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A “experiência de Deus”, como está explícito, é “experiência de Deus” e nunca de “humano ficando iluminado”! Não existe nenhum “ser humano” sendo quem somos! Por isso, desde o início, estranhava muito, ao conhecer autores de Metafísica, vendo que partiam do “referencial humano” para expor os ensinamentos. As igrejas já faziam isto, infelizmente, e, encontrar autores que vivenciaram a Verdade repetindo este mesmo erro, era de se lastimar!
A “experiência de Deus” inclui Deus tendo a “experiência de ser quem somos”. Assim, nas palestras, em vez de “partir do humano”, eu dizia que “subimos de cima para baixo”, ou seja, que a “ascensão” é uma percepção imediata e direta do Alto de nossa Consciência iluminada, da Verdade de que “Deus está sendo tudo”, e, decorrente disso, que a Luz divina já estava sendo o “Eu único” como o “Eu” de todos. Este é o “Referencial do Absoluto”! Assim, não entendia como a Ciência Cristã, por exemplo, evitava de revelar diretamente esta Verdade, sempre utilizando a palavra “reflexo” para se dirigir ao homem. Em toda literatura aparecia que “Deus é a totalidade da Existência, e que o homem reflete Deus”! E eu me perguntava? “Por quê esta ideia separatista absurda?” Se Deus é TUDO, o homem é Deus! Cheguei a discutir isso com Cientistas Cristãos, mas nenhum se mostrava aberto para contestar Mary Baker Eddy, que, também, fazia questão de ser reconhecida como “descobridora da Ciência Cristã” e “líder” de todos os seus supostos seguidores. Este foi outro ponto com que jamais concordei! Deus é a Fonte, Deus é TUDO, e é unicamente Quem deve ficar em destaque. Nunca Jesus disse ser líder algum! A Verdade é Deus sendo tudo, e ponto final! Somente anos depois, eu descobri ou soube que Mary Baker Eddy, sentindo a relutância dos estudantes, quanto a aceitar “serem Deus”, se viu obrigada a “adequar as revelações” através de palavras mais aceitáveis e indiretas. Por isso, muitos “praticistas” preferem usar o livro “Ciência e Saúde” em sua primeira edição, evitando as edições posteriores por ela revisadas. Mary Baker Eddy, em vista destas alterações, chegou a comentar com uma assistente: “Se eu esconder mais a Verdade, ela sumirá de vez!”
Achava estranho haver tantos ensinamentos pregando que DEUS É TUDO, mas usando um linguajar dualista e com o “referencial” contrário ao de Deus. A Unidade, por exemplo, vivia e ainda vive publicando que “somos um com Deus” e, ao mesmo tempo, falando de um “Cristo interno”! E eu pensava: “Se o homem é um com Deus, não pode ter um Cristo interno! Ele é o Cristo!” E assim pregava o apóstolo Paulo, dizendo: “Cristo é tudo em todos”. Previa o “renascimento” e não a contínua presença do “velho homem e seus feitos”! Mas, no ensinamento de título “Unidade”, por incrível que pareça, era a “dualidade” que prevalecia, fazendo do Cristo um “servo do ego””. De que modo? Considerando o humano também presente, e sendo constantemente assistido pelo suposto “Cristo dentro dele”! Em outras palavras, a Unidade não pregava o “renascimento” de forma clara e radical! Sempre o Cristo aparecia como “realizador” de saúde, de prosperidade, de felicidade, de algo para o ego! Desse modo, ora se achava um ensinamento dizendo que “o ego é servo de Deus”, ora que “Deus é servo do ego”!
A Seicho-no-ie, por ter Masaharu Taniguchi conhecido a Unidade (Unity), também adotou e disseminou a Ciência Mental. Ensinou que “somos saudáveis”, que somos “prósperos”, etc., por sermos “Filhos de Deus”, e por “sermos um com Deus”; mas, de outro lado, conservou a dualidade e o referencial humano, enfatizando “gratidão aos pais”, “culto a antepassados”, “leis cármicas”, “reencarnação”, e muitas outras crendices do mundo, que contradizem por completo a Verdade de que Deus é TUDO! A causa de todos estes erros? LEVAR EM CONTA A MENTE HUMANA, MAS NÃO COMO ENDOSSO DO ABSOLUTO!
Se eu afirmo que “sou um com Deus”, aparentemente usando a mente humana, estou, de fato, confirmando a Verdade Absoluta, COMO AQUI VENHO EXPONDO. Entretanto, se eu afirmo que “tenho um Cristo interno”, ou que “tenho pais humanos”, este emprego da mente passa a ser ENDOSSO DA ILUSÃO! Por isso, a Ciência Mental é útil, mas quando corretamente empregada. Assim utilizada, não permite a dualidade ilusória, não permite o “dar com uma mão e tirar com a outra”, e não permite os erros e contradições do “referencial da ilusão”. E quando eu acentuo: “Suba de cima para baixo”, este é também o emprego da Ciência Mental, que corta pela raiz a CRENÇA em “etapas de iluminação”, em “evolução”, “reencarnação”, “planos de existência”, e coisas do tipo! DEUS É TUDO!