O Absoluto, A Mística E A Ciência Mental-7

semfim7

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A “experiência de Deus”, como está explícito, é “experiência de Deus” e nunca de “humano ficando iluminado”! Não existe nenhum “ser humano” sendo quem somos! Por isso, desde o início, estranhava muito, ao conhecer  autores de Metafísica,  vendo que  partiam do “referencial humano” para expor os ensinamentos. As igrejas já faziam isto, infelizmente, e, encontrar autores que vivenciaram a Verdade repetindo este mesmo erro, era de se lastimar!

A “experiência de Deus” inclui Deus tendo a “experiência de ser quem somos”. Assim, nas palestras, em vez de “partir do humano”, eu dizia que “subimos de cima para baixo”, ou seja, que  a “ascensão” é uma percepção imediata e direta do Alto de nossa Consciência iluminada, da Verdade de que “Deus está sendo tudo”, e, decorrente disso,  que a Luz divina já estava sendo o “Eu único”  como o “Eu” de todos. Este é o “Referencial do Absoluto”! Assim, não entendia como a Ciência Cristã, por exemplo, evitava de revelar diretamente esta Verdade, sempre utilizando a palavra “reflexo” para se dirigir ao homem. Em toda literatura aparecia que “Deus é a totalidade da Existência, e que o homem reflete Deus”! E eu me perguntava? “Por quê esta ideia separatista absurda?” Se Deus é TUDO, o homem é Deus! Cheguei a discutir isso com Cientistas Cristãos, mas nenhum se mostrava aberto para contestar Mary Baker Eddy, que, também,  fazia questão de ser reconhecida como “descobridora da Ciência Crist㔓líder” de todos os seus supostos seguidores. Este foi outro ponto com que jamais concordei! Deus é a Fonte, Deus é TUDO, e é  unicamente Quem deve ficar em destaque. Nunca Jesus disse ser líder algum! A Verdade é Deus sendo tudo, e ponto final! Somente anos depois, eu descobri ou soube  que Mary Baker Eddy, sentindo a relutância dos estudantes, quanto a aceitar “serem Deus”, se viu obrigada a “adequar as revelações” através de palavras mais aceitáveis e indiretas. Por isso, muitos “praticistas” preferem usar o  livro “Ciência e Saúde” em sua primeira edição, evitando as edições posteriores por ela revisadas. Mary Baker Eddy, em vista destas alterações, chegou a comentar com uma assistente: “Se eu esconder mais a Verdade, ela sumirá de vez!”

Achava estranho haver tantos ensinamentos pregando que DEUS É TUDO, mas usando um linguajar dualista e com o “referencial” contrário ao de Deus. A Unidade, por exemplo, vivia e ainda vive publicando que “somos um com Deus” e, ao mesmo tempo, falando de um “Cristo interno”! E eu pensava: “Se o homem é um com Deus, não pode ter um Cristo interno! Ele é o Cristo!”  E assim pregava o apóstolo Paulo, dizendo: “Cristo é tudo em todos”. Previa o “renascimento” e não a contínua presença do “velho homem e seus feitos”! Mas, no ensinamento de título “Unidade”, por incrível que pareça, era a “dualidade” que prevalecia, fazendo do Cristo um “servo do ego””. De que modo? Considerando o humano também presente, e sendo constantemente assistido pelo suposto “Cristo dentro dele”! Em outras palavras, a Unidade não pregava o “renascimento” de forma clara e radical! Sempre o Cristo aparecia como “realizador” de saúde, de prosperidade, de felicidade, de algo para o ego! Desse modo, ora se achava um ensinamento dizendo que “o ego é servo de Deus”, ora que “Deus é servo do ego”!

A Seicho-no-ie, por ter Masaharu Taniguchi conhecido a Unidade (Unity), também adotou e disseminou a Ciência Mental. Ensinou que “somos saudáveis”, que somos “prósperos”, etc., por sermos  “Filhos de Deus”, e  por “sermos um com Deus”; mas, de outro lado,  conservou a dualidade e o referencial humano, enfatizando “gratidão aos pais”, “culto a antepassados”, “leis cármicas”, “reencarnação”,  e muitas outras crendices do mundo, que contradizem por completo a Verdade de que Deus é TUDO! A causa de todos estes erros? LEVAR EM CONTA A MENTE HUMANA, MAS NÃO COMO ENDOSSO DO ABSOLUTO!

Se eu afirmo que “sou um com Deus”, aparentemente usando a mente humana,  estou, de fato, confirmando a Verdade Absoluta, COMO AQUI VENHO EXPONDO. Entretanto, se eu afirmo que “tenho um Cristo interno”, ou que “tenho pais humanos”, este emprego da mente passa a ser ENDOSSO DA ILUSÃO! Por isso, a Ciência Mental é útil,  mas quando corretamente empregada. Assim utilizada, não permite a dualidade ilusória, não permite o “dar com uma mão e tirar com a outra”, e não permite os erros e contradições do “referencial da ilusão”. E quando eu acentuo: “Suba de cima para baixo”, este é também o emprego da Ciência Mental, que corta pela raiz a CRENÇA em “etapas de iluminação”, em “evolução”, “reencarnação”, “planos de existência”,  e coisas do tipo! DEUS É TUDO!

 

Continua..>

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