada no corpo físico, nem se pode defini-la pelo aspecto do corpo físico. O homem, a imagem do Espírito infinito, não pode ser fisicamente descrito, assim como não pode ser fisicamente delimitado.

A revelação divina da Ciência Cristã mostra que a palavra “homem” não é sinônimo de corpo físico.“Homem” é sinônimo de “ideia espiritual”, imagem ou expressão de Deus. Esse homem inteiramente espiritual sois vós; é a única e verdadeira identidade de cada um de nós. Essa verdadeira identidade não é algo que seremos, mas o que realmente somos neste momento. A identidade espiritual não é algo que esteja sendo mantido em reserva até que o homem se desembarace das limitações físicas. O homem é a identidade espiritual, e não a aparência física.

Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, o afirma mui claramente nestas palavras, em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p.428): “É preciso trazer à luz o grande fato espiritual de que o homem é, não será, perfeito e imortal.”

Continua…

 

 

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